Muse, Nine Inch Nails e Foster The People mostraram a verdadeira essência do NOS Alive 2025
O NOS Alive 2025 despede-se em apoteose com CMAT, Muse, Nine Inch Nails e Foster The People e uma celebração memorável da música ao vivo!
O último dia do NOS Alive 2025 começou de forma morna, com poucos festivaleiros a marcarem presença nas primeiras horas da tarde.
Assim sendo o recinto do Passeio Marítimo de Algés parecia respirar devagar, entre passos arrastados e sombras disputadas. Mas essa calma inicial revelou-se apenas um intervalo breve. À medida que a tarde avançava, o ambiente transformou-se: as filas cresceram, os palcos encheram-se de corpos prontos para dançar e cantar, e o festival voltou a pulsar com a força de milhares de vozes. Nesse sentido, o terceiro dia do festival fez recordar as primeiras edições.
CMAT mereceu todos os aplausos no Palco NOS
A primeira grande faísca surgiu no Palco NOS, onde CMAT ofereceu um concerto que foi muito mais do que música. Com humor desarmante, letras afiadas e uma presença teatral, a artista irlandesa brindou o público com um espetáculo vibrante e emocionalmente honesto. Cada canção foi uma celebração do amor-próprio, da liberdade de ser e da recusa em pedir desculpa por isso. Em palco, CMAT mostrou que a vulnerabilidade pode ser gloriosa — e que o pop também é lugar de resistência e alegria.
Logo depois, os JET chegaram para aquecer ainda mais o ambiente, trazendo consigo o rock cru e direto que marcou os anos 2000. “Are You Gonna Be My Girl” incendiou o público, despertando uma energia que se tornaria constante até ao fim da noite. Assim sendo, os gritos, saltos e guitarras aceleradas trouxeram o primeiro grande momento coletivo do dia, anunciando o ritmo frenético que o NOS Alive ainda guardava para a reta final.
Os Muse deram o melhor concerto desta edição a recordar os bons velhos tempos
Quando os Muse subiram ao Palco NOS, o tempo parecia suspenso. Durante hora e meia, a banda britânica entregou o concerto mais épico desta edição. Clássico atrás de clássico, num alinhamento sem pausas para respirar: “Hysteria”, “Uprising”, “Supermassive Black Hole” e “Starlight” ecoaram em uníssono com o público. Confetis, fogo de artifício e um jogo de luzes hipnótico intensificaram o espetáculo.
No momento mais inesperado da noite, a banda britânica tinha uma pequena homenagem para Diogo Jota — o baixista da banda envergava a sua camisola — que mereceu uma enorme salva de palmas do público quando a imagem passou nos ecrãs. Uma surpresa que arrancou aplausos e sorrisos, unindo música e futebol num momento inesperadamente emotivo. A banda trouxe um cheirinho dos gloriosos tempos do festival, da verdadeira essência do rock.
Matt Bellamy hipnotizou o público com a sua guitarra. Agora os “velhos do Restelo” não se podem queixar que não houve rock no NOS Alive. A banda tinha uma enorme presença em palco, com energia para dar e vender. E o público ficaria a ver os Muse por mais 3 horas se fosse possível. Soube a pouco esta hora e meia.
Para encerrar a edição de 2025 com chave de ouro, os Nine Inch Nails tomaram conta do Palco NOS com uma intensidade brutal. A banda liderada por Trent Reznor entregou um concerto denso, sombrio e hipnótico, numa descarga de energia que se sentiu no corpo e no espírito. “Closer” e “Hurt” foram cantadas como hinos, num final catártico que fechou o festival em estado de transe coletivo.
Como é habitual, o Palco Heineken tem sempre excelente música
Enquanto isso, no Palco Heineken, os Foster The People atraíram uma multidão que abandonou momentaneamente os outros palcos. “Pumped Up Kicks” fez vibrar até quem já se encontrava em modo de resistência física, após dias intensos de festival. O indie-pop da banda californiana trouxe frescura e ritmo contagiante, garantindo mais um dos momentos altos do último dia.
O NOS Alive 2025 terminou como começou: em grande. Entre explosões de rock, baladas eletrificantes e momentos de pura comunhão artística, o último dia foi um testamento à força da música ao vivo — e à capacidade dos festivais em criar memórias inesquecíveis. Além disso, a próxima edição acontece nos dias 9, 10 e 11 de Julho de 2026 e já tem uma confirmação – os Buraka Som Sistema, que regressam aos palcos 10 anos depois.
Foste aos três dias?