Os 6 gadgtes essenciais para o (potencial) novo apagão em Portugal
Meio ano após o grande apagão que deixou sem eletricidade 50 milhões de pessoas na Península Ibérica e no sul de França, os alertas voltaram a soar. A Red Eléctrica de Espanha detetou variações bruscas de tensão que podem colocar em risco o fornecimento. Perante esta ameaça, ganha relevância o plano de resiliência da União Europeia, que recomenda a preparação de um kit de emergência para 72 horas.
Por que é importante estar preparado?
Em abril, em apenas alguns minutos, comboios pararam, elevadores bloquearam e as comunicações falharam. A experiência demonstrou que um corte prolongado de energia pode afetar gravemente a vida quotidiana. Por isso, a Comissão Europeia aconselha todos os cidadãos a terem consigo recursos básicos que permitam atravessar pelo menos três dias sem ajuda externa.
Assim, preparar um kit de sobrevivência não é alarmismo, mas sim precaução. A seguir, estão listados os objetos considerados essenciais.
O primeiro elemento indispensável é a água potável. Recomenda-se armazenar pelo menos cinco litros por pessoa, quantidade suficiente para beber e cozinhar durante três dias. Num cenário de apagão, o fornecimento de água pode ser interrompido ou comprometido, tornando fundamental garantir reservas em casa.
Outro pilar essencial são os alimentos de longa duração. Conservas, frutos secos, bolachas ou produtos prontos a consumir permitem manter uma dieta mínima sem necessidade de cozinhar. Além disso, ocupam pouco espaço e têm validade prolongada. Em caso de falha elétrica, frigoríficos e congeladores deixam de funcionar, o que torna inviável depender de alimentos frescos.
A comunicação é essencial em caso de emergência
Manter-se informado é crucial durante um apagão. Um rádio a pilhas assegura o acesso a notícias e comunicados oficiais quando não há eletricidade nem internet. A informação atempada pode fazer a diferença entre reagir de forma calma e segura ou enfrentar riscos adicionais.
A escuridão é um dos efeitos imediatos de um corte de energia. Por isso, velas e, sobretudo, lanternas são fundamentais. As lanternas são mais seguras, já que evitam o risco de incêndio associado às velas. Deve-se ainda guardar pilhas suplentes para prolongar a autonomia.
Os powerbanks tornaram-se parte essencial da vida moderna. Durante um apagão, os carregadores portáteis permitem manter os telemóveis ligados, garantindo comunicação e acesso a informação. Também é útil armazenar pilhas extra para outros dispositivos.
Outro ponto frequentemente esquecido é a necessidade de dinheiro físico. Em caso de apagão, multibancos e terminais de pagamento podem deixar de funcionar. Ter notas e moedas disponíveis assegura a possibilidade de adquirir bens essenciais em pequenas lojas ou mercados que continuem a operar.
A eletricidade alimenta não apenas luz, mas também sistemas de aquecimento. Num apagão em dias frios, as temperaturas podem cair rapidamente dentro de casa. Por isso, roupas quentes, mantas e até um saco de cama são indispensáveis para enfrentar noites geladas.
Não devemos esquecer da saúde
Um kit básico de primeiros socorros é outro elemento imprescindível. Deve incluir pensos rápidos, desinfetante, analgésicos e outros artigos de emergência. Pequenos acidentes domésticos podem tornar-se graves se não houver como tratá-los de imediato.
Para quem depende de medicamentos de uso regular, é fundamental manter uma reserva adequada. Em situações de crise, o acesso a farmácias pode estar limitado, e ficar sem medicação pode colocar a saúde em risco.
O alerta atual da Red Eléctrica recorda que a rede energética da Península enfrenta novos desafios devido ao crescimento da produção renovável e ao impacto da eletrónica de potência. As flutuações podem gerar instabilidade e, em casos extremos, cortes generalizados.
Portugal já viveu na pele os efeitos de um apagão em grande escala. Agora, com a ameaça de novas falhas, torna-se ainda mais urgente seguir as recomendações europeias. Assim sendo, ter água, alimentos não perecíveis, meios de iluminação, comunicação e proteção pessoal pode fazer toda a diferença.