Only Murders in The Building T5 – Análise
É impressionante como “Only Murders In The Building” já faz quatro anos. Esta tem sido uma das séries de maior sucesso dos últimos anos. A sua premissa é simples, três vizinhos com idades e personalidades muito diferentes descobrem, durante um apagão, que partilham uma obsessão por podcasts de true crime.
Assim, quando um homicídio ocorre no edifício, o trio de vizinhos decide investigar o caso por conta própria e transformar a investigação num podcast. O sucesso da série permitiu-lhe chegar às cinco temporadas, sempre com um caso novo por descobrir.
Muito deste sucesso deve-se ao cómico trio de atores, Selena Gomez, Martin Short e Steve Martin, que têm uma grande química na série e timing cómico. Mais uma temporada deste Murder Mystery cozy passado em Nova York chegou ao fim, mas a sexta temporada já está confirmada no Disney+, rumo a Londres.
O início da temporada
A nova temporada de “Only Murders in The Building” abriu de forma muito forte. Outra das razões do seu sucesso é conseguir reinventar-se constantemente. Já tivemos temporadas focadas em musicais da broadway e outra sobre cinema. Esta nova voltou-se para a máfia, o crime e os casinos.
Assim, o primeiro episódio da temporada abriu de forma perfeita, trazendo a novidade da máfia para esta divertida série. O melhor momento foi, sem dúvida, quando o trio foi até à casa de “The Godfather” e tanto eles, como nós, ficámos surpreendidos por perceber que esta era a verdadeira casa do filme que tanto admiramos.
A sátira ao mundo do crime e aos novos ricos

Além deste excelente início de temporada, desta vez os alvos da sátira foram os membros da máfia. De forma divertida, e muitas vezes através dos irmãos italianos completamente inúteis, a antiga máfia foi satirizada de forma leve, e cómica.
Trazendo, assim, à baila, os novos ricos, que muitos deles estão envolvidos num submundo do crime que nós nem conhecemos. Agora, o que dita o poder, é o dinheiro e o estatuto social.
Para representar estas personagens de forma cómica, a série conseguiu contratar três excelentes atores. É surpreendente como temporada após temporada os convidados da série são cada vez melhores. Contando com Paul Rudd, Zach Galifianakis ou Meryl Streep. Mas a verdade é que toda a gente quereria entrar numa série tão cómica e tão adorada pelo público.
A nova tripla de atores

Renée Zellweger, Logan Lerman e Christoph Waltz foram as três grandes adições ao cast desta temporada. Relembramos que entre os três atores existem quatro Óscares. Assim, os três deram grandes interpretações a esta temporada.
Contudo, foi uma pena não terem sido explorados o suficiente. Senti que, durante toda a temporada, a presença destes atores soube a pouco. As personagens estavam tão bem construídas que gostaria de ter visto mais deles, de terem sido uma constante em toda a temporada e na sua resolução, em vez de um engodo para não adivinharmos o final.
O culpado

Não considero que “Only Murders in The Building” seja uma série de grandes plot twists. O seu forte sempre foi o build up e o efeito found family deste trio de personagens. Assim, voltei a achar o culpado desta temporada um quanto previsível. Gostaria de ter visto uma conspiração maior.
No entanto, é daquelas séries que a previsibilidade não faz com que não seja boa. É uma série cozy, que é sobretudo para divertir e reconfortar. E isso conseguiu voltar a fazer. Estou curiosa com a forma como vão, agora, levar a série até terras inglesas, sem perder a sua essência nova-iorquina.

