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Sabrina Carpenter causa controvérsia com capa de novo álbum

Sabrina Carpenter não é artista para passar inegavelmente despercebida e desta vez, nem que seja pela controvérsia.

A pop star norte-americana, Sabrina Carpenter, que já nos habituou a letras afiadas e a uma presença irreverente, está de volta aos holofotes. Mas, ao contrário do que seria de esperar, não é apenas a música que está a gerar conversa. O anúncio do seu próximo álbum, Man’s Best Friend, desencadeou uma onda de reações que dividiu fãs e críticos. Entre acusações de misoginia e defesas apaixonadas, há muito para desembrulhar.

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Um álbum chamado Man’s Best Friend

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Sabrina Carpenter anunciou o novo projeto através de um teaser minimalista no Instagram: uma fotografia em filme granulado que a mostra de quatro, com um homem a segurar-lhe o cabelo. O título, Man’s Best Friend (“O Melhor Amigo do Homem”), imediatamente levou a comparações com a obediência canina — e, para muitos, essa foi a faísca que incendiou a discussão.

A capa, deliberadamente provocadora, não veio acompanhada de grandes explicações. E, como em qualquer vazio de informação, a interpretação pública encarregou-se de preenchê-lo. Alguns fãs argumentam que se trata de mais uma jogada satírica, alinhada com o estilo mordaz de Sabrina Carpenter. Outros, no entanto, sentem que a mensagem é preocupante: estará a cantora a romantizar uma relação de subserviência?

O primeiro single, Manchild, complica ainda mais a narrativa. A canção é uma crítica afiada a homens imaturos que tratam as parceiras como figuras maternais. Se o álbum é uma continuação desse tema, então o título e a capa podem ser irónicos — uma espécie de espelho satírico das expectativas de género. Mas, até agora, Sabrina Carpenter não confirmou nem negou. E o silêncio só alimenta a polémica.

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Misoginia ou má interpretação?

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Nas redes sociais, a divisão é inegavelmente clara. Um comentário viral no Instagram resume o incómodo de parte do público: “Expliquem-me como é que isto não é centrar os homens? Como é que isto não é servir o olhar masculino?” A falta do habitual humor de Sabrina Carpenter deixou muitos desconfiados. Afinal, esta é a mesma artista que transformou Espresso num hino de empoderamento disfarçado de brincadeira.

Por outro lado, os defensores de Sabrina Carpenter lembram que a sexualidade feminina nem sempre tem de ser lida como submissão. Griffin Maxwell Brooks, um DJ e criador de conteúdo, argumentou num vídeo que “mulheres e pessoas femininas abraçarem a sua própria sexualidade nunca será misoginia”. A comparação com Carly Simon, cuja capa de Playing Possum (1975) a mostrava de lingerie sem qualquer intenção sexual explícita, também surgiu como contra-argumento.

Assim, o que parece estar em jogo é uma questão mais profunda: até que ponto uma artista pode explorar temas como a submissão sem ser acusada de a glorificar? E será que o público está a projetar significados que a própria música ainda não revelou?

O outro lado de Sabrina Carpenter

A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter
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Nem toda a gente vê malícia na capa ou no título. Muitos fãs apontam que Sabrina Carpenter tem inegavelmente um histórico de provocação inteligente e que, muito provavelmente, Man’s Best Friend será mais um capítulo nessa narrativa. Até Carly Simon entrou na discussão, defendendo Carpenter numa entrevista: “Ela não está a fazer nada de escandaloso.”

Assim, se há algo que esta polémica prova, é que Sabrina Carpenter continua a ser uma artista que desafia expectativas. Resta saber se o álbum trará as respostas que o público exige ou se, pelo contrário, alimentará ainda mais o debate.

Será Man’s Best Friend uma crítica social disfarçada de pop, ou um passo atrás na sua narrativa feminista? Deixa a tua opinião nos comentários.



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