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Sonic Racing: CrossWorlds, em análise

Para muitos jogadores, Mario Kart tem sido o topo dos jogos de corridas arcade com karts, especialmente para quem cresceu a jogar Nintendo. Também a Sony, com Crash Bandicoot num kart foi um sucesso. Contudo, apesar de a série Mario Kart ser sinónimo de simplicidade e acessibilidade, Sonic Racing: CrossWorlds traz uma proposta diferenciadora, que se destaca pela sua profundidade e variedade, oferecendo uma experiência mais complexa e personalizada. Aqui há muito mas estratégia, que agradará a alguns, dependendo da idade.

Logo no início, Sonic Racing: CrossWorlds apresenta três modos principais offline: Grand Prix, Time Trials, e o mais inovador Race Park. O Grand Prix é, sem dúvida, o ponto de partida para a maioria dos jogadores, tendo sete competições, cada uma composta por três corridas e uma grande final que mistura elementos das anteriores. Este modo dá o tom do que esperar: corridas intensas, desafios constantes e uma sensação de progressão clara. Tudo isto misturado em intensidade e poderes.

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O modo Race Park, por sua vez, introduz objetivos específicos para equipas, promovendo um ambiente competitivo e cooperativo, ideal para jogar em casa com amigos. Esta variedade de modos mostra um esforço por parte dos criadores para diversificar a experiência, criando um equilíbrio entre competição pura e diversão casual.

O elemento mais distintivo e inovador do jogo reside no conceito dos “CrossWorlds”, que oferece um toque de originalidade às corridas tradicionais. Inspirado na ideia dos filmes do Sonic, onde os anéis servem como portais para diferentes planetas, as pistas não são simplesmente lineares. Durante as corridas, os jogadores atravessam portais que os transportam para mundos diferentes — desde florestas de cogumelos saltitantes até locais que lembram clássicos da Sega como Afterburner ou Columns. Aqui o poder da consola da Sony, onde testei este jogo, foi testado e passou com facilidade. O jogo não quebra, não se arrasta. É sempre intenso!

Este sistema cria um dinamismo surpreendente, pois impede que as corridas se tornem previsíveis. Os jogadores são forçados a adaptar-se rapidamente a novas paisagens e desafios, tornando cada corrida uma experiência única e imprevisível.

Outro aspeto herdado de jogos anteriores da série, nomeadamente Sonic All-Stars Racing: Transformed, é a capacidade dos veículos mudarem de forma entre carro, barco e avião. Cada forma oferece uma experiência distinta: o carro mantém a jogabilidade clássica com derrapagens e turbo; o avião introduz controlo vertical e incentiva manobras acrobáticas; e o barco oferece um estilo mais táctico, substituindo a derrapagem por saltos carregados para alcançar power-ups.

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Esta diversidade mecânica acrescenta uma camada extra de estratégia, pois é necessário dominar cada modo para aproveitar ao máximo as pistas e desafios. Embora inicialmente possa ser complicado adaptar-se, a recompensa de conseguir executar manobras com precisão é grande e gratificante.

“Sonic Racing”: Inovador ou mais do mesmo?

No que toca à condução, o jogo pode parecer algo rígido para novos jogadores. A colisão com obstáculos penaliza severamente com uma forte redução de velocidade, o que pode ser frustrante para quem está habituado a ir tocando nos muros das pistas. Este sistema torna as corridas mais desafiantes, especialmente para quem prefere um estilo agressivo de derrapagem e curvas apertadas. No entanto, ao experimentar diferentes veículos, especialmente aqueles com uma classificação elevada em manuseamento, torna-se mais fácil encontrar uma combinação que se adapte ao seu estilo, mostrando que o jogo recompensa a experimentação e adaptação.

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Uma das maiores forças de Sonic Racing: CrossWorlds é o nível detalhado de personalização que oferece. Cada veículo desbloqueado pode ser equipado com peças que alteram as suas estatísticas de forma subtil, como melhor manuseamento ou maior turbo, permitindo afinar o desempenho conforme as preferências pessoais. Além disso, as personalizações estéticas como pinturas e decalques acrescentam um toque visual ao seu kart.

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Muitos poderes, mas poucas defesas

Apesar do arsenal de itens típicos dos jogos de kart, Sonic Racing: CrossWorlds tem aqui o seu ponto mais fraco. Muitos itens são difíceis de contrabalançar, e algumas armadilhas parecem praticamente inevitáveis, o que pode levar a situações frustrantes, como ser eliminado a poucos metros da linha de chegada.

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Um elemento interessante são os Rivais designados aleatoriamente em cada conjunto de corridas, que oferecem um desafio personalizado. A possibilidade de escolher um rival mais difícil aumenta a “rejogabilidade” e a sensação de progressão, dado que derrotar o rival contribui para objetivos meta e desbloqueios de recompensas únicas. Este sistema cria momentos de interação carismáticos e adiciona uma dimensão quase narrativa às corridas.

As pistas são um dos pontos altos do jogo, com uma enorme variedade visual que atravessa diferentes universos inspirados em jogos da Sega. Desde ambientes retro até cenários modernos de Sonic Frontiers, cada pista oferece desafios únicos e estéticos distintos. A alternância entre veículos e a possibilidade de viajar entre mundos tornam cada corrida uma pequena viagem pela história da Sega, com referências e homenagens que agradam tanto aos fãs antigos como aos novos.

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No modo online, o jogo funciona bem e oferece uma plataforma estável para competir. É possível personalizar o seu veículo enquanto aguarda por uma corrida e juntar-se a amigos em lobbies. No entanto, o modo online é relativamente simples e carece de algumas funcionalidades, como a possibilidade de disputar Grand Prix online ou ativar os objetivos adicionais do Race Park. Ainda assim, este modo é o que mais potencial tem para garantir a longevidade do jogo.

Muitas horas, muita velocidade…

Sonic Racing: CrossWorlds apresenta-se como uma proposta viciante e divertida no género dos jogos de corridas arcade com karts. Apesar de jogar à sombra do colossal Mario Kart, consegue afirmar a sua identidade através da profundidade das opções de personalização, da inovação na estrutura das pistas e da diversidade de mecânicas de condução. O resultado? Um jogo melhor do que eu esperava.

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Se procura uma experiência mais técnica, que valorize ir testando e arriscando, e a adaptação a estilos de jogo variados, CrossWorlds é uma recomendação fácil. Mesmo com algumas falhas nos itens e no modo online, é evidente que este título tem um caminho promissor pela frente e pode vir a conquistar uma comunidade fiel entre os fãs do género.


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