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Stanley Kubrick inspira novo filme dos Fantastic Four

E se a próxima grande viagem cósmica da Marvel começasse com os Fantastic Four e fosse guiada pelo espírito enigmático de Stanley Kubrick?

Desde que a Marvel anunciou a integração dos Fantastic Four no seu universo cinematográfico, a expectativa tem sido enorme. Afinal, estamos a falar da primeira família da Marvel, criada por Stan Lee e Jack Kirby em 1961, e que, até agora, nunca teve uma adaptação à altura no cinema. As tentativas anteriores oscilaram entre o esquecível (os filmes de Tim Story) e o desastroso (o reboot de 2015). Mas desta vez, tudo parece diferente.

Porquê? Porque Fantastic Four: First Steps não é apenas mais um filme de super-heróis. É um projeto ambicioso, com um pé nos anos 60, outro no futurismo retro, e uma mão cheia de influências que vão desde 2001: Odisseia no Espaço até ao Star Trek original. E, acima de tudo, porque Matt Shakman, o realizador, parece determinado a fazer justiça a estes personagens.

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Fantastic Four respeita a história

Pedro Pascal, Ebon Moss-Bachrach, Vanessa Kirby, Joseph Quinn (Fantastic Four) © 2025 20th Century Studios / © and ™ 2025 MARVEL.

A primeira grande surpresa? Fantastic Four não será uma típica história de origem. Não vamos ver Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm a descobrirem os seus poderes numa sequência longa. Em vez disso, o filme mergulha-nos diretamente numa aventura que já os apresenta como uma família estabelecida – com todas as dinâmicas, conflitos e cumplicidades que isso implica.

De acordo com a Collider, Pedro Pascal, no papel de Reed Richards, descreve a abordagem como “um equilíbrio entre fidelidade aos quadrinhos e uma reinvenção necessária”. Vanessa Kirby, a nossa nova Mulher-Invisível, acrescenta: “Sue não é apenas ‘a namorada’ ou ‘a irmã’. Ela é o coração da equipa, a líder emocional.” E é essa profundidade que promete diferenciar este filme das adaptações anteriores.

Mas o que realmente chama a atenção é o tom. Shakman e a equipa decidiram ambientar a história nos anos 60, não por capricho estético, mas porque esse foi o período em que os Fantastic Four nasceram – uma era de otimismo científico, da corrida ao espaço, e de uma certa inocência que o MCU moderno já não costuma explorar. O resultado? Um visual que mistura Mad Men com The Jetsons, onde os fatos azuis coexistem com uma tecnologia retro-futurista digna de Kubrick.

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Stanley Kubrick, Sam Raimi e a arte de fazer o impossível

Stanley Kubrick faz Cameo em 2001: Odisseia no Espaço
©Zero em Comportamento

E aqui chegamos ao cerne da questão: a influência de Stanley Kubrick. Matt Shakman não esconde que 2001: Odisseia no Espaço foi uma referência chave, especialmente no design do laboratório de Reed Richards. Mas a inspiração vai além da estética. “Kubrick construía mundos tangíveis, e nós queremos o mesmo”, explica o realizador. Daí a decisão de usar miniaturas práticas para a nave dos Fantastic Four, The Excelsior, em vez de confiar apenas em CGI.

A ligação a Sam Raimi (realizador da trilogia original do Homem-Aranha) também é inegável. Grant Curtis, produtor que trabalhou com Raimi, compara a abordagem: “Tal como Raimi fez com o Peter Parker, queremos honrar o que tornou estes personagens icónicos, sem medo de ser fiéis – ou de ousar.” Isso significa que, apesar do tom mais sério, haverá espaço para o humor e para os momentos absurdamente criativos que definiram os melhores filmes da Marvel.

E, claro, não podemos esquecer os vilões. Galactus, o Devorador de Mundos, será uma ameaça cósmica à escala de Thanos, mas com um visual que remete diretamente aos desenhos de Jack Kirby. Julia Garner, como a Surfista Prateada, promete trazer uma complexidade rara aos antagonistas do MCU. “Ela não é apenas uma lacaia. Há uma tragédia nela”, adianta Shakman.

Acreditas que esta equipa consegue finalmente fazer justiça aos Fantastic Four? Ou será mais um caso de expectativa vs. realidade? Deixa a tua opinião nos comentários.



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