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Temperaturas acima dos 40º? Esta estratégia vai proteger-te da onda de calor

Onda de calor parecem inofensivas, mas não se deixem enganar, a natureza decidiu ligar o forno, e Portugal está a assar lentamente.

Vivemos num país habituado ao sol, ao calor, às sardinhadas em tardes escaldantes. Mas há uma diferença entre o Verão de sempre e aquilo que estamos a enfrentar agora. Portanto, uma onda de calor extrema não é apenas uma chatice, é um fenómeno climático perigoso, que mata. Sim, mata. Em silêncio, sem dramatismos cinematográficos, mas com eficácia. Mas o mais preocupante? Está a tornar-se o novo normal.

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Onda de calor atinge Portugal

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Assim, estamos a meio de Agosto, e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já declarou alerta vermelho em várias regiões do país. As temperaturas ultrapassaram os 44ºC no Alentejo, e até cidades tradicionalmente mais frescas, como Viseu e Braga, passaram dos 40ºC.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu recomendações urgentes, apelando à população para:

  • Evitar saídas desnecessárias
  • Manter-se hidratada
  • Procurar ambientes frescos

Não é um capricho: em anos anteriores, ondas de calor semelhantes causaram dezenas de mortes silenciosas, sobretudo entre idosos e pessoas com doenças crónicas. O calor extremo pode agravar doenças cardiovasculares e respiratórias, e levar a desidratação severa e insolação.

Mas pior ainda: o nosso país não está preparado. Assim, grande parte das casas portuguesas, especialmente no interior, não têm ar condicionado, e as que têm não foram pensadas para resistir a dias consecutivos de onda de calor sufocante. Assim, este cenário repete-se ano após ano, com intensidade crescente. Logo, a meteorologia não mente, isto não é um pico, é uma tendência.

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Sobreviver é estratégia

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É fácil cair na tentação de ignorar os avisos. Somos resistentes, dizemos. Habituados. Mas o corpo humano tem limites e a onda de calor está a testá-los. Como alguém que já teve um familiar hospitalizado por desidratação num destes verões infernais, não posso senão insistir na importância de estratégias simples:

  • Manter o corpo fresco: banhos de água morna (sim, morna!), borrifadores de água, roupas leves, ambientes sombreados.
  • Beber água constantemente, mesmo sem sede. Não é um conselho; é um imperativo.
  • Planear os dias com o calor em mente: nada de caminhadas à hora de almoço, nada de “só vou ali ao supermercado” às 16h.
  • Abre duas janelas em lados opostos da casa nas horas menos quentes para criar corrente de ar.

E atenção aos sinais de alerta: tonturas, batimento cardíaco acelerado, náuseas e cansaço extremo. Tudo isto pode ser sinal de que o corpo já não está a conseguir lidar com a onda de calor. E, sim, está nas nossas mãos também cuidar uns dos outros: os mais velhos, os bebés, os doentes. Um telefonema, uma visita, uma garrafa de água, pode ser o que faz a diferença.

Isto não é normal

Esta onda de calor não é um caso isolado. É inegavelmente parte de um padrão que tem vindo a intensificar-se ao longo da última década. Logo, o clima mediterrânico está a sofrer mutações visíveis, e o aquecimento global deixou de ser futuro, é presente.

Enquanto políticos discutem metas para 2050, o termómetro discute connosco. As escolas encerram por calor, os incêndios voltam a devastar florestas e os hospitais lidam com surtos silenciosos de exaustão térmica. Se queremos evitar que o Verão se transforme num período de risco, temos de:

  • Reformar os edifícios para resistirem ao calor extremo
  • Investir em espaços públicos frescos e acessíveis
  • Educar a população, desde cedo, sobre estratégias de adaptação

Assim, a onda de calor é mais do que um fenómeno meteorológico. Portanto, é um espelho. Mostra-nos o que somos, como vivemos, e onde falhamos, individual e coletivamente.

Tens uma estratégia para enfrentar esta nova realidade? Diz-me nos comentários como estás a lidar com esta onda de calor.

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