The Walking Dead: Survival Instinct (PS3) | Análise
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Passado antes da história presente na série, “Walking Dead: Survival Instinct” tenta mostrar um pouco mais dos dois irmãos que mais zombies mataram na TV nos últimos anos.
Enredo: O facto de o jogo ser uma prequela da série poderá ser um ponto forte à primeira vista, mas a verdade é que o jogo oferece pouco a um fã da série que queira saber um pouco mais sobre este mundo e como tudo começou. No geral, e após o jogo acabado, não existe uma ligação óbvia com o enredo da série, ficando a sensação que apenas as personagens e o tema em si ligam este jogo com a mega produção americana. O jogo leva-nos a matar, a procurar recursos (gasolina, comida, etc…) e a encontrar sobreviventes, com os quais tentaremos criar uma aliança. Em termos teóricos, as ideias são boas, principalmente quando o jogo nos obriga a escolher o caminho a percorrer de carro, ficando ao nosso critério usar uma auto-estrada (menos gasolina necessária mas sem cidades com possibilidades de suplementos) ou uma estrada local. Outro ponto interessante é a forma como criamos alianças com outros sobreviventes e como os podemos “usar” para cumprir certos objetivos, como por exemplo: encontrar gasolina. Mas o problema é que na prática nada funciona como devia. E porquê? Porque existe demasiada comida, balas e gasolina. E com isso o jogo perde a necessidade de planeamento.
Gráficos: Em nenhum momento ficamos deslumbrados com estes gráficos. Os cenários são medianos mas encaixam bem com o que a série nos mostrou. No entanto, alguns bugs enfraquecem a experiência de jogo, como por exemplo quando um membro de um zombie atravessa uma porta antes desta se abrir e toda a surpresa se perde. Em termos faciais, o jogo não está mau, mas novamente também não está bom. Existem bons efeitos de luz, mas ao fim de algum tempo, estamos apenas a jogar pelo sangue e pela cara que os zombies fazem ao morrer, e deixamos de dar importância aos gráficos.
Jogabilidade: Tal como no enredo, também a jogabilidade é afetada pela grande quantidade de recursos que existe. Ao início, o jogo tenta levar-nos a utilizar uma jogabilidade pensada e atenta ao que nos rodeia, mas ao fim de pouco tempo irão perceber que o jogo é mesmo muito fácil. Os zombies são previsíveis e limitados, nós temos poder de fogo a mais e o jogo torna-se mais divertido quando o usamos. Resumindo: este jogo é um verdadeiro massacre de zombies que não têm a capacidade de nos matar.
Som: O ponto mais forte do jogo. As vozes são as que estão na série e encaixam bem nas personagens principais, mas infelizmente não podemos dizer o mesmo das secundárias. Em termos de efeitos sonoros, o jogo é competente e também se encontra acima do jogo. A banda sonora é competente e em alguns momentos consegue criar o ambiente pretendido, mas o jogo não acompanha essa tentativa.
No global, este é um jogo que agradará a quem queira algo fácil e que goste de matar zombies. Por vezes é divertido, por vezes é frustrante porque nota-se que podia ser muito melhor. A campanha é pequena, sente-se a falta de um modo co-op e nunca se sente a tensão de que poderemos morrer. A série televisiva merecia melhor e cabe a cada jogador decidir se o que o jogo tem para oferecer será suficiente para terem diversão ao jogá-lo.
Pontos fortes:
- As vozes dos atores da série
- Sangrento e divertido para quem gostar de massacres
Pontos fracos:
- O enredo é curto
- Nunca o jogador se sente em perigo
- Inteligência artificial
LP