Tribeca Festival Lisboa’25 | Dia 3 com Piper Perabo e Stephen Kay
O terceiro e último dia do Tribeca Festival Lisboa 2025 contou com uma grande diversidade de temas, desde a Cancel Culture ao True Crime, passando por vários filmes e podcasts gravados ao vivo.
Ao contrário dos restantes dias, em que apostei mais em acompanhar as conversas com os convidados do Festival, no último dia dividi o meu tempo entre conferências de imprensa e filmes.
Piper Perabo e Stephen Kay falam sobre os seus projetos e parceria
No primeiro dia do Festival já tinha estado presente numa conversa com este casal de atriz e realizador, em que falaram sobre a passagem do cinema para o streaming e as suas diferenças.
No último dia do Tribeca Lisboa, assisti à conferência de imprensa de Piper Perabo e Stephen Kay, onde responderam a várias conversas dos jornalistas. Para quem não conhece estas personalidades, Piper Perabo entrou em filmes como “Coyote Ugly”, “The Prestige”, “Cheaper by the Dozen”, e séries, tal como “Covert Affairs” e a mais recente “Yellowstone”.
Stephen Kay é ator e realizador e conta com uma longa parceria com o realizador “Taylor Sheridan”, com quem já fez “Yellowstone”, “Lioness” e “Landman”. “Yellowstone” é, particularmente, a minha favorita, sendo fã de Westerns e, por isso, fiz uma questão sobre esta famosa série a Stephen Kay.
Sendo, lá está, um Western. Uma série muito Americana. Interessava-me perceber porque é que é tão adorada, não só em Portugal, como no resto do mundo. Stephen Kay considera que é uma série “muito humana”, que é sobre família e que o público tem carinho por essas personagens, além das incríveis paisagens e cinematografia.
Além disso, o realizador ainda brincou, dizendo: “Espero que o Taylor Sheridan não me mate e que ele não veja isto, mas Yellowstone é uma novela”, no sentido do drama, do desenvolvimento das personagens e da ação.
Honeyjoon estreia em Portugal
“Honeyjoon” ganhou o prémio “Untold Stories” no Tribeca Festival em Nova Iorque em 2024. O que significa que a realizadora Lilian Mehrel venceu um milhão de dólares para produzir o seu filme.
Assim, o filme estreou no ano seguinte, em 2025, novamente no Tribeca Festival em Nova Iorque. Agora, a 1 de novembro, chegou a Lisboa para a sua estreia em Portugal. O filme acompanha, então, uma mãe e uma filha que vão fazer uma viagem juntas aos açores. Como homenagem ao pai, que morreu um ano antes.
Amira Casar e Ayden Mayeri entrepretam mãe e filha. Já o ator português José Condessa é o guia turístico que as leva aos lugares mais bonitos e inspiradores dos Açores. Contribuindo, assim para uma reconciliação entre estas duas personagens que se afastaram ao longo do tempo.
É um filme visualmente lindíssimo, não fosse filmado nos Açores. Tem alguns toques de filmes como “Aftersun” e “A Real Pain”, ainda que tenha uma componente mais forte de comédia do que estes dois filmes. Assim, mistura um humor divertido, juntamente com temas como família, identidade e luto.
As raízes Persas da realizadora também entram no filme, para abordar outros temas importantes como a desigualdade de género e violência contra as mulheres. Por fim, na conferência de imprensa de Honeyjoon, a realizadora revelou que este era um filme sobre as ondas da vida, sobre a luz e a escuridão.
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