A Caminho dos Óscares 2017 | Previsões finais dos vencedores (Parte III)

Há algum filme capaz de parar La La Land: Melodia de Amor de vencer o Óscar de Melhor Filme e Melhor Realização? Há. Mas as probabilidades de isso acontecer são ínfimas. 

2017 está talhado para ser um daqueles anos onde o frontrunner se mantém na pole position durante toda a temporada de prémios. Aconteceu recentemente com “12 Anos Escravo” ou “O Artista” e estará prestes a acontecer com o filme de Damien Chazelle. Contudo, numa altura onde a imagem de “La La Land: Melodia de Amor” pode já se encontrar saturada devido a tantos prémios conquistados, há um dark horse que pode emergir: “Moonlight”.

Analisamos agora as categorias de Melhor Filme e Melhor Realização.

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Melhor Realização: All Hail o mais jovem oscarizado de sempre

As probabilidades de Damien Chazelle perder o Óscar de Melhor Realização são muito remotas. Quem o diz é a história uma vez que, desde 1950, apenas sete realizadores não venceram o respetivo Óscar e o prémio do Sindicato dos Realizadores (DGA). Um desses casos foi Ben Affleck, em 2012, por “Argo” e, mesmo assim, o filme conquistou o prémio para Melhor Filme nos Óscares (para surpresa de muitos).

Assumindo que a correlação entre o vencedor do Óscar de Melhor Realização e os DGA é de 90%, restarão apenas 10% para dividir pelos restantes nomeados, entre eles Barry Jenkins (Moonlight), provavelmente o dark horse mais forte.

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Vencendo o Óscar por “La La Land: Melodia de Amor”, Damien Chazelle tornar-se-á no mais jovem de sempre a vencer o prémio aos 32 anos e 38 dias (Norman Taurog tinha 32 anos e 267 dias quando ganhou o mesmo prémio em 1931 por “Skippy”). Por outro lado, se a felicidade bater à porta de Barry Jenkins, o realizador de “Moonlight” tornar-se-á o primeiro realizador negro a vencer o prémio de Melhor Realização. Seja qual for o resultado, estaremos certamente na presença de uma cerimónia histórica.

Aposta: Damien Chazelle, La La Land: Melodia de Amor
Alternativa: Barry Jenkins, Moonlight

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Melhor Filme: La La Land é mesmo imbatível?

Vencedor dos prémios dos Sindicatos dos Produtores e Realizadores, vencedor do BAFTA, do Globo de Ouro e do Critics’ Choice Awards. Há alguma probabilidade, por ínfima que seja, de “La La Land: Melodia de Amor” ser derrotado na cerimónia do próximo domingo? Há. Mas é tão pequena que quase não conta.

Existem alguns fatores que podem fazer afundar “La La Land: Melodia de Amor” no último suspiro. Primeiro, e ao contrário do que se pensa, o filme de Damien Chazelle não é o filme mais premiado do ano (esse título pertence a “Moonlight”). Em segundo lugar, não podemos ignorar o efeito do binómio hype/backlash que se tem feito ouvir nos últimos dias e que está enraizado numa certa “saturação” da imagem do filme. É necessário também levar em conta que desde 2009, altura em que foi reintroduzida a votação por preferência (onde os votantes ordenam os nomeados a Melhor Filme por ordem de preferência), só “Estado de Guerra” chegar à marca dos seis Óscares, incluindo Melhor Filme. Quer isto dizer que desde 2009 que não assistimos a um sweep à moda antiga. Será “La La Land: Melodia de Amor” a exceção?

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Ainda sobre a questão do voto por preferência, há que considerar a hipótese de “Elementos Secretos” poder surpreender. Neste tipo de votação, não é fulcral um filme conquistar mais votos em número #1, mas sim conseguir reunir um número sólido de #2 e #3 lugares – e “Elementos Secretos”, o campeão de box-office entre os nove nomeados, pode ser esse filme, sobretudo porque não existe mais nenhuma categoria onde tenha esperanças de triunfar.

No entanto, a haver uma surpresa, é mais provável que essa se chame “Moonlight”, filme que conta com oito nomeações e que pode ser um veículo para um protesto político contra a administração Trump.

Aposta: La La Land: Melodia de Amor
Alternativa: Moonlight

Fica atento à tua Magazine.HD. Até domingo vamos contar-te tudo sobre os Óscares 2017. 


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