A Idade de Adaline, em análise
“A Idade de Adaline” é um filme sobre uma mulher (Blake Lively) que, após um acidente, se torna incapaz de envelhecer. Este acontecimento acaba por ter consequências gravíssimas para Adaline, uma vez que o passar dos anos não a afecta, e que outras pessoas começam a aperceber-se da sua aparência invulgar. O culminar das complicações surge quando o Governo inicia uma perseguição a Adaline, e esta decide viver uma vida de constante fuga, até que um estranho (Michiel Huisman) a faz repensar as suas escolhas.
O enredo explora as consequências deste acontecimento de uma forma invulgar e original, transcendendo o drama romântico que está presente na maior parte do filme. Vemos a vida eterna como algo indesejável, como causa de dor, uma perspectiva não muito comum, e que só acontece graças à fabulosa representação de Blake Lively, que consegue adicionar pequenas subtilezas que mostram à audiência o quão infeliz é Adaline com a sua condição. Outra prestação digna de nota é oferecida por Harrison Ford, que faz o papel de pai de Ellis de forma brilhante.
O ponto alto deste filme é sem qualquer dúvida a grande reviravolta que acontece a meio, e nos deixa sem saber o que pensar nem por quem torcer. Uma situação completamente inesperada, e que ilustra o quanto “A Idade de Adaline” não é apenas mais um romance. É uma história complexa ao nível emocional e psicológico, e o único momento prevísivel é o seu final, decisão que pode ser perdoada por ser a única forma de Adaline obter a felicidade que tanto merece.
Este é um daqueles filmes que merecem mais ser vistos do que analisados, por perigo de dizer demasiado na análise e estragar a experiência a quem ainda não o pôde ver. Como nota final, resta apenas reforçar que A Idade de Adaline surpreende pela forma diferente como desenvolve o enredo, e que merece ser visto tanto como Adaline merece finalmente ser feliz.
SL
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