Call of Duty – Advanced Warfare (PS4) | Análise
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Call of Duty – Advanced Warfare é um salto no futuro, levando-nos para um conflito entre a Coreia de Norte que invade a Coreia do Sul e nós, americanos, sob a alçada de Kevin Spacey (homem responsável por uma empresa de guerra e armamento), iremos entrar no conflito com objetivos muito específicos.
Após alguns minutos na campanha qualquer jogador estará entusiasmado. O início é fantástico, cheio de adrenalina e momentos marcantes que ajudam a demonstrar o poder gráfico deste jogo e também o ritmo que será constante do início ao fim. Após a impressionante apresentação, CoD oferece-nos momentos de grande intensidade, mas também momentos controversos, como já é habitual nesta série. Graficamente o jogo dá um salto, tal como seria obrigatório, em relação aos jogos anteriores (a versão aqui testada foi a PS4) e o jogo brilha com cenários variados, bem construídos e com uma constante destruição do que nos rodeia. Os cenários apresentam a vida necessária a este género de jogo e tecnicamente estamos perante um jogo muito bem conseguido graficamente. A juntar à festa temos excelentes expressões faciais, com Kevin Spacey em grande. Claro que nem tudo é perfeito e os personagens parecem ter olhos sem vida, normal nos atuais jogos, mas são pequenos detalhes que em nada comprometem a experiência de jogo.
Enquanto somos brindados com os gráficos do jogo, CoD leva-nos por uma sessão quase tutorial para aprendermos tudo o que podemos fazer com os nossos fatos (caros e futuristas) que nos permitiram elevar a jogabilidade para um novo nível de intensidade e inteligência. A forma como conseguiremos usar tudo o que temos aos nossos dispor irá fazer a diferença, principalmente no multiplayer.
No enredo, o jogo peca ligeiramente por apresentar alguns clichés do género e diálogos menos conseguidos em certos momentos, mas no geral, este é um enredo que tenta apresentar uma nova realidade que irá encaixar na jogabilidade disponível. As personagens são interessantes e facilmente criamos ligação com alguns, tanto com quem estamos a controlar, como em relação aos seus amigos. Claro que sendo um jogo de ação, o enredo não está vocacionado para aprofundar muito estas personagens. É verdade que gostávamos que assim fosse, mas este é um género, que por tradição, deixa o enredo para segundo plano. O que acontece neste caso é que Kevin Spacey rouba o espetáculo com uma personagem com a qual é difícil ter alguma simpatia, mas também é difícil não admirar a sua determinação e confiança.
Regressando à jogabilidade, este é um jogo intenso e que necessita de um controlo sobre o nosso personagem que nunca nos leve à frustração. De uma forma global, a jogabilidade está bem conseguida e bem explicada, todavia nota-se que este é um jogo que dá um salto para novos conceitos, e dizemos isto porque no final fica a sensação que a nossa jogabilidade podia ser mais abrangente em algumas das possibilidade que o nosso fato nos permite. A sensação final é que o jogo leva-nos a explorar de forma inteligente os mapas, mas não o que temos ao nosso dispor, pelo menos não de forma constante. No entanto, no meio de tanta ação, estes são pequenos pontos que nem sequer notamos de imediato e muito menos enquanto estivermos a jogar. A isto alia-se um bom conjunto de armamento disponível, variado e que encaixa no que teremos de fazer. É estranho em alguns momentos não termos acesso a tudo o que o nosso fato permite fazer, mas esta foi a forma que os criadores encontraram para nos obrigar a ir por certos locais. Por exemplo, se for necessário passar por um local dentro de um prédio, pode não ser muito aconselhável que seja possível saltar sobre o mesmo. São estes os pormenores que os próximos CoD deverão conseguir camuflar melhor.
Em termos sonoros não há muito a assinalar. O trabalho de vozes está bem conseguido, Spacey está no seu melhor, como sempre, e os efeitos sonoros acompanham facilmente a ação durante o jogo. A banda sonora é interessante, proporciona ambiente, mas quase passa despercebida em alguns momentos, não sendo este um fator negativo, mas apenas uma necessidade em alguns momentos em que o silêncio cria melhor ambiente do que qualquer banda sonora.
Passado para o online, Call of Duty regressa ao seu ambiente predileto. Com a total capacidade dos nossos fatos ao nosso dispor e muitos objetivos para se alcançar, CoD é um verdadeiro vício, intenso e variado, e que nos obriga a uma adaptação para casa missão, pois não teremos packs de armamento preparados para cada jogo multiplayer. Teremos de ser nós a preparar, testar e perceber se levamos para aquela sessão o que é indicado. Óbvio que esta diferença é irrelevante para um jogador experiente, mas um jogador mais caloiro irá senti-la.
Pelo meio do online teremos muitos poderes disponíveis, desde correr mais depressa, invisibilidade ou ganhar o dobro de experiência. Tudo durante muito pouco tempo, mas que transforma a nossa forma de atuar. Em relação ao online apenas podemos dizer que, em alguns casos, o jogo facilita demasiado os objetivos de um dos lados. Não existe, por exemplo, um equilíbrio entre a dificuldade para quem ataca algo e quem defende. Este facto não é uma falha, nem algo negativo, mas sim algo que os jogadores terão de ter em mente e ao qual terão de se adaptar.
Call of Duty – Advanced Warfare foi um risco por dar um salto no futuro. Foi um rico que valeu a pena… Este é o melhor Call of Duty desde Modern Warfare. É intenso, é refrescante, e tanto o modo offline como online conseguem proporcionar momentos que valem a pena serem jogados. Se gostam da série, este é um jogo a ter na vossa consola!
Pontos fortes:
- Bons gráficos
- Multiplayer continua viciante
- Jogabilidade bem aliada aos novos fatos futuristas
- Kevin Spacey!
Pontos fracos:
- Enredo começa forte mas tem quebras de intensidade durante o jogo
LP
