Dragon Ball Xenoverse – (PS4) | Análise
 |
Classificação [starreviewmulti id=8 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’] |
Dragon Ball é um universo fantástico, famoso em todo o mundo e que ainda hoje, tantos anos depois da sua criação, nos faz parar, sentir nostalgia e querer voltar a ver os episódios das aventura de Son Goku e seus amigos. Agora, Dragon Ball Xenoverse tenta oferecer aos fãs a grande experiência para a atual geração de consolas, mas será que consegue?
Em primeiro lugar devemos começar por salientar que neste jogo iremos criar a nossa própria personagem, entre 5 raças possíveis, e que com ela regressaremos ao passado, com a ajuda de Trunks, para alterar a história de Dragon Ball. Claro que as alterações iniciais são mínimas, e continuaremos a enfrentar Vegeta, Freeza, Cell, etc… mas é uma nova abordagem a uma história que já conhecemos totalmente há vários anos, dando uma lufada de ar fresco a este universo. De realçar ainda que a criação da personagem não é das mais vastas que existe, mas cumpre a sua função, ficando depois ao nosso critério colecionar tudo o que o jogo tem para nos oferecer, e que é mesmo muito. Se quiserem ter tudo o que Dragon Ball Xenoverse vos oferece em termos de armas, armaduras, roupas, etc…, então preparem-se para mais de 30 horas de jogo.
Apesar de termos a nossa personagem, lamenta-se que o leque das restantes personagens da saga seja pequeno quando comparado com o que anteriores jogos da saga nos ofereceram. O foco está nas personagens essenciais e com elas cria-se um enredo que nos irá viciar mas que sofre de altos e baixos, principal na qualidade dos diálogos. No entanto, o enredo é o melhor componente do jogo.
Na jogabilidade, é preciso indicar que é viciante ver o nosso personagem evoluir e interagir com as grandes personagens da saga. Afinal, é uma criação nossa que entra neste universo que adoramos! Iremos melhorar as nossas performances de combate e até poderemos ser treinados por vários personagens, aprendendo as suas técnicas. Contudo, não iremos apenas controlar o nosso personagem, e é interessante ver que Dragon Ball Xenoverse opta por criar uma jogabilidade igual para todas as personagens disponíveis. Os poderes são variados e cada personagem tem os seus exclusivos, mas a forma como chegamos até eles é igual em todos. Com isto é fácil mudar de lutador e continuar a apresentar o nosso melhor nível de combate. Por outro lado, ao criar um sistema igual, o jogo não nos dá a sensação de, a cada personagem, termos uma experiência nova, o que leva a que o jogo se torne repetitivo nas sequências de luta.
Com menos poderes a apresentarem sequência cinematográficas, o ritmo é sempre elevado, levando a combates intensos. Para isso também ajuda a noção, que ganhamos lentamente, de que a melhor forma de ganhar não passa por utilizar os mais poderosos golpes, mas sim por ataques constantes, mesmo que mais fracos. Outro aspeto positivo é a estratégia a que certos combates nos obrigam devido ao facto de o tele-transporte, um dos aspetos mais importantes dos combates, gastar stamina ao nosso lutador, levando a que o jogador tente usar tal capacidade com cautela e apenas em alguns momentos. Com isto, o jogo deixa apenas de ser um momento me que carregamos os botões sem parar. A estratégia é importante e cria um ambiente mais realista.
Dragon Ball Xenoverse é um jogo divertido para se jogar a dois, ou mais, principalmente porque nas missões secundárias em que usamos aliados criados pelo pc, a inteligência artificial deixa a desejar, ficando a ideia que se formos 5 contra 5, na realidade teremos de ser nós a vencer quase todos os inimigos. Como tal, o jogo com amigos ganha intensidade e diversão. Apenas se lamenta que se torne confuso, muito por causa do sistema de lock que nem sempre funciona na perfeição, sendo vítimas da total liberdade que os cenários nos dão quer na vertical quer na horiontal.
Em termos sonoros Dragon Ball Xenoverse está ao nível que se pede. Boa banda sonora, bons efeitos sonoros e as vozes japonesas que já conhecemos. Infelizmente na parte gráfica vemos algumas oscilações. A grande maioria das personagens estão bem criadas, com design idêntico à saga. No entanto, os cenários (que são grandes e variados) apresentam-se como bem desenhados em alguns casos e noutros nem tanto. A isto alia-se a falta de destruição de cenários que esta jogo deveria ter para ser mais fiel à saga. Em Dragon Ball bastava Son Goku transformar-se em super guerreiro para uma parte do cenário ficar destruída, e no fim das épicas batalhas pouco ou nada ficava em pé à volta dos lutadores. Aqui a destruição é pouca, perdendo-se um pouco a identidade da saga.
Com uma componente online muito boa, Dragon Ball Xenoverse pede para ser jogado quer em offline (pelo que já indicamos) quer em online. Todavia, preparem-se para muitas horas a treinar a vossa personagem, pois alguns combates serão impossíveis de vencer nas primeiras tentativas em qualquer um dos modos.
Se são fãs da saga, então este é o melhor Dragon Ball dos últimos anos. Tem falhas e não é uma experiência fantástica, mas é equilibrado, viciante e está estruturado numa base que tem muito para oferecer no futuro. A possibilidade de criarmos o nosso personagem pode parecer uma simples adição, mas transforma todo o jogo. Se a saga continuar neste caminho, o resultado será risonho nos próximos anos. Para já, este não é o jogo que nos irá encher todas as medidas, mas é, de longe, o melhor Dragon Ball que foi lançado nos últimos 5 anos.
Pontos fortes:
- Criação de personagem
- História difere da que conhecemos
- Bom trabalho sonoro
- Combate online sem quebras
- Muito para se colecionar
Pontos fracos:
- Queremos mais personagens jogáveis
- Combate algo repetitivo
- Sistema de lock tem de ser melhorado
Hardware usado pela MHD para teste de jogos:
PS4:
- PlayStation 4 Glacier White
- DualShock 4 White
- Razer Leviathan Sound System
PC:
- Headphones Razer Carcharias
- Keyboard Razer Epic Chroma
LP
