Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade, em análise
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“Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade” é exactamente aquilo que era esperado, uma adaptação da autobiografia de Mandela. Mas mais que uma simples adaptação, é um filme envolvente com uma forte representação de Idris Elba, que inegavelmente exige respeito.
Com a introdução do Apartheid em 1948, viveu-se uma época de punição e segregação na África do Sul, que causou sofrimento à população negra. Nelson Mandela (Idris Elba), motivado a destruir o racismo casual da sociedade, junta-se ao Congresso Nacional Africano para instigar mudança, transformando-se num líder, influenciando os seus compatriotas a desafiar a autoridade e tornando-se num inimigo para o status quo. Depois do falhanço do seu primeiro casamento, Mandela encontra o amor novamente em Winnie (Naomie Harris), uma jovem mulher inspirada pela sua coragem, que encontra um lugar ao seu lado na causa. Após a sua detenção, Mandela é sentenciado a passar a vida na prisão, com poucas visitas e quase nenhuma comunicação escrita. Passando várias décadas atrás das grades, Mandela amadurece filosoficamente em relação aos seus pontos de vista, mantendo-se desafiante em relação à desigualdade.
O filme faz um trabalho surpreendente na compressão da vida do aclamado activista numa apresentação com um tempo tão limitado, mas ainda assim tenta cobrir demasiado da sua história de vida, acabando por não ser possível uma completa reflexão em todos os momentos-chave devido à necessidade constante de avançar na narrativa, e este é o seu único ponto verdadeiramente fraco.
Mandela é apresentado no filme biográfico de forma honesta, não sendo escondidas as suas falhas. Não há glorificação, e é visível o adultério e a negligência dos filhos, retirando o activista do pedestal, e tornando-o ainda mais humano como resultado.
No papel de um jovem Mandela, Idris Elba é fantástico, a imagem da vitalidade e paixão, uma pessoa genuinamente explosiva. A evolução para um homem mais velho é visível no relaxamento da linguagem corporal, e é impossível não sentir admiração pela capacidade que o actor tem em navegar pelas fases da vida de Mandela com tanta naturalidade. Apesar de não haver grande espaço para os actores secundários, Naomie Harris faz um excelente trabalho a interpretar Winnie, que batalha contra os seus próprios demónios.
“Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade” é uma lição de vida, ilustrada de forma bela, e é sem dúvida uma forma maravilhosa de aprender mais sobre a vida do homem que mudou toda uma nação, que mudou o mundo inteiro.
SL
