Stalker | Primeiras Impressões

 

“Believe me, I know. I’ve been through this, much worse than this.”

 

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Stalking Why?

Vivemos numa era de competição entre egos, de inveja do status profissional, de vangloriação da imagem pessoal…E perguntam vocês: o que tem isso a ver com “Stalking”? Tem tudo a ver. Segundo o “Bureau of Justice Statistics“, catorze em cada mil pessoas acima dos dezoito anos são vítimas de um qualquer “Stalker” por ano. E quais são as motivações destes intrusos supostamente anónimos? Numa única palavra: obsessão! É aqui que entra a TAU (Threat Assessment Unit) – um departamento específico da LAPD, encarregue de dar resposta a casos de assédio sexual e perseguição persistente na sua forma física e cibernética.

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Stalking With Whom?

Liderada pela tenente Beth Davis (Maggie Q) em parceria com o seu colega detetive – recém transferido para a “spy team” – Jack Larsen (Dylan McDermott), cedo se percebe o que um olhar másculo para um decote feminino poderá despoletar a nível de uma prematura anti-química interpessoal. Mas, enquanto trabalho for trabalho e conhaque for conhaque as aptidões profissionais até poderão cavalgar um ou dois patamares na armadura emocional, corrigindo o passo em falso inicial determinado pela espreitadela indiscreta nas “dunas”.

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Stalking Who?

Um tarado qualquer cujas linhas de engate não apelaram ao sexo aposto, anda a fazer “Screams” por aí com a sua aprendizagem na arte de bem atear uma floresta tuga. É nesta toada de pirotecnia que “Stalker” entra como fogo que arde e que se vê, flamejando os terrores mais íntimos de todos nós “stalkers passivos”. E basta Beth Davis entrar na cena de crime com luva negra e olho afiado para sentirmos a intensidade da sua presença enquanto “justiçeira” do mal. Contudo, Jack Larsen não se coíbe de distribuir uns “je ne sais quois” de brilhantismo analítico ao bom estilo Sherlock Holmes para impressionar a sua chefinha ex-Nikita, estreitando a caça ao homem encapuçado.

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Stalker Stalking Stalkers?

Não deixa de ser irónico que, de uma patologia psicológica se possa saltar tão facilmente a vedação que separa o agressor do não criminoso. Se apelidamos de “Stalker” um perseguidor teimoso, a realidade vem desmistificar o niilismo subjetivo de tais agressões, atribuindo a cada um de nós a crença egocêntrica e antropocêntrica da personagem de Dostoiévski: “Se Deus está morto, então tudo é permitido”. É nesta linha ténue que Jack Larsen caminha como um “trapezista” alimentando a obsessão natural do ser humano em satisfazer a sua curiosidade inata, enquanto permanece camuflado como o agente que captura os maus da fita quase como ele.

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Stalker Victim Against Stalkers?

Beth Davis vive igualmente com o estigma do passado, deslindando crimes durante o dia para recolher ao seu apartamento fechado a sete chaves e oito cortinas durante a noite. O medo pode ser uma arma poderosa de intimidação, e se a captura destes malfeitores poderá constituir um elixir de estoicismo anti-fóbico, o tempo fora de expediente revela uma Beth frágil e vulnerável às manobras no escuro. É nesta dicotomia de traumatizados e indutores de traumas, que “Stalker” encontra o seu nicho televisivo fazendo-nos duvidar por momentos das intenções nobres do nosso vizinho do lado.

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Stalker Next Move?

Stalker, é a voz e o testemunho audível de todas as vítimas silenciadas e amedrontadas por esta tipologia criminal cada vez mais comum nos dias de hoje. O episódio piloto provou que, apesar das mil e uma parcerias policiais já existentes por aí, é sempre possivel arranjar espaço para apreender um lunático que gosta de observar a sua presa enquanto esta tenta dormir pacificamente.

P.S – “The Obsession Begins”

MS

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