15 Interpretações que não podem ser esquecidas pela Award Season | Parte II

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Paul Dano – Melhor Ator por Love & Mercy – A Força de Um Génio e Melhor Ator Secundário por A Juventude

LOVE AND MERCY - 2015 FILM STILL - Pictured: Paul Dano - Photo Credit: Francois Duhamel Roadside Attractions Release.

Está na hora de falar disto com alguma seriedade: mas porque raio Paul Dano não tem mil Óscares nas prateleiras lá de casa? (ou no WC, como é apanágio de Kate Winslet). Até quando teremos de ver posters destes ou trailers destes onde ele aparece solitário no meio de um elenco tão premiado? “There Will Be Blood”, “12 Anos Escravo”, “Raptadas” ou “Ruby Sparks” são filmes que demonstraram que Dano é um dos mais talentosos atores da sua geração e também um dos mais subvalorizados. Infelizmente, a história estará prestes a repetir-se. Se no filme de Paolo Sorrentino, “A Juventude”, essa cena bizarra ao interpretar Hitler pode passar despercebida à Academia, já o seu papel do outro mundo em “Love & Mercy”, ao interpretar Brian Wilson, não pode – nem deve – ficar fora de radar. Seria um crime contra a pequena humanidade que ainda liga a esta coisa das estatuetas douradas, dos discursos piegas e vestidos Elie Saab.

John Cusack – Love & Mercy – A Força de Um Génio

John Cusack

Já que abrimos a boca para elogiar Paul Dano, podemos oficialmente iniciar aqui um movimento pró-Love & Mercy que parece estar a ser engolido por aqueles filmes que conseguem oferecer os melhores vouchers de jantares em restaurantes de luxo aos membros da Academia. Mas, como dizíamos, há que colocar os holofotes na posição correta. E John Cusack merece toda a luz que se consiga colocar sobre ele. Tal como Dano, Cusack interpreta o líder dos Beach Boys mas numa fase diferente da sua vida, e seria a cereja no topo do bolo se conseguisse a primeira nomeação da carreira por uma interpretação deste espectro. É que Cusack é conhecido por filmes como “High Fidelity” ou “Say Anything…”, onde a música surge como protagonista.

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Elizabeth Banks – Melhor Atriz Secundária por Love & Mercy – A Força de Um Génio

Elizabeth Banks

Comédias românticas inócuas são aos montes na filmografia de Elizabeth Banks. E lá no meio dessa filmografia surge um dos dramas mais aclamados do ano e que dá título a um movimento pacífico iniciado neste artigo, “Love & Mercy”. É certo que Banks tem as suas probabilidades de nomeação diminuídas devido a uma forte concorrência para Melhor Atriz Secundária, mas o seu surpreendente e emocionante retrato da mulher de Brian Wilson não deviam cair no esquecimento. É que é só, e de longe, o melhor papel da sua carreira.

Carey Mulligan – Melhor Atriz por Far From the Madding Crowd

Carey Mulligan

Apontada como a primeira real concorrente ao Óscar de Melhor Atriz por “Far From the Madding Crowd”, Carey Mulligan e a sua Bathsheba Everdene podem desde já declarar a derrota antecipada. A adaptação do clássico literário de Thomas Hardy pelas mãos de Thomas Vinterberg (“A Caça”) afastou-se do circuito de festivais e estreou em pleno Verão nos EUA (por cá, nem vê-lo nos cinemas, mas isso já são outros quinhentos), conduzindo o filme a uma quase inexistente campanha. E se por um lado Mulligan está a merecer atenção pelo seu papel em “As Sufragistas” (onde tem reais hipóteses de conseguir uma nomeação), há outro retrato feminino marcante do ano oriundo da atriz britânica que poderia merecer igual atenção.

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Abraham Attah – Melhor Ator por Beasts of No Nation

Abraham Attah

Se o filme da Netflix é um verdadeiro tour de force, então é graças ao pequeno Abraham Attah. No filme, Attah interpreta Agu, uma criança-soldado que perde a sua família no meio de uma guerra civil, e que está agora sob a tutela de um comandante interpretado por Idris Elba. Attah, que foi descoberto a faltar às aula e a jogar futebol no Gana, já recebeu um prémio pelo seu trabalho no filme de Cary Fukunaga, levando para casa o Prémio Marcello Mastroianni para melhor novo ator ou atriz jovem no Festival de Veneza 2015. Há até quem o aponte como uma surpresa (o tão chamado dark horse) nas nomeações de janeiro, mas pareceu-nos prudente continuar a fazer barulho pela sua prestação avassaladora em “Beasts of No Nation”. A sua idade não pode ser um obstáculo.

 

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