©Paramount Pictures - ©Photo by ssi77 / © Marvel Studios (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

Scarlett Johansson revolta-se contra os Óscares por ignorarem a Marvel

Para Scarlett Johansson, há filmes que mudam o cinema. E depois há filmes que mudam tudo menos a Academia.

Scarlett Johansson, a eterna Viúva Negra, não se cala quando sente que a justiça artística falhou. E desta vez, a sua mira aponta diretamente para a Academia de Hollywood, aquela entidade que, ano após ano, nos surpreende com escolhas que vão do sublime ao… questionável. Mas será que os Óscares estão mesmo a ignorar o peso cultural—e comercial—dos blockbusters, ou há aqui mais do que um simples desdém por filmes de super-heróis?

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Scarlett Johansson acusa a Academia de esnobar “Avengers: Endgame”

Kieran Culkin nos óscares
Kieran Culkin (Óscares) © A.M.P.A.S. / Richard Harbaugh

Numa entrevista recente à Vanity Fair, Scarlett Johansson não poupou palavras: “Como é que este filme não foi nomeado para Melhor Filme?” A pergunta, lançada com a franqueza de quem já esteve no topo do jogo, refere-se a “Avengers: Endgame“, a colossal conclusão de uma saga que arrecadou cerca de 2,8 mil milhões de dólares e deixou fãs e críticos em êxtase. “Era um filme impossível, que não devia ter funcionado, mas funcionou—e é um dos maiores sucessos de sempre”, argumentou.

A ironia? “Endgame” só recebeu uma nomeação—Melhores Efeitos Visuais—ignorando categorias maiores. Scarlett Johansson não está sozinha nesta crítica. Joe Russo, co-realizador do filme, já tinha levantado a questão: porque é que um fenómeno global, aclamado por público e crítica, é tratado como “entretenimento menor” pela Academia? A resposta pode estar no velho preconceito contra o cinema de género. Afinal, “Black Panther” foi a única produção da Marvel a chegar a Melhor Filme—e mesmo assim, muitos viram aquela nomeação mais como um gesto político do que artístico.

Mas será justo? “Titanic” e “O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei” triunfaram nos Óscares, porque não “Endgame”? A verdade é que a Academia tem uma relação complicada com blockbusters. Adora nomeá-los em categorias técnicas, mas raramente os leva a sério como obras completas. Scarlett Johansson, com a sua habitual sagacidade, lembra-nos que sucesso e mérito artístico não são mutuamente exclusivos.

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O adeus definitivo à Viúva Negra

Viúva Negra Black Widow Scarlett Johansson
© Marvel Studios

Enquanto promove a sua estreia na realização com “Eleanor the Great“, Scarlett Johansson deixou claro: a sua história no Universo Cinematográfico Marvel acabou. “Seria difícil perceber de que forma um regresso faria sentido, para mim ou para a personagem”, admitiu. “O que funciona na Viúva Negra é que a sua história está completa. Não quero estragar isso—nem para os fãs.”

É uma posição corajosa, especialmente quando antigos colegas—como Robert Downey Jr. e Chris Evans—são frequentemente assediados por rumores de retorno. Scarlett Johansson, porém, parece determinada a virar a página. E não sem razão: depois de uma batalha judicial com a Disney sobre o lançamento de “Black Widow”, a atriz sabe que há limites para a lealdade a um estúdio. Mas a sua crítica aos Óscares não é sobre rancor—é sobre reconhecimento.

Assim, se a Academia quer mesmo ser um espelho da indústria, talvez deva parar de fingir que filmes como “Endgame” são apenas “divertidos”. E se Scarlett Johansson, uma das atrizes mais inegavelmente respeitadas da sua geração, levanta esta bandeira, talvez valha a pena ouvi-la.

Achas que “Avengers: Endgame” merecia uma nomeação a Melhor Filme? Ou a Academia tem razão em separar “arte” de “entretenimento”? Deixa a tua opinião nos comentários.


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