James Gunn deixou-me sem palavras com esta revelação sobre Mulher-Maravilha
Quando pensava que já tinha visto tudo da Mulher-Maravilha, James Gunn lembra-me que o Universo DC ainda tem muitas cartas por jogar.
Vivemos numa era em que os super-heróis se multiplicam como clones do laboratório de Lex Luthor. Se, por um lado, isso pode provocar alguma fadiga no espectador mais exigente, por outro, há mudanças que — quando feitas com cérebro — fazem-me sentar-me um bocadinho mais direito na cadeira. É o caso do que James Gunn, o novo arquiteto do universo DC, acabou de deixar escapar sobre o futuro da Mulher-Maravilha.
Antes de te empolgares (ou te revoltares, que também é uma opção válida), respira fundo. Isto não é mais uma reciclagem apressada ou um reboot inegavelmente descarado. Isto é potencial, no verdadeiro sentido da palavra. E é bom ver alguém a tratar os mitos da DC com mãos de oleiro e não de demolidor.
James Gunn admite que Nubia pode estar a caminho do DCU
Numa entrevista recente ao canal Pay or Wait, James Gunn foi confrontado com uma pergunta inegavelmente direta: “Nubia vai aparecer no novo universo DC?” E a resposta não foi um “não”. Longe disso. Gunn respondeu: “Estou muito ciente da Nubia. E sim, estamos a falar bastante sobre isso e quero ter todo o tipo de pessoas representadas no DCU e, sim, talvez fiques muito feliz num futuro não muito distante.”
Ora aqui está algo que me faz arquear a sobrancelha. Quem conhece minimamente a história da DC sabe que Nubia não é uma recém-chegada. A personagem surgiu nos anos 70 como uma espécie de irmã guerreira de Diana, partilhando até uma origem ligada às amazonas. E mais importante: ela também foi a Mulher-Maravilha.
A possibilidade de termos Nubia no ecrã é uma jogada inteligente. Não só expande o leque de personagens femininas no universo cinematográfico, como também pode ser uma forma fresca e diferenciadora de explorar o legado da Mulher-Maravilha. E, sejamos honestos, depois do DCEU ter deixado as coisas num estado, digamos, caótico… não é nada má ideia começar de novo com mais do que um ícone.
Paradise Lost pode ser o palco onde tudo começa
Se há um projeto no novo capítulo “Gods and Monsters” do DCU que faz sentido como ponto de partida para Nubia, é o já anunciado Paradise Lost. Esta série — que segundo Gunn será uma espécie de Game of Thrones ambientado em Themyscira — está ainda em fase de escrita, mas parece-me o cenário ideal para introduzir as intrigas políticas e conflitos internos das amazonas de Mulher-Maravilha. E isso… cheira a Nubia por todo o lado.
Imagina: uma série com tensão política, irmandade, rivalidades, tradição versus mudança. Assim, Nubia pode facilmente surgir como uma figura dissidente ou até como líder de um grupo alternativo. Há tanto potencial aqui que quase consigo ouvir as teclas do guião a serem marteladas. Claro que tudo isto depende da coragem criativa de quem está ao leme. E Gunn já provou, com Peacemaker e The Suicide Squad, que consegue inegavelmente dar profundidade a personagens secundárias.
Além disso, o simples facto de estarmos a falar de Nubia, uma personagem que passou décadas na sombra da sua irmã mítica, já é um pequeno triunfo. Não estou a dizer que Diana deve ser substituída — longe disso. Mas acho que há espaço para mais. E se o DCU quer mesmo começar do zero, como tanto apregoa, talvez este seja o gesto simbólico certo: abrir espaço para mais do que uma Mulher-Maravilha.
Um universo com mais maravilhas?
Assim, tenho a certeza de que nem toda a gente vai gostar desta ideia. Haverá quem diga que é “woke”, que é “demais”, que “a verdadeira Mulher-Maravilha é a Diana”. Mas a verdade? Diana não perde o trono só porque outra guerreira sobe ao palco. Ganha é companhia. E é precisamente isso que acho tão fascinante. Assim, se Diana representa o ideal, Nubia pode representar o real, a mulher que teve de lutar por reconhecimento até dentro da própria mitologia.
James Gunn pode não ter revelado tudo, mas deixou a porta entreaberta. E agora, resta-nos espreitar com curiosidade. Porque se há algo que aprendi com os deuses e monstros da DC, é que as histórias boas não morrem, apenas renascem com novos nomes e novos rostos.
E tu? Achas que há espaço para mais do que uma Mulher-Maravilha no novo DCU? Partilha a tua opinião nos comentários.