Lily Gladstone é a aposta perfeita para este novo filme com Michael B. Jordan
Poucos nomes carregam a promessa de profundidade como Lily Gladstone e o seu novo projeto parece destinado a desafiar as expectativas.
Se há nome que tem vindo a sacudir Hollywood com uma elegância feroz, é o dela. Depois de uma nomeação histórica ao Óscar por Killers of the Flower Moon, Lily Gladstone tornou-se não só um rosto a acompanhar, mas uma força narrativa impossível de ignorar. E agora, eis que a atriz se junta a um dos projetos mais curiosos do momento.
Lily Gladstone entra em The Thomas Crown Affair
O anúncio, feito em exclusivo pela Deadline, não revela detalhes sobre a personagem de Lily Gladstone, mas sabemos que tanto o original de 1968 como o remake de 1999 giram em torno de um homem rico e aborrecido que planeia um assalto milionário… só para provar que consegue. A narrativa transforma-se num jogo de gato e rato entre o criminoso e um investigador astuto—normalmente, uma mulher tão inteligente quanto irresistível.
O que me fascina aqui é a escolha de Lily Gladstone. Será ela a detetive? Uma cúmplice? Uma adversária inesperada? A ambiguidade é deliberada, mas uma coisa é certa: a sua presença acrescenta camadas de complexidade a um filme que vive precisamente disso—personagens que são mais do que aparentam.
E não é a primeira vez que Lily Gladstone entra num projeto sem que o seu papel seja totalmente revelado. Lembram-se de Killers of the Flower Moon? A sua personagem, Mollie Burkhart, era o coração silencioso da narrativa, uma mulher que sofria nas sombras enquanto os homens à sua volta destruíam tudo. Algo me diz que, desta vez, Gladstone não ficará nas sombras.
Esta escolha faz todo o sentido
Assim, desde a sua nomeação ao Oscar, Lily Gladstone tem sido meticulosa na escolha de projetos. Não se limitou a aceitar papéis óbvios; preferiu histórias que desafiam expectativas. Fancy Dance, Under the Bridge, e agora The Thomas Crown Affair—todos eles têm em comum personagens femininas que não se encaixam em estereótipos.
E isso é precisamente o que esta nova versão precisa. Assim, o original de 1968 tinha Faye Dunaway como a investigadora que se deixava seduzir por Steve McQueen. O remake de 1999 colocou Rene Russo no mesmo papel, ao lado de Pierce Brosnan. Agora, com Michael B. Jordan no papel principal, era essencial uma atriz que não fosse apenas “a interesse romântico”, mas uma peça fundamental no tabuleiro. Lily Gladstone é inegavelmente essa peça.
Além disso, há uma ironia deliciosa nesta escolha. Lily Gladstone, que tantas vezes representou personagens marginalizadas ou silenciadas pela História, agora entra num filme sobre poder, riqueza e jogos de elite.
O que podemos esperar?
Ainda faltam dois anos para a estreia (prevista para março de 2027), mas há razões para antecipar este projeto com entusiasmo. Primeiro, a equipa por trás das câmaras: Kenneth Branagh no elenco e Charles Roven (The Dark Knight) como produtor. Segundo, a promessa de um thriller sofisticado, longe dos blockbusters barulhentos que dominam as salas de cinema.
Mas, acima de tudo, há Lily Gladstone. Uma atriz que transforma cada olhar, cada pausa, cada palavra não dita em algo inegavelmente eletrizante. Assim, se The Thomas Crown Affair quer renovar-se para o século XXI, não poderia ter encontrado melhor aliada.
O que esperam ver de Lily Gladstone neste papel? Um regresso ao suspense clássico, ou uma reinvenção total do jogo? Deixem a vossa opinião nos comentários.