Lembras-te de Sicario? Estes são os meus 10 filmes favoritos de 2015, dez anos depois
Já se passou uma década desde 2015, um ano cheio de grandes filmes. Nesta lista, recordo os dez títulos que mais me marcaram e continuam perfeitos, tal como “Mad Max”.
Parece que foi ontem, mas já se passaram dez anos desde 2015, ano muito importante para a história moderna do cinema. Obras repletas de magia, histórias intensas, ideias originais e momentos marcantes, nos mais diversos géneros. Agora, em 2025, e com uma década de distância, analisei e escolhi os meus dez filmes favoritos desse ano, tendo por base o impacto pessoal e o quão bem envelheceram. Portanto, vamos recordar os melhores filmes de 2015.
10. The Martian
Realizado pelo icónico Ridley Scott, “The Martian” é uma mistura perfeita entre ficção científica, drama, e humor inteligente. Matt Damon brilha como um astronauta abandonado em Marte, tornando o filme leve mesmo nas situações mais tensas, com momentos visualmente belos e únicos.
Além disso, a mensagem de esperança e engenho humano continua relevante. A cada nova visualização, o filme mantém o ritmo e o impacto emocional. Desta forma, é inegável a qualidade tremenda desta obra, que continua a ser um excelente exemplo de um belo argumento.
9. Spotlight
Este poderoso drama jornalístico ganhou o Óscar de Melhor Filme, e com razão. “Spotlight” é um exemplo raro de cinema sóbrio, ético e necessário. A forma como revela os abusos na Igreja Católica é chocante, mas tratada com enorme respeito. Além disso, mostra como o bom jornalismo ainda pode fazer a diferença para muitas pessoas.
O filme, além de ser fantástico, tem um elenco de luxo, e cada atuação é mais genial que a outra, com destaque para Mark Ruffalo. Dez anos depois, o impacto permanece a olhos vistos. Por isso, “Spotlight” continua a ser obrigatório até aos dias de hoje.
8. Room
“Room” é um filme devastador, mas também cheio de ternura e resiliência. Brie Larson oferece uma das melhores atuações do século, merecendo totalmente o Óscar de Melhor Atriz. A primeira parte do filme, confinada ao pequeno espaço, é angustiante. No entanto, o que vem depois na parte seguinte é igualmente poderoso: o renascimento, a adaptação, a superação.
A ligação entre mãe e filho é o coração desta história. Volto a este filme sempre que quero lembrar-me do poder do amor em circunstâncias extremas e complicadas. Assim, é impossível ficar indiferente a esta obra-prima.
7. Mistress America
Noah Baumbach e Greta Gerwig criaram nesta história uma comédia ácida, rápida e cheia de diálogos brilhantes. “Mistress America” é sobre identidade, juventude, ambição e desilusão, tudo com um tom leve, mas carregado de subtexto. Inegavelmente, um título que aborda de forma sublime as incertezas e as transições da vida.
Em destaque está a química entre as protagonistas, que é irresistível, e o ritmo lembra os melhores filmes de Woody Allen. Apesar de ser pouco conhecido, “Mistress America” é único, e, com todo o mérito, um dos grandes filmes de 2015. Portanto, consigo revê-lo vezes sem conta sem perder o encanto.
6. Sicario
Denis Villeneuve, mais uma vez, transformou um thriller intenso numa experiência inesquecível. “Sicario” é humano, sombrio e moralmente ambíguo. Emily Blunt entrega uma atuação sem falhas no papel de uma agente num mundo onde a lei já não faz sentido. A cinematografia de Roger Deakins é de cortar a respiração, enquanto a música de Jóhann Jóhannsson eleva tudo a outro nível.
Passaram-se dez anos, mas a tensão ainda se sente até hoje. Por isso, “Sicario” continua a ser, sem dúvida, um dos thrillers mais marcantes dos últimos anos.
5. Que Horas Ela Volta?
Esta pérola do cinema brasileiro, realizada por Anna Muylaert, é um retrato humano simples, mas extremamente poderoso sobre classes sociais. Regina Casé brilha como Val, a empregada doméstica que vê o seu mundo abanar com a chegada da filha. O filme fala sobre diferença sociais, limites invisíveis e dignidade, e fá-lo com subtileza e empatia.
Ainda hoje penso na última cena, tão simbólica. “Que Horas Ela Volta?” está na lista porque me emocionou profundamente e diz-nos muito sobre a humanidade em si. Em suma, uma obra de arte moderna.
4. The Hateful Eight
Quentin Tarantino voltou ao género western com sangue, humor negro e longos diálogos. “The Hateful Eight” é uma peça teatral em forma de filme, onde todos escondem alguma coisa. A neve isola as personagens, mas a violência está sempre prestes a explodir. Embora seja um dos filmes mais ambíguos de Tarantino, continuo a adorá-lo e a defendê-lo com “unhas e dentes”.
A tensão, a construção lenta, e a banda sonora de Ennio Morricone são hipnotizantes. Assim, “The Hateful Eight” é cinema puro: provocador, estilizado e inconfundível.
3. Ex Machina
“Ex Machina” é uma ficção científica cerebral, elegante e claustrofóbica. Alex Garland estreou-se como realizador com esta pequena maravilha, cheia de ideias e atmosfera. A relação entre os três protagonistas é inquietante, e o final ainda me deixa a pensar, com uma crítica feroz às inovações tecnológicas e os seus impactos.
Dez anos depois, a qualidade de “Ex Machina” não só mantém-se no topo, como também é cada vez mais atual, a cada ano que passa. Assim, e com todo o mérito, é um dos melhores filmes de 2015.
2. Inside Out
A Pixar já nos tinha dado muitos clássicos, mas “Inside Out” é especial. O filme entra na mente de uma criança e transforma as principais emoções em personagens. Parece simples, mas é brilhante. Tristeza, Alegria, Medo, Raiva e Nojo guiam uma história emocional e educativa. É um filme para todas as idades, cheio de cor, humor, e mostra-nos que é normal não estarmos sempre bem, e que precisamos de todas as emoções.
Assim, revê-lo é sempre uma sensação única e indescritível. Além disso, “Inside Out” entrou literalmente na minha cabeça pois, desde a primeira vez que o vi, o filme ficou marcado em mim até hoje, por toda a sua beleza.
1. Mad Max: Fury Road
Que obra-prima. “Mad Max: Fury Road” é puro cinema em movimento. George Miller reinventou o seu próprio universo e criou uma avalanche visual e sonora sem precedentes. Charlize Theron como Furiosa é genial, e a ação é constante, mas nunca vazia, e cada detalhe é pensado, onde cada plano é arte.
Já se passaram dez anos e esta obra continua a parecer mais moderna do que todos os filmes já feitos. É de destacar a cinematografia e a paleta de cores usadas, uma vez que são do melhor que este século já viu. Por isso, mais do que um filme, “Mad Max Fury Road” é uma experiência única.
Qual é o teu filme favorito de 2015?