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Estes são os benefícios comprovados pela ciência de jogar videojogos

O debate sobre os efeitos dos videojogos no cérebro humano já não é algo novo. Afinal, quem nunca ouviu falar dos supostos “jogos violentos” que, alegadamente, arruínam o comportamento das crianças? Contudo, a ciência está a virar a conversa do avesso e a lançar uma nova luz sobre a questão.

Será que os videojogos podem, na verdade, ser bons para a nossa saúde mental e habilidades cognitivas? Antes de julgarmos, vamos explorar os vários lados dessa moeda, que promete mais do que simples diversão.

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Serão os videojogos realmente benéficos para o cérebro?

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A relação entre videojogos e desenvolvimento cerebral já foi alvo de inúmeras pesquisas. Segundo especialistas, como Michael Manos, PhD, e Joseph Austerman, DO, o impacto dos videojogos pode variar dependendo do tipo de jogo e da forma como são utilizados. Um estudo de 202o, mostra como jogos de ação e aventura pode revelar benefícios como a melhoria da coordenação motora, atenção visual e até a criatividade.

A realidade é que certos tipos de videojogos podem, de fato, melhorar funções cognitivas específicas. Dr. Austerman explica: “Os jogos de estratégia, como Civilization ou SimCity, estimulam o pensamento crítico e o planeamento, enquanto jogos de ação, como Call of Duty, desenvolvem a coordenação óculo-manual”. A questão, porém, é saber se essas melhorias se refletem em tarefas do dia a dia.

A resposta não é simples. Apesar de muitos estudos sugerirem que jogar videogames pode melhorar habilidades como a atenção visual e a capacidade de alternar entre tarefas (set-shifting), essas melhorias tendem a ser mais limitadas ao ambiente do jogo, sem grande transferência para a vida real. “O problema é que, no mundo real, as situações exigem mais do que apenas reações rápidas”, adverte Dr. Manos.

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Como os videojogos afetam a sociabilidade e o bem-estar mental?

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Uma das grandes vantagens dos videojogos, muitas vezes ignoradas, é a sua capacidade de promover a socialização. Em vez de isolar as crianças, muitos jogos online oferecem uma plataforma onde podem fazer amizades e interagir com pessoas de diferentes culturas e contextos. Dr. Austerman observa que, “os videojogos podem criar uma rede de apoio social, especialmente quando as crianças têm dificuldades em estabelecer relações pessoais no mundo real”.

A componente multiplayer dos jogos como Fortnite ou Minecraft pode oferecer aos mais jovens uma forma segura e controlada de desenvolverem competências sociais. Contudo, como em qualquer ambiente online, há riscos.

O lado sombrio da socialização nos videojogos inclui a exposição a comportamentos negativos, como o cyberbullying, e a manipulação através de marketing agressivo dentro dos próprios jogos. Para mitigar esses riscos, é fundamental que os pais controlem as interações online, impondo limites e monitorizando o comportamento dos filhos durante as sessões de jogo. “A chave é garantir que o espaço virtual seja seguro e construtivo”, diz Dr. Austerman.

O que o futuro nos reserva?

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A pesquisa sobre os benefícios dos videojogos no cérebro está longe de ser concluída, mas já podemos tirar algumas conclusões. Assim, os videojogos, quando utilizados com moderação e de forma responsável, têm o potencial de melhorar habilidades cognitivas e promover a socialização. No entanto, a chave está no equilíbrio. “Passar demasiado tempo a jogar pode levar ao isolamento social e a uma fuga da realidade”, alerta o especialista.

Ou seja, videojogos devem ser uma ferramenta para enriquecer as relações, não um substituto para elas. E tu? Os videojogos têm um impacto positivo no teu cérebro ou são apenas uma distração?


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