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Steven Spielberg revela como O Tubarão esteve perto de afundar a sua carreira

Steven Spielberg nunca imaginou que a sua carreira passaria por tantas reviravoltas, mas O Tubarão foi uma montanha-russa que quase o fez desistir.

Assim, se achas que o cinema é apenas sobre glamour, luzes e cenas épicas, pensa de novo. Na verdade, quase foi o fim do génio por trás de um dos maiores sucessos de todos os tempos. Portanto, acreditem, o que se passou nos bastidores de O Tubarão é tão fascinante quanto o próprio filme.

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Como O Tubarão quase destruiu a carreira de Steven Spielberg?

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© UNIVERSAL STUDIOS

Imagina-te a filmar no meio do oceano Atlântico, em condições que fariam qualquer pessoa repensar a sua decisão. Foi exatamente isto que aconteceu a Steven Spielberg quando ele decidiu filmar O Tubarão em Martha’s Vineyard, uma ilha na costa leste dos Estados Unidos. O que parecia ser uma escolha de localização genial revelou-se um pesadelo. Na altura, o jovem Spielberg (com apenas 26 anos) pensou que podia filmar um thriller com um tubarão mecânico em pleno oceano.

“A minha presunção foi achar que podíamos pegar numa equipa de Hollywood, ir até 12 milhas para o oceano Atlântico e filmar o filme todo com um tubarão mecânico. Eu pensei que isso ia correr bem,” disse Steven Spielberg. E, como nos dias de hoje sabemos, as coisas não correram bem, nem de perto nem de longe. O grande problema? O tubarão, o tal Bruce, falhou em praticamente todos os momentos críticos.

A equipa apressou a construção do adereço, movido a sistemas hidráulicos e pneumáticos, para cumprir um cronograma de produção. Como se pode imaginar, isto não favoreceu os resultados. O tubarão mal conseguia nadar, muito menos atacar, e o seu fracasso tornou-se a piada interna no set. “Pensei que a minha carreira estava praticamente acabada a meio da produção de O Tubarão, porque toda a gente me dizia: ‘Nunca mais vais ser contratado’”, recorda Steven Spielberg.

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Como é que O Tubarão se tornou um fenómeno?

Guillermo del Toro Steven Spielberg
Jaws | © Universal Pictures

O maior triunfo de Steven Spielberg em O Tubarão foi, na verdade, a sua resistência. Embora os tubarões mecânicos falhassem, a equipa de Spielberg teve de improvisar. O realizador filmou as cenas mais tensas, como a famosa cena do ataque ao barco, sem mostrar o tubarão, focando-se na reação das personagens e na ideia de medo iminente. A ausência do tubarão permitiu a Spielberg criar uma sensação de suspense com muito mais eficácia do que ele inicialmente tinha planeado.

E, como todos sabemos, essa escolha estética foi uma das grandes razões pela qual O Tubarão de Steven Spielberg se tornou um dos filmes mais influentes de todos os tempos. Foi o primeiro blockbuster do verão, uma estreia monumental que não só salvou a sua carreira, como também lhe garantiu uma posição única na história do cinema.

A experiência foi marcada por obstáculos, desde as condições do mar até à famosa regatta de Amity Island. Esta surgiu de forma inesperada e arruinou várias filmagens. “Não consigo dizer o quão nervoso era ver as câmaras posicionadas. A maré estava calma, não tínhamos correntes a puxar as  nossas âncoras. Estávamos finalmente prontos para filmar, e de repente, o primeiro barco branco aparece no horizonte, seguido por outro e depois mais de 25 barcos…” lembra Spielberg, rindo.

O que podemos aprender com a criação de O Tubarão?

Comemorando o 50º aniversário de O Tubarão, o museu da Academia de Hollywood lançou uma exposição dedicada ao filme, revelando assim os segredos de bastidores que mais parecem cenas de um thriller por si só.

Além disso, a exposição revela o valor do trabalho em conjunto. Assim, a colaboração artística entre Steven Spielberg, o editor Verna Fields e o compositor John Williams, cuja música se tornou tão icónica, foi vital para a construção da atmosfera tensa que caracteriza O Tubarão.


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