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Lua Vermelha: Nova Geração | Entrevista ao elenco principal

Ainda sem dia revelado, a estreia de “Lua Vermelha: Nova Geração” está marcada para outubro. Também irá passar pelo Tribeca Festival Lisboa no dia 31 de outubro, noite de Halloween. Para quem não se lembra, a novela “Lua Vermelha” estreou em 2010, com Rui Porto Nunes e Mafalda Luís de Castro como protagonistas.

É uma história sobrenatural que começa com a quebra entre as tréguas de cem anos entre os vampiros e os humanos. Além disso, acompanhamos o amor impossível entre Afonso e Isabel, um vampiro e uma humana.

Agora, a novela regressa quinze anos depois, num spin-off em formato série. Afonso e Isabel são pais de Sofia, que descobre que pode ser o elo que desperta Magnus. Entre vampiros e novas criaturas, como lobisomens e sereias, Sofia tenta salvar os pais ao enfrentar um mal ancestral. A MHD foi visitar o set de gravações de “Lua Vermelha: Nova Geração” e esteve à conversa com o elenco da nova série.

Rui Porto Nunes

MHD: Como é que foi voltar à “Lua Vermelha” passado tantos anos?

Rui Porto Nunes:  Foram dias muito bons. O Afonso (personagem de Rui Porto Nunes na “Lua Vermelha”) foi um privilégio. Sou um sortudo em poder revisitar uma personagem tão rica e que me deu tanto há 15 anos e continua a dar. É isso, acho que sou um privilegiado em poder voltar a este projeto e que este projeto tenha esta continuação passado 15 anos enquanto abre a porta para uma nova geração.

MHD: Como é que te preparaste para voltar à personagem? Reviste a novela?

Rui Porto Nunes: Não, não senti essa necessidade porque a minha personagem era completamente diferente. Durante 180 episódios fui um vampiro farto de ser vampiro, que dizia que tinha uma maldição. E aqui é completamente diferente porque deixei de ser um vampiro para ser mortal. Então agora o Afonso é uma pessoa normal, já completamente resolvido, com uma filha, com uma relação amorosa estável. A mesma fisicalidade que eu dei à personagem não é a mesma de há 15 anos.

MHD: Agora na nova série, sentes que tem havido um sentido de partilha com a nova geração? Como é que foi gravar com eles?

Rui Porto Nunes: Tem sido muito bom. Esta geração é muito bem preparada. São atores incríveis que temos neste elenco e tem sido muito bom trabalhar com todos eles. No backstage há sempre brincadeira e há um ambiente incrível aqui nas gravações. Sinto também o orgulho de trabalhar com esta nova geração que eu gosto tanto, mais do que bons atores, também são pessoas extraordinárias.

 

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MHD: Sentes que há uma responsabilidade de tentar corresponder às expectativas das pessoas que viram a novela original?

Rui Porto Nunes: Sim, durante 15 anos a série teve tempo de se tornar uma espécie de culto. Acho que envelheceu bem e a responsabilidade é grande porque passaram 15 anos, nós evoluímos, ficámos mais exigentes. O mundo evoluiu, a tecnologia evoluiu, se calhar temos aqui a responsabilidade de melhorar e de apresentar um produto e um projeto superior àquilo que apresentámos há 15 anos. O que não é fácil porque já na altura eu considero que fizemos um muito bom trabalho para a época que foi.

Mafalda Luís de Castro e Inês Pires Tavares

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MHD: Como é que está a ser trabalhar juntas como mãe e filha?

Mafalda Luís de Castro: Está a ser muito bom trabalhar com esta nova colega que ainda não conhecia. É estranho porque tenho de me imaginar mãe de uma jovem de 17 anos. Portanto é bem desafiante mas muito divertido e também emocionante porque foi uma altura da minha vida, uma personagem, um projeto que foi muito importante para mim.

MHD: O que é que nos podes contar sobre a tua personagem?

Inês Pires Tavares: Posso dizer que a Sofia é bastante destemida e um bocadinho teimosa, se calhar. Mas é muito boa pessoa, eu acredito, acho que tem um coração sem fundo e ela vai descobrir coisas novas na vida dela e vai deparar-se com coisas das quais ela não estava à espera. Portanto, isto passa por uma aventura da Sofia de descobrir todo este universo e lidar com ele.

Henrique Mello

MHD: Quem é a tua personagem na “Lua Vermelha”?

Henrique Mello: É uma personagem confusa consigo própria. Ou seja, ainda está ali na descoberta do porquê de sentir certas coisas. É o vampiro mais novo, por isso ainda não consegue ter o controlo que os vampiros mais velhos têm e, no fundo, é uma pessoa que foi criada não pelos pais, mas pelo criador dele. Então sente aquele respeito quase de pai para o criador dele mas, no fundo, ele não sente os ideais que o criador lhe impõe.

MHD: E qual é a tua relação com a protagonista?

 

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Henrique Mello: A Sofia é o amor da vida do Lucas. O Lucas faz tudo por ela, seja virar-se contra a sua própria família ou tendo umas confusões com o outro amigo dela, que é o lobisomem. O Lucas vai tentando sempre mostrar o seu amor por ela e tentar com que ela perceba que ele é de confiança.

MHD: Qual é que foi o maior desafio para ti neste projeto?

Henrique Mello: Foi o abraçar o fictício. Ou seja, há ali cenas que são muito fora da caixa, e às tantas tu nem sabes bem o que é que deves ou não fazer porque é uma situação que não existe. Mas é engraçado, ao mesmo tempo, é aquela coisa que nós nunca sabemos se realmente está a ficar falso.

Sofia Arruda

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MHD: Como é que a tua personagem chega à “Lua Vermelha”?

Sofia Arruda: A minha personagem chama-se Teresa, é professora e é mestre de artes marciais. Tem um dojo, com vários alunos, e tem uma ligação muito forte à família da Sofia. Assim, para o bem e para o mal, acabo por estar lá ao lado dela.

MHD: E quanto à relação com as artes marciais, há muitos efeitos especiais e stunts durante a nova série?

Sofia Arruda: Sim, nós tivemos preparação com o David Chan. No meu caso criámos uma estética de luta, digamos assim, que bebe de várias artes marciais diferentes e tivemos muitos treinos com ele para nos prepararmos depois para as nossas cenas. A minha personagem não é conflituosa de maneira nenhuma, é uma que me é muito zen e defende que as diferentes criaturas deste universo da “Lua Vermelha” devem viver em harmonia. Por isso, ela quer ensinar quem se quer proteger e não quem quer atacar.

MHD: Qual foi, para ti, o maior desafio deste projeto?

Sofia Arruda: Olha, todo este projeto é bastante desafiante. Nós não costumamos fazer em Portugal muitas séries de fantasia e de repente temos um mundo completamente novo. Por isso aprender as regras deste mundo novo, quem são estas criaturas, onde é que elas habitam, o que é que elas podem ou não podem fazer, como é que elas vivem umas com as outras, juntamente com os humanos também, tudo isso foi uma aprendizagem desde o início. E depois a parte da fisicalidade da minha personagem também é muito marcante. Ela tem características muito específicas, dada a profissão que tem e depois também a espécie que ela é acaba por criar uma camada extra ao meu trabalho de interpretação.

Gerson Sanca

MHD: Tu vieste dos castings abertos ao público, como é que foi o processo e o que sentiste ao ser escolhido?

Gerson Sanca: Então eu tive de mandar um email com a minha informação, headshot, self tapes e tal, e depois de ter uma resposta positiva fui tentar a minha sorte. Acho que não estava muito nervoso, porque é tanta gente ali que uma pessoa nem imagina ser a escolhida. E acho que também foi um bocadinho por isso que me correu tão bem o casting.

MHD: Antes de entrares neste mundo, qual foi a tua formação?

Gerson Sanca: Sou formado como bailarino clássico e contemporâneo, mas há três anos comecei também a entrar mais para a representação, que era o que eu queria fazer primeiro, antes da dança até. Tem corrido bem, por isso estou muito grato pela oportunidade neste momento.

MHD: E dirias que a tua formação foi utilizada durante as gravações da “Lua Vermelha”?

Gerson Sanca: Eu diria que sim. Nós temos bastantes cenas de luta e, por isso, acho que a minha fisicalidade ajudou muito a apanhar a coreografia e portanto fiquei feliz também por ter usado um bocadinho disso.

Rui Pedro Silva

Rui Pedro Silva
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MHD: Quem é a tua personagem na nova série da “Lua Vermelha”?

Rui Pedro Silva: É o extremo oposto da minha última personagem. Tanto no estilo, como na maneira de ser. É dono de si mesmo, confiante e duro de roer. Mais para o lado do vilão, vamos dizer assim.

MHD: E sendo uma narrativa sobrenatural, tinhas alguma expectativa de que criatura querias interpretar nesta produção?

Rui Pedro Silva: Eu não fazia ideia do que é que eu ia ser. Não sei porquê, mas desde que me falaram que ia haver mais tipos de monstros, olhei para mim e pensei “com a genética incontornável que o meu pai me deu, não me parece que seja vampiro”. Gostava de não ser humano, gostava de fazer uma coisa diferente e de repente calhou aquilo que eu esperava, que é um lobo.

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