TikTok conquista recorde histórico, e preocupante, em Portugal
Inaugurado em 2017, o TikTok é atualmente uma das redes sociais mais bem sucedidas mundialmente, apesar das muitas polémicas e possibilidade de ser proibido em países como os Estados Unidos da América devido à sua origem chinesa e receio de que os dados dos utilizadores estejam a ser enviados para o governo do país. Dito isto, o formato curto e feed infinito, continuam a ser apreciados por milhões de utilizadores em todo o mundo.
Quase metade da população já utiliza TikTok
Com 10 milhões de pessoas em Portugal, é incrível perceber que 4.2 milhões delas já usam o TikTok. O relatório foi partilhado pela LLYC e revela que cerca de metade da população utiliza a rede social todos os meses. Já na Europa, a app tem 200 milhões de utilizadores.
De um modo geral, o TikTok é utilizado como uma fonte de entretenimento infinito e de rápido consumo, tornando-o popular. A rede social é ainda fonte de informação. Por exemplo, segundo o mesmo relatório, 33% dos utilizadores ouviram falar dos Jogos Olímpicos de 2024 pela primeira vez no TikTok. É ainda aqui que muitos descobrem as novas tendências da moda, dos jogos, das séries e dos filmes.
Qual o lado negro do TikTok?
Quando se fala no lado negativo desta rede social, muitos pensam na possibilidade dos dados estarem a ser enviados e usados pelo governo chinês, no entanto, este está longe de ser o maior problema.
Por exemplo, o The Children’s Society alerta para o aumento dos níveis de stress e dificuldade em dormir junto de crianças e adolescentes viciados no TikTok, com alguns a revelarem terem de eliminar a app junto de períodos de exames e testes.
Já a Columbia University Irving Medical Center alerta para o aumento da depressão e ansiedade junto de crianças e adolescentes que usam regularmente as redes sociais, como o TikTok. A diminuição do contacto físico e cara a cara, deixa os jovens com receio de interagir na vida real e impede-os de aprenderem a lidar com conflito.
Estes são apenas alguns exemplo, e aconselhamos a leitura dos estudos que continuam a sair sobre o modo como as timelines infinitas estão a destruir a saúde mental dos jovens, cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento.
Como resolver este problema?
Estes alertas não significam que o TikTok deva ser proibido ou limitado. Como tudo na vida, tem de haver limites. E no caso dos jovens, esses limites devem ser impostos pelos pais.
Por exemplo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma criança até 1 ano de idade não deve ser exposta a qualquer dispositivo de ecrã. Entre os 2 e os 5 anos, o tempo não deve ultrapassar os 60 minutos diários. Entre os 6 e 10, o período passa para duas horas. Tudo isto sempre supervisionado por um adulto. Quando se trata de adolescentes, a recomendação continua a ser de duas horas diários, exceto para realização de trabalhos de casa, pesquisas ou outras funções fora do “lazer”.
Já diretamente no TikTok, deve garantir que as definições de proteção familiar estão ativas, podendo e devendo ainda confirmar o tempo de uso da app, bem como o conteúdo visto pela criança.
About The Author
