Depois de 3 grandes temporadas, Netflix revela futuro da série The Diplomat (Keri Russel)
Desde 2023, The Diplomat tem sido o equivalente televisivo a um tabuleiro de xadrez geopolítico onde as peças são pessoas e as jogadas, mentiras cuidadosamente encenadas. Criada por Debora Cahn, veterana de The West Wing e Homeland, a série da Netflix tornou-se um dos thrillers políticos mais inteligentes do catálogo, misturando tensão institucional com drama conjugal.
Agora, após o final explosivo (e moralmente ambíguo) da terceira temporada, a Netflix confirmou oficialmente a quarta temporada e tudo indica que a verdade vai custar mais caro do que qualquer guerra.
Quando regressa The Diplomat?

Depois de uma renovação surpreendentemente precoce em maio de 2025, The Diplomat entra já em filmagens no início de novembro, entre Nova Iorque e Londres, locais que espelham o duplo jogo da sua protagonista, Kate Wyler (interpretada pela extraordinária Keri Russell).
Assim, a produção terá o nome código “Thunderstruck”, e o calendário aponta para junho ou julho de 2026 como fim das gravações. Logo, se tudo correr como planeado, a estreia deve acontecer no final de 2026, mantendo o ritmo anual que a série tem conseguido cumprir, algo raríssimo no ecossistema da Netflix.
O elenco principal regressa quase intacto: Rufus Sewell volta como Hal Wyler, o marido tão carismático quanto imprevisível. David Gyasi (Austin Dennison) mantém a elegância britânica e nomes como Allison Janney e Bradley Whitford, promovidos a regulares, prometem trazer fogo político e ironia calculada à mistura.
O que esperar da nova temporada?

O final da terceira temporada deixou-nos com uma reviravolta que não dependeu de tiros nem explosões, mas sim de um crime político silencioso. Descobrimos que os Estados Unidos roubaram a arma russa Poseidon e usaram a credibilidade de Kate Wyler para encobrir o golpe. A partir daqui, o tabuleiro muda por completo. Kate está sozinha, traída por Hal e pela Presidente Grace Penn (Janney), e obrigada a equilibrar-se na fronteira entre lealdade e consciência.
Como explicou Deborah Cahn, a série evita “truques de guião” e prefere o realismo institucional: “Consultamos diplomatas reais. Queremos que cada ação pareça algo que alguém neste cargo faria de verdade.” A moral é devastadora: Kate não pode contar a verdade sem destruir a paz mundial, mas a mentira destrói tudo o que ela é. Portanto, essa tensão, entre o dever e a decência, promete tornar a quarta temporada a mais intensa até agora.
Enquanto isso, Hal Wyler (Sewell) e Grace Penn emergem como uma aliança de poder perigosa, dois estrategas que aprenderam a redefinir a verdade como política externa.
The Diplomat é o último grande thriller político da Netflix?

Talvez. As estatísticas oficiais indicam uma queda de 43% na audiência desde a primeira temporada, mas os críticos continuam rendidos. O site Rotten Tomatoes mantém a série acima dos 90% de aprovação.
Mas mesmo que o público tenha diminuído, a série tornou-se uma das raras obras de ficção política que não precisa de heróis, apenas de decisões. E isso, num mundo saturado de polarização, é refrescante.
Debora Cahn já deu a entender que o futuro pode estar a chegar ao fim: “Penso sempre que não conseguiremos repetir o que fizemos… e depois voltamos e encontramos outra história impossível de ignorar.” Uma frase que soa quase como confissão, de criadora e personagem ao mesmo tempo.
Vais ver?
Assim, num panorama televisivo onde a política é muitas vezes ruído de fundo, “The Diplomat” continua a ser a rara exceção. Se a quarta temporada cumprir a promessa, poderemos estar perante o adeus perfeito a uma série que nunca subestimou a inteligência do seu público. E tu? Achas que Kate Wyler deve revelar a verdade ou o mundo não está preparado para a diplomacia brutal da honestidade?

