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Taylor Sheridan (Yellowstone) revela decisão histórica na sua carreira após uma década de grandes produções

Quando o nome Taylor Sheridan surge, até os cavalos de Yellowstone levantam a cabeça. O criador que ressuscitou o western americano e fez milhões de espectadores apaixonarem-se por chapéus de cowboy, ranchos e intrigas familiares dignas de Succession está prestes a dar um dos passos mais surpreendentes da sua carreira.

Depois de quase uma década a construir um império narrativo à volta de famílias disfuncionais, pistolas e petróleo, Sheridan prepara-se para um novo e milionário acordo que poderá redefinir o mapa televisivo de Hollywood.

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O que está por trás desta nova aliança de Taylor Sheridan?

Taylor Sheridan nos bastidores de "Hell or High Water - Custe o Que Custar!"
Taylor Sheridan nos bastidores de “Hell or High Water – Custe o Que Custar!” | © Lorey Sebastian / CBS Films

De acordo com a Variety , o acordo entre Taylor Sheridan e a NBCUniversal está em vias de se tornar oficial. Este pacto de longo prazo transformará a produtora do criador de Yellowstone, 1923, Tulsa King, Special Ops: Lioness e Mayor of Kingstown num dos trunfos mais valiosos da televisão norte-americana.

A negociação, liderada pela executiva Donna Langley, responsável pela divisão de entretenimento da NBCUniversal, foi descrita pelo site Puck News como “um dos contratos mais cobiçados do ano”. O acordo será dividido em duas fases, a parte cinematográfica entrará em vigor já no próximo ano, enquanto a componente televisiva começará apenas em 2028, quando Sheridan terminar o seu contrato atual com a Paramount Television.

A mudança é significativa. Desde 2018, com a estreia de Yellowstone, Taylor Sheridan tornou-se o pilar da Paramount Network, alimentando não só o canal, mas também a plataforma Paramount+, com universos expandidos e spin-offs que rivalizam em popularidade com franchises como Star Wars e Game of Thrones. O seu ritmo de produção é lendário: escreve, realiza, supervisiona e, às vezes, até aparece em cena, um verdadeiro “homem-orquestra” do faroeste moderno.

O que significa isto para o futuro de Yellowstone?

Yellowstone, de Taylor Sheridan
© Paramount Network

A saída de Taylor Sheridan não significa o fim imediato de Yellowstone, disponivel na SkyShowTime Portugal, mas marca o início de uma nova era. O universo que começou com Kevin Costner e se expandiu por várias gerações, desde 1883 até 1923, continuará sob o guarda-chuva da Paramount, pelo menos até ao fim das obrigações contratuais do criador. Ainda assim, o futuro promete: a série Y: Marshals, com estreia no próximo ano, poderá ser o último projeto de Sheridan na saga.

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Entretanto, a Paramount Global enfrenta o seu próprio turbilhão. Desde a aquisição pela Skydance Media, de David Ellison, em agosto, a empresa tem sofrido várias saídas de executivos. A ironia? O criador que salvou a Paramount da irrelevância televisiva poderá agora ser a sua maior perda.

Sheridan, por sua vez, não está exatamente a sofrer. O autor comprou dois ranchos no Texas, usados como localizações de filmagem e estúdios privados, consolidando o seu estatuto de “cowboy industrial”. Logo, a NBCUniversal, que há muito procurava um autor de peso para competir com os impérios de nomes como Ryan Murphy (American Horror Story) e Shonda Rhimes (Bridgerton), encontrou em Sheridan o seu cavaleiro dourado.

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Porque é que Hollywood ainda precisa de Taylor Sheridan?

Yellowstone SkyShowtime
Photo by Emerson Miller/Paramount Network – © 2019 – Paramount Network

Numa era em que as séries se perdem entre algoritmos e fórmulas previsíveis, Taylor Sheridan oferece algo quase extinto: voz autoral e autenticidade. Portanto, as suas histórias não pedem desculpa por serem duras, lentas ou violentas. São universos cheios de poeira, silêncio e moralidade ambígua, onde o herói e o vilão vestem o mesmo chapéu.

Sheridan entende o coração americano, não o das luzes de Los Angeles, mas o das planícies esquecidas, dos homens que falam pouco e vivem muito. É essa visão que o torna imprescindível. Ao mudar-se para a NBCUniversal, o autor poderá expandir o seu alcance e explorar temas para lá do western, mantendo o mesmo rigor narrativo que o transformou num dos últimos autores de televisão verdadeiramente independentes.

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Assim, Taylor Sheridan traçou o seu próprio caminho na era do streaming, comandando produções com mão firme e velocidade feroz. E é precisamente essa independência, quase selvagem, que o torna tão valioso num ecossistema onde a autenticidade se tornou um luxo.

O que esperar?

Taylor Sheridan não é apenas o homem que ressuscitou o western, é o arquiteto de uma nova mitologia americana. E se há algo que Hollywood nos ensinou, é que quando um homem desses muda de rancho, o mundo do entretenimento treme. O que achas desta jogada de Sheridan? Está a cavalo para o sucesso… ou a caminho de um pôr-do-sol incerto?

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