Nova fraude usa o nome da polícia e já circula em Portugal
Um novo email fraudulento em nome da polícia está a circular em Portugal. A mensagem, escrita com um tom ameaçador, acusa o destinatário de ter consultado um “site ilícito” e anuncia uma alegada sanção iminente. No entanto, trata-se de uma burla clássica, sem qualquer ligação às autoridades portuguesas ou internacionais. Ao apelar pela urgência e medo, pode gerar receio e confusão entre a população. Por isso vamos dizer como identificar e como ficar em segurança.
Qual é a nova fraude?

À primeira vista, o email tenta criar uma aparência oficial. O assunto começa de forma directa: “Consultou um site ilícito e será sancionado”. No campo do remetente surgem referências à “Direção da GNR”, reforçadas no corpo da mensagem com menções à Interpol.
Contudo, uma análise mais atenta revela vários sinais claros de burla. O endereço de envio não pertence a nenhum domínio oficial da GNR ou de entidades do Estado português. Além disso, o email aparece frequentemente marcado como spam pelos serviços de correio electrónico, precisamente por corresponder a padrões já identificados como fraudulentos.
Uso indevido do nome da GNR e da Interpol
Uma das tácticas mais comuns nestes tipos de esquemas passa pelo uso indevido de nomes de forças de segurança. Ao referir a GNR e a Direção-Geral da Interpol, os burlões exploram o medo de consequências legais, sobretudo quando o tema envolve crimes informáticos ou conteúdos ilegais. No entanto, as autoridades portuguesas já esclareceram, em várias ocasiões, que nunca notificam crimes por email genérico, nem utilizam mensagens electrónicas para ameaçar cidadãos com sanções imediatas. Processos legais seguem canais formais e identificáveis, como notificações judiciais ou contacto presencial.
Outro elemento típico destas fraudes reside na linguagem alarmista. Expressões como “será sancionado” ou “aviso oficial” procuram provocar uma reacção emocional rápida. Assim sendo reduz o espírito crítico da vítima.
Qual é o objetivo desta fraude?
Apesar do tom legal, o objectivo final deste tipo de fraude é quase sempre o mesmo. Ou seja, obter dados pessoais, credenciais de acesso ou dinheiro.
Algumas mensagens pedem uma resposta imediata, enquanto outras incluem links ou anexos potencialmente perigosos. Ao clicar nesses links, a vítima pode ser redireccionada para páginas falsas que imitam sites oficiais, onde são solicitados dados sensíveis, como números de cartão, documentos de identificação ou palavras-passe.
O que fazer para ficar em segurança?

Perante um email deste género, a recomendação é simples e clara. Não responder, não clicar em links e não abrir anexos. O passo seguinte passa por marcar a mensagem como spam e eliminá-la.
Este tipo de fraude continua a circular em Portugal porque ainda consegue enganar alguns destinatários. A combinação entre medo, urgência e nomes de entidades oficiais mantém-se uma fórmula eficaz para os criminosos digitais. Por isso, a informação e a vigilância continuam a ser as melhores defesas contra emails fraudulentos.

