Este é o futuro da saga após Avatar: Fogo e Cinzas
“Avatar: Fogo e Cinzas” é o terceiro capítulo da saga criada por James Cameron e marca um ponto de viragem decisivo na história de Pandora. O filme começa com a família Sully totalmente integrada entre os Metkayina, o clã aquático que lhes deu abrigo em “Avatar: O Caminho da Água”. Apesar da aparente estabilidade, a dor provocada pela morte de Neteyam, o filho mais velho de Jake Sully e Neytiri, continua bem presente e influencia as decisões de todos. No meio disso, o passado veio para assombrar, com uma nova personagem que vai mudar definitivamente o rumo da saga.
A partir daqui, vão haver muitos spoilers!
Spider no centro do conflito

Uma das figuras centrais de “Avatar: Fogo e Cinzas” é Spider, o rapaz humano criado pelos Sully e filho biológico do coronel Miles Quaritch. Embora quase todos o tratem como um membro do clã, Neytiri mantém uma distância emocional óbvia, agravada pela morte de Neteyam e pelo simples facto de Spider ser humano.
Convencida de que a presença de Spider representa um risco, Neytiri defende que o rapaz seja afastado. Jake acaba por aceitar, ainda que com hesitação, e a família parte numa viagem para o levar a um novo lar, acompanhando os Wind Traders, comerciantes nómadas que atravessam os céus de Pandora.
É durante esta viagem que surge a nova grande ameaça do filme. Os Mangkwan, também conhecidos como o Clã das Cinzas, atacam brutalmente os Wind Traders. Liderados por Varang, interpretada por Oona Chaplin, estes Na’vi distinguem-se pela agressividade e pelo ressentimento, acreditando que Eywa, a deusa de Pandora, os abandonou.
Rapidamente, os Mangkwan aliam-se a Quaritch, numa parceria que evolui para uma relação pessoal. O ataque inicial quase custa a vida a Spider, que fica sem oxigénio. Kiri, a filha adotiva de Jake e Neytiri, invoca Eywa e salva-o, desencadeando um acontecimento sem precedentes.
Uma mudança histórica em Pandora

Após ser salvo, Spider passa a conseguir respirar o ar de Pandora sem máscara e desenvolve uma cauda neural, tornando-se biologicamente ligado ao planeta. Jake e Neytiri percebem rapidamente o perigo: se a corporação humana RDA conseguir replicar esta adaptação, Pandora ficará exposta a uma nova vaga de colonização humana. O filme atinge o seu momento mais sombrio quando Jake pondera matar Spider para evitar esse futuro. Ainda assim, as forças inimigas capturam Spider e Quaritch garante apenas que não o matarão, permitindo à RDA estudar as alterações ao seu ADN.
Pandora em guerra

Enquanto Spider se torna o foco do conflito, Lo’ak assume pela primeira vez o papel de narrador e embarca numa missão paralela para reunir os Tulkun, as gigantes criaturas marinhas inteligentes. Inicialmente relutantes, os Tulkun acabam por se juntar à batalha final contra a RDA.
O confronto culmina numa sequência visualmente impressionante e devastadora. Scoresby é morto pelos Tulkun, Rotxo cai em combate e Ronal, líder espiritual dos Metkayina, morre após dar à luz durante a batalha. O navio da general Frances Ardmore é destruído. Jake e Quaritch enfrentam-se uma vez mais. No final, Quaritch cai num abismo, num destino deixado deliberadamente em aberto.
Jake e Quaritch enfrentam-se uma vez mais. No final, Quaritch cai num abismo, num destino deixado deliberadamente em aberto. No meio disso, Varang foge e desaparece sem deixar rasto. Com o paradeiro destas duas personagens incerto, o quarto filme vai certamente voltar em força com estas duas personagens como os rivais.
O filme encerra com Spider e Kiri a ligarem-se à Árvore das Almas, onde reencontram espíritos como Neteyam, Ronal, Rotxo e Grace Augustine. Spider é finalmente aceite entre os Na’vi.
Apesar de fechar vários arcos narrativos, “Avatar: Fogo e Cinzas” não funciona como um final definitivo da saga. Varang continua em fuga, a RDA permanece ativa e Quaritch poderá ainda regressar. Além disso a transformação de Spider dentro do ecossistema de Pandora, abre uma nova porta para os Humanos.
O futuro da saga e o uso de inteligência artificial

James Cameron já confirmou que a história continuará com “Avatar 4”, previsto para dezembro de 2029, e “Avatar 5”, agendado para dezembro de 2031. O realizador admitiu também que poderá recorrer de forma limitada a ferramentas de inteligência artificial no quarto filme, com o objetivo de acelerar processos técnicos e reduzir o tempo de produção. O realizador sublinha, no entanto, que utilizará a inteligência artificial dentro de limites éticos rigorosos e garante que a tecnologia não substituirá atores, artistas, argumentistas nem o seu próprio papel enquanto realizador.

