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“A Prisioneira” é um filme fabuloso que merecia uma conclusão mais cuidada e melhor estruturada, por respeito à experiência que nos proporciona até aos quinze minutos finais.
Após o treino de patinagem artística da sua filha Cassandra (Peyton Kennedy), Matthew (Ryan Reynolds) decide fazer uma paragem para comprar uma tarte para o jantar. Deixa a filha no carro durante uns minutos, e quando regressa, já não a encontra. Oito anos passam até que surjam novos desenvolvimentos acerca do paradeiro de Cassandra (Alexia Fast),e Matt faz tudo para a encontrar e trazê-la para casa.
“A Prisioneira” é uma história subtil, que tenta chocar-nos com o que não vemos, ao contrário de muitos filmes do género, e isso é um ponto original e muito positivo, uma vez que o eventual sucesso reside nas prestações dos atores que são francamente bons nos papéis que desempenham.
O ambiente sentido no decorrer do enredo é de tensão e expectativa, pois todos os elementos se vão encadeando para o que parece ser uma conclusão brilhante. Contudo, o brilhantismo nunca chega a acontecer, o que é terrivelmente frustrante, pois não conseguimos evitar a empatia sentida pelas personagens e a desilusão pelo final.
Esta desilusão deriva da introdução de imensos elementos potencialmente interessantes, como a extensão da rede de pedofilia naquela cidade, a utilização das raparigas mais velhas para aliciamento de meninas através da internet, ou o facto de as famílias estarem a ser seguidas por membros da rede, que depois são explorados de forma muito superficial, ou então nem chegam a ser abordados. Parece que quem escreveu os quinze minutos finais não estava a par das pequenas subtilezas do enredo até àquele ponto.
Tudo o que “A Prisioneira” tem de bom, como a excelente representação e a banda sonora fabulosa que cria o ambiente adequado ao ponto de arrepiar em certos momentos, cai por terra face à má escrita. “A Prisioneira” podia ter sido um excelente filme, mas acabou por ser confinado à mediocridade.
“Prisioneira” tinha tudo para ser um filme perfeito, mas é apenas razoável. “The Captive” teve cenas em que fiquei confuso, pois a história ia do passado ao presente e vice-versa.
“Prisioneira”: 2*
“Prisioneira” tinha tudo para ser um filme perfeito, mas é apenas razoável. “The Captive” teve cenas em que fiquei confuso, pois a história ia do passado ao presente e vice-versa.
Cumprimentos, Frederico Daniel.