Aproveita a Vida Henry Altmann, em análise

 

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  • Título Original: The Angriest Man in Brooklyn
  • Realizador: Phil Alden Robinson
  • Atores: Robin Williams, Mila Kunis, Peter Dinklage
  • Lanterna de Pedra | 2014 | Comédia | Drama | 83′

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“Aproveita a Vida Henry Altmann” é bastante melhor do que promete ser à partida, sendo bastante imprevisível e enternecedor.

Henry Altmann (Robin Williams) é um homem amargo, e bastante furioso com tudo o que o rodeia. Nada parece escapar à sua agressividade, que também acaba por lhe custar a relação com o filho. Quando Henry recebe o resultado de uns exames médicos, descobre que tem um aneurisma incurável, e pressiona a Dra. Gill (Mila Kunis) para lhe dizer o tempo que lhe resta. Esta acaba por ceder à pressão, e diz-lhe que só tem noventa minutos de vida, um número completamente aleatório de que se lembrou para que Henry se calasse. Este decide passar a sua última hora e meia a emendar os erros que cometeu, e a reparar as relações que quebrou, e Gill persegue-o por Brooklyn para o internar num hospital e impedir que se magoe devido ao erro que cometeu.

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O que é interessante neste filme é que nada acontece da forma como esperávamos, e não é tudo um mar de rosas para Henry Altmann quando tenta concertar todo o mal que fez. De facto, descobre durante essa hora e meia que as feridas que deixou são muito maiores do que pensava, e que ninguém está propriamente disposto a ouvi-lo, quanto mais a levá-lo a sério. Só então tem a completa noção do quanto a sua amargura danificou aqueles que mais ama, o que lhe provoca um sentimento profundo de culpa, que o leva primeiro ao desespero, e só então a uma tentativa séria de reconciliação.

O problema com este filme é que tem uma premissa algo improvável, dificilmente uma médica séria diria a um paciente que tem um determinado tempo de vida aleatório só porque estava a ter um mau dia, e não se estava a sentir capaz de lidar com a pressão. Mesmo a forma como a cena é representada está algo fraca, não torna a situação credível. Contudo, avançando para além de alguns problemas de credibilidade, não existem grandes defeitos, tirando talvez a cinematografia, especialmente na cena da Ponte de Brooklyn, que parece bastante falsa.

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Os atores são todos bastante bons, e é de dar o destaque a Robin Williams, que encarna a sua personagem de forma perfeita, sendo sem dúvida aquela pela qual se sente mais empatia. Peter Dinklage também se destaca, com uma personagem que confere alívio cómico às emoções mais intensas que o enredo provoca.

É uma história bonita, que nos faz reflectir sobre a inutilidade de deixar pequenas coisas afectarem relações que têm uma profundidade e importância muito mais significativas. É completamente impossível não sentir nada no final de “Aproveita a Vida Henry Altmann”, é um filme que nos deixa com uma carga emocional bastante pesada, ainda que esperançosa.

SL


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