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Avatar: Fire and Ash revela a tragédia por trás de Varang de Oona Chaplin

Avatar, uma saga que já carrega peso e bilheteira. Mas o novo trailer não é apenas mais uma paragem turística em Pandora. É uma provocação! Afinal, o que arde quando um povo inteiro é esquecido até pelos seus deuses?

A saga de James Cameron não é conhecida por ser pequena em ambição, é conhecida por fazer o resto de Hollywood parecer minimalista. Agora, com o terceiro filme, há um novo clã, um novo conflito e um novo dilema moral. O resultado? Pandora está mais dividida do que nunca.

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O que revela o novo trailer de Avatar: Fire and Ash?

Avatar Fire and Ash
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Na quinta-feira, a 20th Century Studios lançou o mais recente trailer de Avatar: Fire and Ash e, como esperado, James Cameron trouxe o espetáculo visual que já conhecemos, mas com um tom mais sombrio. Logo, a grande revelação é a introdução das Ash People, um clã de Na’vi marcado pelo fogo e pela tragédia.

O destaque vai para Varang (interpretada por Oona Chaplin), líder dos Mangkwan. Numa das falas mais intensas do trailer, ela explica: “O fogo veio da montanha. Queimou a nossa floresta. O meu povo chorou por ajuda, mas Eywa não veio.” Uma frase que ecoa abandono, ressentimento e uma ferida aberta na espiritualidade Na’vi.

Mas Cameron não resiste a complexificar. Varang não é apenas a vilã caricata do novo Avatar. Assim, o realizador disse à Empire que ela “fará qualquer coisa pelo seu povo, até coisas que consideraríamos más”. Chaplin foi mais longe, defendendo que a sua personagem é a heroína da própria tribo, alguém que os salvou “da miséria e da fome”. Isto coloca-a num território moralmente cinzento, talvez mais humano do que gostaríamos de admitir.

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As Ash People são os novos vilões?

Avatar Fire and Ash
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A pergunta é legítima, mas a resposta é menos óbvia. O trailer mostra Varang a aliar-se a Quaritch (Stephen Lang), sim, o coronel teimoso que recusa morrer mesmo em sequelas, e a capturar Spider (Jack Champion). Também lidera ataques contra outros Na’vi, incluindo os Wind Traders, um povo nómada que viaja em naves puxadas por criaturas semelhantes a medusas voadoras.

Por outras palavras, se alguém tinha dúvidas, sim, ela vai causar estragos. Mas será “vilã”? Depende da perspetiva. Se Neytiri (Zoe Saldana) e Jake Sully (Sam Worthington) lutam pela família, Varang luta pelo povo que Eywa abandonou. É quase uma inversão da história de avatar, a protetora torna-se antagonista para uns, heroína para outros.

No entanto, é inegável que Cameron gosta de brincar com a empatia do público. Logo, as Ash People carregam “traumas não resolvidos”, como explicou Chaplin à Empire. Isso torna-os menos um inimigo a abater e mais um espelho desconfortável do que acontece quando a fé é destruída pelo silêncio dos deuses.

Quando estreia Avatar: Fire and Ash?

A data de Avatar está marcada: 19 de dezembro de 2025. Justo a tempo de mais uma maratona natalícia com pipocas azuis (se a Disney quiser vender essa edição especial, fica aqui a ideia gratuita).

Portanto, além de Varang, regressam rostos já familiares: Neytiri, Kiri (Sigourney Weaver), Lo’ak (Britain Dalton), Tuktirey (Trinity Jo-Li Bliss), Tonowari (Cliff Curtis) e Ronal (Kate Winslet). Assim, o filme promete juntar todos estes fios narrativos, expandindo Pandora para além dos oceanos vistos em Avatar: The Way of Water e entrando em territórios queimados, secos e marcados pela sobrevivência. Acreditas que Varang é a vilã ou a verdadeira heroína deste capítulo?

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