© 2025 Disney Enterprises Inc. All Rights Reserved. (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

Branca de Neve, de Rachel Zegler, dececiona com os críticos e nas bilheteiras

Nem todos os contos de fadas terminam com um final feliz, e a mais recente versão de Branca de Neve, da Disney, parece ser um exemplo disso

A Disney, mestre incontestável em transformar nostalgia em ouro, parece ter encontrado, finalmente, um espinho na sua rosa encantada. Desde que decidiu ressuscitar os clássicos animados em versões live-action, o estúdio navegou entre triunfos bilionários e polémicas criativas. Mas e quando a magia… simplesmente não acontece?

Lê Também:
One Piece sofre mudanças para a segunda temporada na Netflix

A Branca de Neve não chega ás espectativas nas bilheteiras

Snow White
© 2024 Disney Enterprises Inc. All Rights Reserved.

A notícia chegou como um balde de água gelada: “Branca de Neve”, a mais recente aposta da Disney em reciclar um clássico de 1937, está a afundar nas bilheteiras. Com uma estreia de 43 milhões nos EUA (Forbes), o filme posiciona-se perigosamente perto do fundo da lista das adaptações live-action do estúdio. Para contexto, “O Rei Leão” (2019) arrecadou 191 milhões no mesmo período. Até “Dumbo” (46 milhões) conseguiu uma performance menos embaraçosas. O único filme que ultrapassa é “Mufasa: O Rei Leão” que só conseguiu 35 milhões.

Os críticos não pouparam veneno: 43% no Rotten Tomatoes, o pior resultado desde “Alice no País das Maravilhas” (2010). O público foi mais clemente (74%), mas mesmo assim insuficiente para salvar o projeto. As razões? Gal Gadot, na pele da Rainha Má, foi descrita como tendo uma performance tão ameaçadora como uma colher de plástico; os anões gerados por CGI lembram-nos personagens de um jogo de 2005; e o guião faz a maçã envenenada parecer uma opção apetitosa para qualquer membro da audiência. Até “Branca de Neve e o Caçador” (2012), com os seus 56 milhões de estreia, parece um triunfo comparativamente.

E aqui jaz a ironia: a Disney, que há décadas dita o que é “encantamento” no cinema, vê-se agora a lutar contra a própria fórmula. “Branca de Neve”, ícone cultural inegável, não conseguiu traduzir o seu legado para uma era que exige mais do que efeitos especiais e canções recantadas.

Lê Também:
Disney+ revela futuro de Percy Jackson and the Olympians

Um futuro incerto (e uma estrela que teima em brilhar)

Snow White
© 2024 Disney Enterprises Inc. All Rights Reserved.

Haverá esperança? A Disney pode apontar para “Mufasa”, que, após uma estreia pífia (35 milhões), acabou por acumular 717 milhões globais. Mas essa é a exceção, não a regra. “Branca de Neve” enfrenta obstáculos adicionais: a fonte original é de 1937 (sim, os teus avós já a achavam antiquada), e a narrativa, mesmo alterada, não conseguiu escapar ao cheiro de naftalina. Até os fãs mais leais parecem preferir revisitar a animação no Disney+ a pagar 15 euros por uma experiência… questionável.

No meio do desastre, porém, há um brilho: Rachel Zegler. A atriz, já aclamada por “West Side Story“, é o único elemento que funcionou, na perspetiva de muitos crítico. Assim, a sua interpretação e voz garantem-lhe um futuro radioso. Mal saiu da floresta encantada, Zegler rumará ao West End para encarnar Eva Perón em “Evita“, confirmando que, por vezes, até num naufrágio, alguém encontra uma jangada.

Quanto à Disney, o recado é claro: o público já não engole espelhos mágicos mal feitos. Adaptar clássicos requer mais do que CGI e fan service; exige reinvenção e talento. “Branca de Neve” falhou em oferecer isso. E, num mundo onde até as princesas têm de evoluir, ficar preso ao passado pode ser o mais mortal dos pecados.

Já viste o filme? Concordas que a magia se perdeu ou achas que a Disney merece uma segunda chance? Deixa a tua opinião nos comentários.



Loading poll ...
Em breve
A Tua Opinião Conta: Qual dos serviços mais usas?

Também do teu Interesse:



About The Author


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *