British Independent Film Awards | Vencedores
Na noite de domingo, foram entregues os British Independent Film Awards. EX Machina, Saoirse Ronan e Tom Hardy são apenas alguns dos premiados desta celebração do que melhor se faz no cinema independente britânico.
EX Machina foi o grande vencedor da edição deste ano dos British Independent Film Awards, arrecadando quatro troféus, incluindo o de Melhor Filme Independente britânico. O filme de ficção-científica protagonizado por Domhnall Gleeson, Oscar Isaac e Alicia Vikander arrecadou também os prémios para Melhor Realização, Melhor Argumento e Melhor Feito Técnico pelos seus efeitos visuais.
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Apesar de serem uma organização prestigiosa, os British Independent Film Awards não têm grande influência sobre os Óscares, a grande meta final da Awards Season. Talvez mesmo por isso, estes prémios continuem a manter um agradável individualismo face à conformidade das outras associações que parecem premiar sempre a mesma limitada seleção de filmes. Alguns dos premiados aqui, que não têm qualquer esperança de serem sequer nomeados para os Óscares, são, por exemplo, a atriz Abigail Hardingham indicada como a Mais Promissora Newcomer pelo seu trabalho em Nina Forever; Stephen FIngleton, o realizador de The Survivalist, vencedor do prémio Douglas Hicock para Melhor Realizador Estreante; o filme Orion: the Man Who Would Be King que ganhou o prémio Descoberta; Paul Katis e Andrew de Lobiniere, considerados os Produtores do Ano pelo filme Kajaki: The True Story; e Edmond, um filme de animação que ganhou o prémio de Melhor Curta-Metragem britânica.
Uma escolha que não terá grande influência sobre os Óscares, mas que marca bem a o carácter singular dos British Independent Film Awards é o filme reconhecido como Melhor Documentário. Amy é o grande favorito para o Óscar nesta categoria e era também o esperado vencedor nesta cerimónia, sendo o único documentário a ser nomeado na categoria mais geral de Melhor Filme. No entanto, o filme sobre Amy Winehouse perdeu para Dark Horse: The Incredible True Story of Dream Alliance, um documentário sobre um grupo de homens trabalhadores que decide criar um cavalo de corridas, apesar do elitismo associado a essa atividade.
Num panorama mais ligado a Hollywood, Room ganhou o troféu para Melhor Filme Internacional e os atores Chiwetel Ejiofor e Kate Winslet ganharam prémios especiais pelas suas carreiras. Outra atriz a subir ao palco foi Olivia Colman, a vencedora do prémio de Melhor Atriz Secundária pelo seu trabalho em The Lobster, que se apresentou um pouco embriagada, mas modesta e divertida, quando chegou a sua vez de receber um galardão.
Não foram apenas os vencedores que subiram ao palco para receber os desejados British Independent Film Awards. O jovem ator irlandês Domhnall Gleeson foi por duas vezes aceitar prémios de atuação no lugar dos atores vencedores, neste caso Tom Hardy, que arrecadou o prémio para Melhor Ator pelo seu trabalho em Lendas do Crime, e Brendan Gleeson, o pai de Domhnall, reconhecido pela sua interpretação em As Sufragistas. O protagonista de EX Machina chegou mesmo a gracejar sobre o seu pai o ter batido para o troféu de Melhor Ator Secundário, para o qual ele estava também indicado pela sua participação em Brooklyn.
Apesar da derrota de Gleeson face ao seu pai, Brooklyn não saiu de mãos a abanar da cerimónia de domingo, arrecadando um dos únicos troféus com possibilidade de se traduzir num triunfo na noite dos Óscares. Saoirse Ronan foi premiada com o galardão de Melhor Atriz por este drama romântico sobre uma rapariga que emigra da Irlanda para a América no início da década de 50. No filme, Ronan é luminosa e carismática, oferecendo um retrato que não prima grandemente pela complexidade psicológica, mas que é perfeito para o romantismo clássico que engloba toda a produção de Brooklyn, desde o seu delicado enredo até aos seus modestos, mas belíssimos, visuais.
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Este prémio para Melhor Atriz junta-se a uma série de outras honras que a atriz tem recebido de várias organizações da crítica internacional, posicionando-a como uma das principais candidatas ao Óscar. Com nenhuma atriz a marcar-se uma frontrunner imparável, como Julianne Moore o foi no ano passado, Ronan poderá mesmo sair vitoriosa do Dolby Theatre em fevereiro. Pelo menos a nomeação, que será a segunda da atriz irlandesa, parece garantida.
Brooklyn tem estreia portuguesa marcada para janeiro. Ainda há, portanto um mês de espera até Saoirse Ronan iluminar os ecrãs nacionais com a sua presença, mas há mais filmes, igualmente notáveis a estrear em Portugal até lá. Consulta o nosso Guia das Estreias de Cinema | Geral para saberes mais!
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