Djimon Hounsou une forças com Henry Cavill no remake deste clássico dos anos 80
Henry Cavill, Russell Crowe, Karen Gillan, Dave Bautista e agora Djimon Hounsou juntam-se a este grande remake de um clássico de fantasia dos anos 80.
Uma equipa de sonho improvável que parece ter saído de uma convenção de heróis e vilões da Comic Con, mas que, segundo tudo indica, vai desembarcar nos cinemas com o peso de um verdadeiro “evento”.
Djimon Hounsou vai juntar-se a que filme?
A notícia chegou através da Hollywood Reporter, Djimon Hounsou, duas vezes nomeado ao Óscar, vai ser uma das novas caras do universo Highlander. O ator, que já brilhou em Amistad e Diamante de Sangue, será um guerreiro imortal africano, juntando-se a um elenco já recheado.
Henry Cavill toma o protagonismo como Connor MacLeod, o escocês imortal que percorre séculos a fio à procura de derrotar outros guerreiros da mesma estirpe, sempre com a mítica máxima do original de 1986 a ecoar: “Só pode haver um.” Russell Crowe vai assumir o papel de Ramirez, mentor de MacLeod. Karen Gillan entra como a esposa mortal do protagonista, enquanto Dave Bautista prepara-se para vestir a pele de The Kurgan, o vilão central.
Highlander será realizado por Chad Stahelski, o mesmo que transformou John Wick numa das sagas de ação mais bem-sucedidas da última década. As filmagens arrancam no final de setembro, com produção a cargo da United Artists (Amazon MGM), Neal H. Moritz e a equipa da 87Eleven Entertainment.
Porque é que isto é mais do que só mais um remake?
Reboots e remakes são, por norma, vistos com desconfiança. Há sempre quem diga “lá vão eles estragar a infância de alguém”. Mas Highlander nunca foi exatamente uma saga intocável. O filme original de 1986 é lembrado com carinho (e uma pitada de kitsch), mas as sequelas e adaptações televisivas foram tudo menos consensuais.
Este regresso tem, no entanto, ingredientes para mudar a narrativa. Primeiro, a escala da produção: falamos da Amazon MGM, um estúdio que já provou estar disposto a investir pesado em épicos como O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder.
Depois, o calibre do elenco, Hounsou traz uma gravidade dramática rara em blockbusters, Bautista já mostrou que sabe ser mais do que músculo em Blade Runner 2049, e Karen Gillan conquistou fãs tanto em Doctor Who como em Guardians of the Galaxy. E claro, há Chad Stahelski. O realizador tem um olhar clínico para a coreografia da violência e promete elevar o duelo de espadas de Highlander a algo mais próximo de poesia em movimento.
Afinal, porquê tanto entusiasmo?
Hounsou não é apenas mais um nome de peso a enfeitar o cartaz. O ator tem uma carreira que atravessa géneros e universos: já esteve na Marvel (Guardians of the Galaxy), na DC (Shazam!), em ficção científica épica (Rebel Moon, de Zack Snyder) e até no terror (A Quiet Place). Mas é na intensidade dramática, desde Amistad, de Spielberg, até Diamante de Sangue, que ele se distingue.
O seu papel em Highlander ainda não tem detalhes completos revelados, mas o simples facto de ser descrito como um imortal africano abre espaço para novas narrativas que o original nunca explorou. É um refresco cultural e histórico que pode alargar o alcance desta mitologia.
No fim de contas, este remake de Highlander pode ser o raro caso em que a frase “só pode haver um” ganha outro peso. Talvez só possa mesmo haver uma versão definitiva desta história… e, quem sabe, será esta. Mas achas que este novo Highlander vai honrar o clássico ou preferes que fiquem quietinhos e não mexam em relíquias dos anos 80?