Este eletrodoméstico está a arruinar a tua fatura de luz
Eletrodomésticos, essas criaturas domésticas aparentemente inofensivas podem ser o verdadeiro vilão escondido no teu quotidiano.
Vivemos inegavelmente rodeados de eletrodomésticos que prometem tornar a vida mais fácil. Eles cozinham por nós, lavam a nossa roupa, mantêm-nos frescos no verão e quentes no inverno. Mas o conforto tem um custo, e esse custo vem, muitas vezes, na forma de um número inesperadamente elevado na fatura da eletricidade. Não admira que muitos portugueses se perguntem: afinal, qual é o eletrodoméstico que mais consome energia numa casa?
O rei da energia
Quem pensa que é o forno elétrico ou a máquina de secar que mais pesa na conta de luz pode surpreender-se. Segundo dados da ElectricityPlans, um portal americano dedicado à eficiência energética, os sistemas de climatização (aquecimento e ar condicionado) são, de longe, os maiores consumidores de energia no lar. De todos os eletrodomésticos, esse sistema representa até 52% do consumo total de eletricidade residencial.
A confirmação científica vem também da Pennsylvania State University, que em cursos de eficiência energética sublinha que “na maioria das casas, o aquecimento e ar condicionado são responsáveis por mais da metade do consumo total de energia”. Em Portugal, a realidade não é muito diferente, sobretudo em habitações que utilizam aquecedores elétricos portáteis ou sistemas de ar condicionado.
A DECO Proteste indica que “Os aquecedores elétricos (termoventiladores, radiadores a óleo, entre outros) deverão ser usados de forma pontual e para reduzidas necessidades de aquecimento (…) os custos energéticos podem ser muito elevados, se os usar regularmente”. Ou seja, não é apenas a potência que conta, mas também o tempo de utilização, o que torna estes aparelhos verdadeiros buracos negros de energia.
O frigorífico, esse eterno faminto
No entanto, se olharmos apenas para eletrodomésticos individuais — ou seja, sem contar com sistemas de climatização completos — há um campeão incontornável: o frigorífico. Sempre ligado, sempre vigilante, este aparelho consome energia de forma constante, dia e noite, como um guarda eletrodoméstico que nunca dorme.
Assim, o mesmo estudo da ElectricityPlans estima que os frigoríficos representam entre 13 a 20% do consumo total de uma casa média. A DECO acrescenta que este consumo pode ser ainda maior se o frigorífico for antigo ou estiver mal localizado (ex: perto de fontes de calor). No caso dos eletrodomésticos, a localização é crucial, pois evita gastos excessivos de energia.
Um estudo científico publicado na revista Energy and Buildings (2014), da Harvard ADS Library, confirma: em habitações onde a climatização é limitada ou não existe, o frigorífico pode tornar-se inegavelmente o maior consumidor individual de energia elétrica. A explicação é simples: a necessidade de manter uma temperatura constante num ambiente quente obriga o compressor a trabalhar mais e mais vezes.
O conforto não sai barato
O mito de que a máquina de lavar loiça ou o forno são os vilões principais cai inegavelmente por terra perante os factos. A climatização leva a coroa, seguida de perto pelo frigorífico, esse humilde gigante energético, entre todos os eletrodomésticos.
Se quiseres reduzir a fatura elétrica, talvez seja boa ideia começar por onde não esperava: ajustar o termostato, isolar melhor as janelas, limpar as bobinas do frigorífico e verificar se não tem um aquecedor elétrico a trabalhar mais do que devia. Assim, avaliar o uso de cada eletrodoméstico é essencial para poupança.
Qual destes aparelhos achas que está a consumir mais na tua casa? Já fizeste as contas? Partilha nos comentários após verificar quais são os eletrodomésticos.