Especial Fringe: Part I – Em Análise

 

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  • Título Original: Fringe
  • Produtores: J.J. Abrams, Alex Kurtzman,
    Roberto Orci
  • Elenco: Anna Torv, Joshua Jackson, John Noble, Jasica Nicole, Lance Reddick, Blair Brown, Leonard Nimoy
  • Género: Drama, Sci-fi, Mystery, Thriller
  • 2009| EUA
  • FOX HD| Terça-Feira| 23:10


Classificação:
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“Se Eu Vivo Na Versão 2013 Do Universo, Tu Vives Em Qual?”

 

Fringe-Joshua Jackson

Fringe, enquanto produção televisiva de entretenimento, consegue tornar-se intemporal. De facto, J.J. Abrams, Alex Kurtzman e Roberto Orci, conseguem criar uma das obras ficcionais mais memoráveis dos últimos tempos, sobretudo no panorama da ficção científica. E o reconhecimento público só vem comprovar o selo de qualidade desta série televisiva, com doze galardões no bolso e mais quatro dezenas de nomeações, a piscar o olho aos Emmys. Mas deixemo-nos de bajulações e vamos ao que interessa. Após o final emocionante da primeira temporada que aqui já analisámos, em que Olivia Dunham (Anna Torv) consegue uma audiência exclusiva no universo paralelo com William Bell (Leonard Nimoy), parece-nos oportuno colocar a trama dos acontecimentos em perspetiva.

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A segunda temporada arranca prego a fundo com o episódio “A New Day In The Old Town“, como se isso significasse o regresso a uma vida monótona e desinteressante. Aliás, não poderíamos ter desejado um dia mais atribulado e macabro, na sequência de uma colisão frontal com o Suv da agente Dunham. O mais intrigante é que nenhum passageiro se encontrava no interior do veículo quase enlatado e esse vai ser o chamariz indubitável para os suspeitos do costume entrarem em cena: Walter Bishop (John Noble), Peter Bishop (Joshua Jackson) e a restante cavalaria. A ocorrência do sinistro só começa a revelar contornos perturbadores, quando Walter fecha a porta do jipe desportivo e Olivia é cuspida pelo vidro do condutor em direção ao asfalto.

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Este será o ponto de partida para um pavoroso albúm de eventos paranormais com a assinatura de umas criaturas horrendas na sua forma natural, os “shapeshifters”, que possuem a habilidade de assumir a identidade de qualquer ser humano, por via de um dispositivo proveniente do futuro. O episódio quinze “Jacksonville” adensa a temática dos universos paralelos, obrigando Olivia a recuar ao seu tempo de infância e às suas raízes obscuras. A segunda temporada culmina num braço de ferro entre clones e mundos alternativos, na colisão inevitável de egos e memórias com vivências e propósitos díspares.

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Todas estas peripécias soam bem no papel, mas de nada valeriam só por si, se não tivessem intérpretes à altura desses pergaminhos elaborados. John Noble, encarregue de mimetizar o cientista chanfrado “Walter Bishop”, é inequivocamente o grande dínamo impulsionador desta novela científica. Esta personagem encantadora consegue inspirar-nos e tocar-nos com aquela cadência vocal apaziguadora e uma sabedoria notável, edificada pela sua vasta experiência de vida. E não será descabido afirmar que Noble, no cerne da sua nobreza sentimenal, consiga empatizar profundamente com esta figura carismática, deixando escapar nuances da sua própria personalidade, quer no sentido de humor aguçado, quer nas angústias pessoais que o mesmo irá executar com primor. A carga emocional envolvida em certas cenas mais sensíveis chega a ser arrepiante, especialmente quando invoca os laços afetivos entre Walter e Peter. Mas para este ator australiano parece ser fácil interpretar com mestria qualquer papel que lhe atirem, com performances sempre consistentes e autênticas.

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Não menos importante nesta brilhante peça de engrenagem é Joshua Jackson, que faz a vez de filho, cumprindo com nota máxima o guião que lhe foi destinado. E se Walter sobressai pela espontaneidade da sua mente genial, Peter com certeza que não degenera, comprovando aquela velha máxima do senso comum. A química que estes dois grandes intérpretes de gerações diferentes conseguem espremer para o grande ecrã é invejável, como se estivéssemos a assistir a uma convivência entre pai e filho na vida real. Joshua Jackson, depois da sua reconhecida prestação em “Dawson´s Creek”, revela aqui toda a sua versatilidade, provando ao mundo que não teme os grandes papeis, dignos dos mais predestinados.

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E com tanta energia rebelde à solta, resta-nos discursar sobre a mediadora destes dois crânios poderosos. Anna Torv, que vesta a pele de “Olivia Dunham”, vai ser o porto de abrigo destes dois homens “perdidos” no tempo. A perspicácia e graciosidade que a atriz empresta ao seu fantoche de serviço é a todos os níveis excecional, particularmente na demonstração daquela fome insaciável pela verdade, diluída nas mega conspirações multilaterais. Claro que Torv, consegue igualmente deslumbrar com o seu charme inato, paixão contagiante e espírito de entre ajuda, mas é aquele sexto sentido feminino que a torna realmente especial e lhe confere a coragem para dar o peito às balas.

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Contudo, a aterradora evidência das realidades paralelas, vai promover o desenvolvimento e evolução dos perfis psicológicos destas três personagens principais, que tal como a face e a coroa de uma moeda, acabarão por exibir uma duplicidade de feitios em paridade com a versão humana de cada mundo alternativo.

P.S – To Be Continued…

MS

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One thought on “Especial Fringe: Part I – Em Análise

  • A serie Fringe – Ciencia ao limite, tem vindo a ser narrada de forma clara e sintetica, fazendo no curto espaco da descricao de cada episodio, criar algo dificil, que e reviver toda a accao e desempenho dos personagens. Serie algo curiosa que nao tem titulo de introducao que e apenas “Opening Titles ” ou “Main Titles ” e foi escrito em co-autoria por Alex Kurtzman, Roberto Orc e Michael Giacchino e estreada em 8 de Setembro de 2008 na FOX. A musica do anuncio comercial e extraordinaria “A forest”, e e uma cobertura de The Cure, interpretada por Ror Shark, com a colaboracao de Chantal Claret, vocalista da banda de Nova Iorque, Morningwood. E considerada como uma mezcla The X-Files, Altered States, Dimensao desconhecida e Dark Angel. A nao perder nesta brilhante narrativa. Desculpem a falta de acentos.

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