Este filme foi responsável pelo exílio de Uma Thurman (Kill Bill) em Hollywood
Nem todas as estrelas nascem da ambição desmedida – algumas, como Uma Thruman, brilham precisamente por escolherem o caminho menos óbvio.
No mundo do cinema, onde a fama instantânea é frequentemente vista como o Santo Graal, existem histórias que desafiam a narrativa comum. No final dos anos 80, uma jovem atriz estava prestes a tornar-se num fenómeno mundial, mas decidiu fazer algo que poucos compreenderiam: simplesmente desaparecer.
Com efeito, Uma Thruman não seguiu o guião previsível. “Corta!”— gritou ao ego de Hollywood, trocando holofotes por anonimato. Porquê? Porque, inegavelmente, o fascínio está no que se esconde entre as cenas. Por conseguinte, o seu silêncio tornou-se mais eloquente que qualquer discurso de aceitação de Óscar. Contudo, enquanto o mundo murmurava teorias — escândalo? crise existencial? —, ela reinventava-se longe das lentes, como resultado de uma busca que nem os paparazzi mais obstinados conseguiram decifrar.
Uma Thurman abandona a fama no seu auge
Foi aos 18 anos, após uma ascensão meteórica que a maioria dos atores só sonha alcançar, que Uma Thurman tomou uma decisão radical. Depois do aclamado “Dangerous Liaisons” (Ligações Perigosas), onde contracenou com gigantes como John Malkovich, Michelle Pfeiffer e Glenn Close, a atriz fez o impensável: retirou-se voluntariamente de Hollywood.
“Não esperava ser retratada como uma estrela em ascensão”, confessou à Vogue. “Pensava que a minha jovem carreira como atriz estava a progredir num ritmo lento e gracioso, e que estava a começar a fazer o tipo de trabalho que apreciava. Mas acho que não havia ninguém na panela ultimamente, e havia uma vaga ao lado dos ovos e das batatas, por isso fui eu.”
A pressão era esmagadora. Com apenas quatro filmes no currículo – incluindo a sua estreia precoce aos 17 anos em “Kiss Daddy Goodnight” e uma participação no blockbuster fantástico “As Aventuras do Barão Munchausen” – Thurman via-se catapultada para um estrelato que não procurava.
O regresso nos seus próprios termos
“Quando percebi o que estava a acontecer, simplesmente retirei-me por completo”, revelou. “Não tentei aproveitar a própria popularidade ou momento. Não transformei aquilo num veículo para o estrelato, não fiz filmes comerciais de estúdio nem tripliquei o meu salário para interpretar a secretária sensual do empresário frustrado de meia-idade. Simplesmente cortei com tudo. Parei.”
Pub
Durante dois anos, Uma Thurman desapareceu dos holofotes. Quando finalmente regressou, foi nos seus próprios termos, com papéis escolhidos criteriosamente em “Where the Heart Is” e “Henry & June”. Esta não era uma atriz disposta a ser colocada numa caixa predefinida por Hollywood.
Foi precisamente esta decisão aparentemente contraditória que acabaria por moldar a sua carreira de forma única. Anos mais tarde, seria Quentin Tarantino a redescobri-la, transformando-a na icónica Mia Wallace em “Pulp Fiction” – um papel que lhe valeria uma nomeação aos Óscares e a estabeleceria como uma das atrizes mais respeitadas da sua geração.
Que lições podemos tirar da coragem de Uma Thurman em dizer “não” ao estrelato prematuro? Partilha connosco a tua opinião sobre o valor de seguir o próprio caminho, mesmo quando o mundo nos empurra noutra direção.
Pub