“Game of Thrones” | Conheçam melhor quem dará a cara a Oberyn Martell

Em entrevista exclusiva, Pedro Pascal, que se estreará na 4ªT de Game of Thrones no papel de Oberyn Martell (uma das personagens mais aguardadas dos leitores), fala-nos um pouco de si, do seu papel e do significado de poder participar numa série deste calibre, com um elenco admirável.

Oberyn Martell

Foi, sem dúvida, o papel mais intimidante que protagonizei.
Penso que o David Benioff e o Dan Weiss estavam receptivos para qualquer tipo de visual possível e imaginário, desde que habitasse na personagem a verdade emocional que procuravam, a de um homem que se rende completamente às suas emoções, quer sejam amor ou ódio, raiva ou afecção. Ele é o tipo de pessoa sem compromissos que faz as coisas de acordo com o que lhe vai na alma, não o que terceiros pensam ser o correcto mas sim o que ele pensa ser o correcto ou o que ele vê como uma vontade ardente dentro dele, independentemente do quão perigosa esta possa ser ou do tipo de destruição que possa causar. Ele é conduzido só e apenas pelas suas emoções. Eu acho que ele é muito, muito esperto. Ele é educado, mas tudo se resume ao que ele sente e isso acaba por ser a motivação de tudo. Há algo em particular que o move ao longo desta temporada, algo que lhe tocou a emoção genuína e que era muito importante para ele e é daí que vem a sua qualidade de durão (badass), quer dizer, isso faz parte daquilo que o torna um durão, o facto de que se está a cagar. Ele faz o que quer e quando quer. As pessoas são todas muito estratégicas, calculistas e muitas vezes receosas. Ele vive isento de medo, o que não faz dele propriamente uma pessoa sã. Ele não é nenhum louco nem nada do género, mas ele faz algo que nós como seres humanos não arriscamos fazer porque isso tornaria as nossas vidas muito curtas. Ele não quer saber.”

Sobre trabalhar e representar com Peter Dinklage:

tyrion lannister
“Fiquei bem ciente do seu talento enquanto crescia. Já o tinha visto em filmes e em palco em Nova Iorque. Tinha grandes esperanças de encontrar uma pessoa incrivelmente inteligente e talentosa, mas vai além disso, pois ele possui uma inteligência enorme e um sentido de humor sarcástico que me fizeram perceber porque é que o David e o Dan se virariam apenas para ele para o papel de Tyrion. E desde o ínicio, trabalhar com ele foi uma alegria. Ele é a pessoa mais inteligente da sala, é, sem dúvida, a pessoa mais inteligente e é também, a trabalhar, muito generoso. “Brinca” muito, quer dizer, sim, ele é muito brincalhão e torna o ambiente leve, mas quando estás numa cena com ele, é extremamente generoso, liga-se muito a ti e sabe ouvir, e é bastante inspirador. É também um grande convite para “brincar” com o papel. Faz com que te sintas liberdade com o material de trabalho. Não falo do texto, mas na medida em que o tom pode flutuar de um ponto para outro. Tudo tem aquela sensação de frescura e como parceiro de cena, convida-te a brincar com esta. Foi uma experiência muito especial. O Peter é uma das melhores pessoas com quem alguma vez trabalhei.”

Sobre ser fã e a pressão de aceitar um papel popular:

“Eu já era um fã enorme da série antes de ir ao casting, por isso nunca passei por nada assim — ir para um local do qual já sabia tanto e que tanto entusiasmo me dava, fazendo eu parte dele ou não. Conhecia todos os actores, adorava todas as suas personagens. Havia algo em toda a série completamente surreal, além do trabalho propriamente dito. E, claro, isso trouxe enormes desafios físicos e emocionais e uma pressão associada a isso. Nessa altura, estava consciente que esta era uma personagem dos livros da qual os leitores gostavam imenso e percebo bem porquê. Ele é uma grande personagem. Tudo se resumiu a encontrar uma maneira de correr o risco de os satisfazer na forma mais genuína, o que significa entender o que é que faz mexer este tipo.”

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