Crédito editorial: Kathy Hutchins / Shutterstock.com (ID: 1396200350) / © FromSoftware (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

George R. R. Martin comenta finalmente o filme de Elden Ring

Quando George R. R. Martin escreveu nas sombras das Lands Between, não imaginava que um dia Elden Ring atravessaria a névoa rumo ao cinema.

Quando George R. R. Martin, o arquiteto de Game of Thrones, e Hidetaka Miyazaki, o génio por trás da FromSoftware, se juntaram em Elden Ring, o resultado foi uma obra que redefiniu os limites do RPG. Agora, a A24 — o estúdio que transforma o estranho em sublime — e Alex Garland, o realizador que faz da ambiguidade uma arte, anunciaram que vão trazer este universo para o cinema. Será uma obra-prima ou um desastre mítico? A resposta, como tudo em Elden Ring, está envolta em névoa.

A ideia de adaptar Elden Ring para o grande ecrã é, no mínimo, audaz. O jogo é uma experiência quase religiosa para os fãs, repleta de lore fragmentado, combates brutais e um mundo tão vasto quanto impiedoso. Como é que Garland, conhecido por Ex Machina e Civil War, vai capturar a essência de um jogo que muitos consideram inadaptável? E o que tem Martin a dizer sobre isto?

Lê Também:
Elden Ring vai sim ser adaptado ao cinema e já se conhece o realizador

Alex Garland é perfeito para Elden Ring

Elden Ring
Elden Ring © From Software

A A24, casa de filmes como The Lighthouse e Everything Everywhere All at Once, confirmou que está a desenvolver uma adaptação cinematográfica de Elden Ring, com Alex Garland na realização. Assim, o anúncio veio acompanhado de um entusiasmado selo de aprovação de George R. R. Martin, que no seu blog pessoal descreveu Garland como “um realizador de primeira categoria” e a A24 como “espetacular”. O autor não confirmou envolvimento direto no projeto, mas deixou claro que está “esperançoso”.

Garland, por sua vez, tem inegavelmente um currículo que o torna a escolha perfeita — ou a mais arriscada. Ex Machina provou que sabe equilibrar filosofia e ação, enquanto Annihilation mostrou que não tem medo do surreal. Mas Elden Ring exige mais: uma narrativa que funcione sem diálogos expositivos, um mundo que respire mitologia e uma atmosfera que seja, ao mesmo tempo, opressora e cativante. Será que ele consegue?

Assim, os rumores já começaram a circular, incluindo a possibilidade de Kit Connor (Heartstopper) integrar o elenco. No entanto, o filme ainda está em fase embrionária — sem data de estreia, sem argumento finalizado, sem garantias. O que sabemos é que, se alguém pode fazer justiça a este universo, é esta equipa. Ou então falhar de forma gloriosa.

Lê Também:
Elden Ring, em análise

Adaptar o inadaptável

Elden Ring
©FromSoftware

Elden Ring não é The Witcher ou The Last of Us — a sua história não é linear, os seus heróis não são convencionais, e o seu mundo não entrega explicações de bandeja. Assim, a grandiosidade do jogo reside na sua ambiguidade: cada jogador constrói a sua própria jornada, interpretando pistas esparsas e derrotando deuses por conta própria. Como é que se adapta isso para um filme de duas horas?

A resposta pode estar no próprio Garland. Civil War provou que ele sabe criar tensão sem moralismos óbvios, e Dredd (que ele escreveu) mostrou que consegue transformar violência extrema em poesia visual. Assim, se alguém pode capturar a essência de Elden Ring — a solidão, a descoberta, o terror do desconhecido —, é ele. Mas o risco de simplificar demais o lore ou de cair na ideia de “estilo sobre substância” é real.

E depois há Martin. A sua influência em Elden Ring é inegavelmente palpável: as dinastias em ruína, as guerras pelo poder, os deuses caídos. Mas será que o seu entusiasmo pelo filme significa que vai contribuir para o guião? Ou será apenas um fã, como nós, à espera de ver se a magia se repete? Enquanto isso, os fãs especulam: será que veremos Godrick no ecrã? Malenia, a Espada de Miquella? Ou será uma história original, ambientada no mesmo universo?

Acreditas que o filme vai honrar o legado do jogo, ou receias que seja mais uma deceção no cemitério das adaptações? Deixa a tua opinião nos comentários.



Também do teu Interesse:



About The Author


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *