Gladiador | Ridley Scott inspira-se nesta obra prima de Coppola
Será que o próximo gladiador da Roma Antiga vai seguir o caminho da máfia? Ridley Scott acha que talvez Lucius tenha mais em comum com Michael Corleone do que com Maximus.
Sumário:
- Ridley Scott planeia aprofundar o personagem de Lucius em “Gladiador III”, inspirando-se em “O Padrinho Parte II” para explorar as suas lutas internas, em paralelo com a evolução de Michael Corleone;
- A história de “Gladiador II” passa-se 20 anos após o original, focando-se menos em gladiadores e mais no campo de batalha psicológico de Lucius, que enfrenta o peso do poder e de um legado indesejado;
- Scott acredita que o público deseja uma narrativa inesperada e emotiva, enfatizando que a sequela não é apenas uma continuação, mas uma exploração do impacto do poder e da responsabilidade.
Ridley Scott não pára. Aos 86 anos, o veterano realizador está prestes a lançar “Gladiador II”, a aguardada sequela do icônico filme de 2000. Mas, para surpresa dos fãs, Scott já tem planos para uma possível terceira parte da saga e promete que ela será algo muito especial.
De Roma à Sicília: A trajetória de Lucius e a sombra de Maximus
Inspirado por “O Padrinho Parte II”, Scott quer aprofundar a narrativa do personagem Lucius (interpretado por Paul Mescal) de forma comparável à evolução de Michael Corleone no clássico de Francis Ford Coppola. Em entrevista recente ao Hollywood Reporter, Scott revelou: “Tenho uma ideia baseada em “O Padrinho Parte II”… Sempre pensei que seria fascinante explorar o legado de Lucius de uma forma semelhante.”
Desta vez, “Gladiador II” acontece duas décadas após o original, com Lucius, neto de Marcus Aurelius e agora um jovem a enfrentar as intrigas do poder romano. No entanto, Scott não está interessado apenas em reviver o passado. Para o cineasta, o paralelo entre a tragédia pessoal de Michael Corleone e o possível fardo de Lucius é irresistível. “O final de “Gladiador II” lembra o de “O Padrinho“,” disse ele. “Tal como Michael, Lucius termina com um trabalho que nunca desejou, e pergunta-se: ‘E agora, o que faço?’”
Numa Hollywood cada vez mais dominada por universos cinematográficos e franquias, a abordagem de Scott parece uma tentativa de dar profundidade ao épico. “Não vejo sentido em simplesmente prolongar a história por prolongar,” afirma. “Quero algo que ressoe emocionalmente.” Para Scott, a ideia de explorar as cicatrizes psicológicas e o peso do poder tornam o novo projeto especialmente desafiador e, ao mesmo tempo, próximo ao seu coração. “Este filme não será sobre gladiadores a lutar na arena… mas sim sobre o campo de batalha interior de Lucius,” ele afirma.
Construir o legado: O gladiador de Scott e a visão de futuro
Scott, famoso pelo seu compromisso com a qualidade, reforça que não tem pressa. Após completar mais de uma dezena de filmes desde o “Gladiador” original, que podes rever em streaming no Prime Video para te preparares para a sequela, o realizador diz ter “aprendido a cortar o que não importa”. Nas suas palavras, “não faria sentido encher o projeto com dezenas de narrativas. Preciso de três ou quatro ideias sólidas, que fazem sentido para mim e, espero, para o público.” Ele completa: “Gosto de comparar meu trabalho a um restaurante. Prefiro comer sempre na minha própria mesa – neste caso, é com a Fox.”
Ainda assim, a questão permanece: será que o público está preparado para ver um filme de “Gladiador” inspirado por uma saga familiar e introspetiva como a dos Corleone? Scott aposta que sim. “O importante é ter uma história que as pessoas não esperam. E se há algo que aprendi, é que o público quer ser surpreendido.”
Para os fãs ávidos de épicos, uma coisa é certa: Scott sabe o que está a fazer, e talvez nunca estejamos prontos para o que ele tem a oferecer.
E tu, leitor? Será que Lucius sobreviverá ao peso da Roma e ao legado do avô? O que prevês para “Gladiador III”? Partilha nos comentários!
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O RIdley Scott é mas é maluco