Invencível, em análise

 

Invencível

 FICHA TÉCNICA | INVENCÍVEL

  • Título Original: Unbroken
  • Realizador: Angelina Jolie
  • Elenco: Jack O’Connell, Domhall Gleeson, Jai Courtney, Garret Hedlund,
  • Género: Ação, Drama
  • NOS Audiovisuais | 2014 | 137 min

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A batalha de um homem, tomado cativo durante a 2ª Guerra Mundial, por se manter fiel a si próprio, quando a situação o persuade a desistir, é o que Invencível retrata.

Este é o filme mais obsoleto e sem alma desde “12 Anos de Escravo”. A premissa é praticamente a mesma e o resultado também. Um homem  é obrigado a passar por coisas terríveis mas nunca sucumbe ao desespero e no final prevalece. No entanto, ao longo do filme, não é feito qualquer tipo de desenvolvimento da personagem. Os seus atos de coragem e perseverança, são justificados no início do filme com dois flashbacks e… é tudo. Louis Zamperini não é influenciado por aquilo que se está a passar na guerra, para além das exigências físicas que são feitas. A única coisa que o motiva todo o filme é mostrado num flashback, uma só vez, que serve apenas para exposição.

invencível -jack-oconnell

 

Angelina Jolie realiza Invencível, escrito pelos irmãos Coen, e parece que quis experimentar tudo, mas sem ter noção da consistência que queria. Este filme não é sobre Louis Zamperini, é sobre a guerra. Nós saímos do filme sem conhecermos a personagem, tudo aquilo que vimos foi o que lhe aconteceu na guerra. Há quem diga que tem uma vertente religiosa, porque ele diz que acredita que sobreviveu graças a Deus, e este foi o seu caminho para a crença. Só que o filme não explora nada disso. A personagem quando está à deriva reza a Deus e promete-lhe que se sobreviver nunca mais voltará a duvidar Dele, apenas isso. Nunca mais se fala Nele, ou se dá a entender a sua fé em Deus.

Para além de Invencível não ser nada do que se espera, tem também elementos que não estão lá a fazer nada. Os flashbacks que servem apenas para exposição, podiam ter sido postos de lado, e se quisessem expor alguma coisa, faziam-no num diálogo entre personagens. Porque para além dos outros dois que ficam com Zamperini no barco, as personagens secundárias não recebem destaque nenhum. Depois há um momento em que Louis perde toda a esperança de sobreviver à guerra, informação que nos é transmitida com um voice-over, o único em todo o filme. Aneglina Jolie já provou ser uma atriz que sabe o que faz, mas como realizadora… é um bocadinho preguiçosa.

No campo de concentração, não houve qualquer preocupação de distinguir os atores uns dos outros, levando a que nós não consigamos perceber quem está a passar pelo quê nas cenas.  Não é muito problemático porém, porque todos eles passam pelas mesmas coisas. No entanto estar uma parte do filme completamente desorientados sem saber onde estão as caras que nos são familiares faz com que nos desliguemos do filme.

invencível

O elenco em si também não deu performances de louvar. Jack O’Connell não consegue ser um líder como Louis Zamperini foi, durante o tempo em que esteve no mar com os colegas. Este não consegue inspirar confiança, determinação ou qualquer medo de sobreviver. Depois temos Domhnall Gleeson e Garrett Hedlund, nos quais são depositadas todas as esperanças de termos alguma representação interessante no filme. Gleeson ainda tem certos momentos impressionantes, no entanto, Hedlund não tem qualquer hipótese de brilhar um segundo que fosse. Nas cenas em que aparece, ou está tão escuro que mal é possível vê-lo a trabalhar, ou a câmara nunca lhe dá um momento de destaque. De qualquer maneira, a transformação física pela qual os atores tiveram de passar é admirável, o que apenas serviu para destacar o fator chocante da história.

Invencível, o último trabalho de Angelina Jolie é uma peça composta por uma realização preguiçosa, uma história sem substância e um elenco que não consegue marcar presença no filme. Deixem-se ficar pelos trailers que ficam muito melhor servidos

 

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