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James Bond e a Eon Productions defrontam a lei pela marca de 007

Num mundo onde até os espiões mais célebres podem ser apanhados desprevenidos, uma ameaça inesperada paira sobre o James Bond.

O universo do entretenimento está repleto de personagens icónicos, mas poucos conseguem igualar o estatuto lendário do agente 007. Durante décadas, esta personagem definiu o que significa ser um espião no grande ecrã, influenciando a cultura popular de formas que transcendem o próprio cinema. Mas agora, uma nova ameaça surge no horizonte – e desta vez, não é um vilão com ambições de dominação mundial.

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Inesperadamente, a batalha deslocou-se das telas para os tribunais. Com efeito, o nome que ecoou em “shaken, not stirred” e em suspiros de Bond girls está sob debate legal. Porquê? Pois uma produtora, sem dúvida inspirada pelo charme do espião, decidiu reivindicar os direitos sobre a identidade que há meio século dita regras do suspense. No entanto, ao contrário da habitual sorte de 007, desta vez o perigo é real — e não se resolve com um one-liner afiado. Assim sendo, enquanto os advogados afiam os argumentos como lâminas, os fãs perguntam-se: será que o herói perderá o próprio nome? Ou por outra, estaremos perante a mais ousada missão do espião — sobreviver à burocracia?

O duelo pelo nome Bond, James Bond

Daniel Craig em Spectre
© Wireimage

A bomba acaba de cair no mundo do entretenimento. De acordo com The Guardian, os proprietários da saga multimilionária de James Bond enfrentam uma batalha legal para manter o controlo sobre a marca registada do nome do icónico espião britânico. Um empresário austríaco baseado no Dubai, Josef Kleindienst, apresentou várias ações de cancelamento por “não utilização” no Reino Unido e na Europa, que podem resultar na perda do controlo sobre o famoso nome.

Esta situação peculiar surge devido a uma especificidade da lei de marcas registadas: se um nome está registado para determinados bens e serviços, mas não é comercialmente explorado durante pelo menos cinco anos, pode ser contestado. O empresário está a desafiar a falta de uso do nome James Bond em várias áreas, desde “modelos de veículos” até “programas de computador e livros de banda desenhada eletrónicos”.

A Danjaq, empresa americana que detém os direitos globais de merchandising de James Bond, juntamente com a Eon Productions, tem agora dois meses para apresentar a sua defesa. Como explica Mark Caddle, advogado especialista em propriedade intelectual: “Se a Danjaq quiser manter estes direitos vivos, terá de demonstrar que utilizou James Bond nas áreas contestadas nos últimos cinco anos.”

Um futuro incerto para o agente 007

james bond sean connery cena gravar 007
“Agente Secreto 007”

Esta batalha legal acontece num momento crucial para a saga. Enquanto os produtores continuam a sua busca pelo sucessor de Daniel Craig, o próximo James Bond, esta disputa adiciona uma nova camada de complexidade ao futuro da série.

Kleindienst, fundador do Grupo Kleindienst, que está atualmente a construir um resort de luxo de 5 mil milhões de dólares chamado Heart of Europe em ilhas artificiais ao largo do Dubai, já manifestou a intenção de utilizar o nome Bond caso vença este desafio legal.

A situação é irónica considerando que a saga está em transição, com vários atores apontados como possíveis sucessores de Craig.. A lista inclui nomes como Aaron Taylor-Johnson, Idris Elba, e Regé-Jean Page, entre outros. Por enquanto, podemos ver e rever os filme do nosso espião favorito antes que ele se passe a chamar Joaquim Bonifácio ou algo parecido.

Qual seria a tua reação se, no próximo filme, o famoso espião não pudesse apresentar-se com a sua icónica frase? Partilha connosco a tua opinião nos comentários.




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