© Kathy Hutchins and © Featureflash Photo Agency via Shutterstock.com / © Twentieth Century Fox (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

James Cameron crítica filme Sci-Fi de Ridley Scott

Por vezes, os monstros mais interessantes não estão nos filmes, mas nos bastidores da sua criação. Descobre a rivalidade entre dois grandes cineasta, Ridley Scott e James Cameron.

Sumário:

  • A rivalidade entre Ridley Scott e James Cameron nasceu da continuação do universo “Alien”, o que gerou tensões e críticas mútuas;
  • Scott sentiu-se profundamente magoado quando Cameron assumiu o comando da sequela, após o impacto desapontante de “Blade Runner”;
  • Cameron, anos depois, criticou a lógica de “Prometheus”, mantendo viva a troca de visões sobre a saga.
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No universo do cinema de ficção científica, poucos nomes carregam tanto peso como James Cameron e Ridley Scott. Como dois planetas em órbitas divergentes, estes realizadores revolucionaram o género – mas quando as suas trajetórias se cruzaram no território de “Alien“, as faíscas começaram a voar num duelo silencioso que perdura até hoje.

O orgulho ferido de Ridley Scott

Ridley Scott Alien: Romulus Fede Alvarez
©Twentieth Century Fox, Dune Entertainment, Scott Free Productions

Imaginem: é 1986, e Ridley Scott, ainda a lamber as feridas do fracasso comercial inicial de “Blade Runner“, recebe uma chamada. Do outro lado da linha, um jovem James Cameron, cheio de confiança, anuncia que vai dar uma nova vida ao universo de “Alien”. A reação de Scott? “Fiquei lixado”, admitiu ele anos mais tarde numa entrevista á Deadline, com a franqueza que só o tempo permite. “Nunca disse isto ao Jim, mas fiquei magoado. Profundamente magoado.”

Esta confissão tardia revela mais do que apenas orgulho ferido – mostra como mesmo os maiores mestres do cinema podem ser surpreendentemente vulneráveis quando se trata das suas criações mais queridas. Scott tinha criado algo único em 1979, um filme que redefiniu tanto o terror como a ficção científica. Ver outro realizador pegar na sua criação era, nas suas próprias palavras, o seu “Bem-vindo a Hollywood” – um momento agridoce de realização de que nada em Hollywood é verdadeiramente sagrado.

O retorno e a crítica

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© Tinseltown via ShutterStock (ID: 2248804099)

Anos mais tarde, os papéis inverteram-se quando Scott regressou ao franchise com “Prometheus”. Desta vez, foi Cameron quem teve algo a dizer. Com a diplomacia de quem já esteve do outro lado, Cameron elogiou os aspetos visuais e provocadores do filme, mas não resistiu a apontar falhas na lógica da narrativa. “Foi um filme interessante”, disse ele num Reddit AMA, “mas no final das contas, não fazia sentido logicamente.”

É fascinante como esta dança continua: Scott, que inicialmente resistiu à ideia de uma sequela de ação ao seu filme de terror espacial, acabou por regressar com uma prequela filosófica que, por sua vez, foi criticada por Cameron – o mesmo homem cuja abordagem mais militar ele inicialmente questionou.

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