James Gunn quebra o silêncio sobre The Batman 2
Nem tudo o que reluz no universo DC de James Gunn é ouro mas, às vezes, basta esperar que o ourives termine o seu trabalho.
James Gunn, o mestre do novo DCU, está a aprender rapidamente que os fãs de super-heróis têm uma paciência tão curta como as cenas pós-créditos de um filme da Marvel. Enquanto o hype em torno de Superman (2025) atinge temperaturas vulcânicas, há outro Batman a pairar nos bastidores, sem pressa de chegar aos ecrãs. E isso, caros leitores, está a deixar alguns fãs nervosos.
Mas James Gunn, sempre eloquente e direto, decidiu lembrar a todos uma verdade inconveniente: criar arte leva tempo. E Matt Reeves, o realizador de The Batman (2022), não é exceção. O problema? A internet transformou a ansiedade num desporto olímpico, e Gunn já está a distribuir os troféus de paciência.
The Batman Part 2 ainda está a ser escrito
James Gunn confirmou-o sem rodeios: o guião de The Batman Part 2 deve chegar em junho. E, surpresa, isso não é um sinal de desastre. Pelo contrário, é um sinal de que Matt Reeves está a fazer o que todos os grandes cineastas fazem — trabalhar sem pressas.
“As pessoas deviam tirar o pé de cima do Matt porque, tipo, deixem o homem escrever o guião no tempo que ele precisar”, disse Gunn à Entertainment Weekly. “Ele não vos deve nada só porque gostaram do filme dele. Vocês gostaram do filme por causa do Matt. Então deixem o Matt fazer as coisas à maneira dele.”
A mensagem é clara: bons filmes não nascem de tweets exigentes ou de comentários impacientes. Nascem de processos criativos que, muitas vezes, não se deixam acelerar. E, convenhamos, se há realizador que merece essa confiança, é Reeves — o homem que transformou o Batman num noir gótico e fez o público esquecer-se, por um momento, que já viu o Homem-Morcego morrer e renascer mais vezes do já viu o tio Ben morrer.
O que esperar do novo universo de James Gunn
Enquanto The Batman Part 2 coze em lume brando, o DCU de James Gunn avança a todo o vapor. Superman, com David Corenswet no papel principal, chega já em julho, e Supergirl, protagonizado por Millie Alcock, já terminou as filmagens. Gunn está a construir um universo que, promete, será acessível mesmo para quem não viu todos os filmes anteriores.
“Quero que qualquer pessoa possa entrar em qualquer história sem sentir que perdeu informação”, explicou. “Não precisas de ver Superman para entender Supergirl, por exemplo. Mas se vires, há easter eggs que enriquecem a experiência.”
Ou seja: Gunn está a tentar evitar o que a Marvel fez (transformar o seu universo numa teia de dependência narrativa) e, ao mesmo tempo, a garantir que cada filme se sustenta sozinho. Será que vai funcionar? Só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: se Superman for tão bom como os trailers sugerem, os fãs vão ter muito para discutir — e muito menos motivos para resmungar.
O tempo é o melhor guionista
No mundo instantâneo das redes sociais, esperar é um ato revolucionário. E, no entanto, é exatamente isso que James Gunn está a pedir: que confiem no processo, que deixem os criadores criar, e que lembrem que The Batman não se tornou um sucesso por acidente — mas porque Matt Reeves teve tempo para o fazer bem.
Preferes um filme apressado ou uma obra-prima com o tempo necessário para respirar? Deixa a tua opinião nos comentários.