Killzone: Shadow Fall (PS4) | Análise

 

Editora: SCEE Produtora: SCEE Plataformas: PlayStation 4 Classificação  [starreviewmulti id=8 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’]

 

Sendo o primeiro grande exclusivo da Sony para a PS4, a responsabilidade é muita. Claro que “Killzone” não é um nome de topo como outros exclusivos da Sony, mas sempre demonstrou qualidade e agora tem a tarefa de nos convencer no lançamento da consola.

Mal começamos o jogo percebemos que esta é a nova geração! Graficamente o jogo está mesmo muito bom, e apesar de ser um jogo de início de geração, e que apenas está a demonstrar um “pouquinho” do que esta consola poderá conseguir no futuro, é gratificante ver alguns cenários deste jogo! A diversidade de cenários está bem conseguida e torna o jogo mais interessante, mas é no design, nas cores e efeitos de luz que “Killzone” nos demonstra a sua qualidade gráfica. A magnitude de alguns cenários deve ser aplaudida, principalmente quando vemos a nossa cidade de um ponto alto e reparamos em tanta coisa que está em movimento, mesmo que esteja muito longe de nós.

Outro ponto que rapidamente percebemos que está melhor é a jogabilidade e o ritmo da mesma. O nosso personagem está agora mais rápido do que nos jogos anteriores da saga, tudo se torna mais fluido, fácil e intuitivo, e muito graças ao nosso comando da PS4.  Existe facilidade em quase tudo o que fazemos, apesar de em alguns momentos não ser fácil saltar de um local para outro, torna notório que a Sony quis oferecer uma experiência de jogo mais intuitiva.

 

O enredo também melhora, sendo, provavelmente, o melhor da saga até hoje. É mais profundo, levanta questões morais, dá-nos os dois lados da guerra e leva-nos a tentar perceber onde está afinal a linha que separa “bons” e “maus”. É verdade que tudo isto é dado de forma indireta, pois estes jogos querem ritmo, mas aplaude-se o esforço de dar mais do que uma história onde nos limitamos às missões. No entanto, o enredo demora algum tempo a apresentar um ritmo que seja aliciante a quem quiser um jogo com ação frenética e com isso fica a sensação que o desafio demora a aparecer, sendo raro sentirmo-nos perante algo que seja difícil de ultrapassar até, pelo menos, meio do jogo. Outro fator que ajuda é a inteligência artificial do inimigo. Em alguns momentos é demasiado passiva e também demora a demonstrar algumas decisões/estratégias que nos obriguem a pensar.

Mas o enredo não se enfraquece com isso. A verdade é que apesar de não ter momentos muito marcantes, “KSF” consegue oferecer uma boa história mas que fica na sombra do multiplayer. É na componente online que este jogo se revela.  Frenético, inteligente, bem pensado e estruturado. Existe muito para se fazer, muitas opções e combinações para o nosso personagem, com vários modos para se experimentar e sendo ainda obrigatório assinalar que estamos perante um sistema que recompensa quem é bom e não tanto quem passa centenas de horas a colecionar kills. Juntem-se à warzone do online, e preparem-se para muitas horas de diversão!

Com muitos cenários para se destruir, devemos falar sobre um dos melhores aspetos deste jogo: o facto de termos, na maioria das vezes, muitas formas de abordar uma missão. Com isto o jogo não nos obriga a seguir um caminho ou uma estratégia previamente definida, e que muitas vezes está presente neste género de jogos, mesmo que invisível para a maioria dos jogadores. Aqui a forma como abordamos a missão irá recompensar-nos ou dificultar-nos a vida, no entanto estas diferenças notam-se muito mais nos níveis mais altos de dificuldade, onde, por exemplo, desligar uma fonte de electricidade num edifício pode fazer a diferença entre os nossos inimigos terem reforços ou não…

Em termos sonoros, é fácil perceber que a PS4 tem poder e qualidade. Num bom sistema de som ouvimos explosões a virem dos locais/direções certas, e o nosso comando reproduz as vozes dos nossos aliados. A banda sonora é boa e os efeitos também estão com grande qualidade. Infelizmente as vozes apresentam algumas falhas ou por vezes parecem apenas fora do contexto, não tendo a emoção que parece ser a certa. É uma falha menor, mas nota-se em alguns momentos.

Resumindo, a PS4 apresenta no seu lançamento um bom jogo que irá agradar a quem gostar de shooters e de um forte modo online. Falha em alguns aspetos mas é, essencialmente, um jogo de início de geração, que quebra barreiras gráfica e que mostra o que se deve melhorar. Esta geração parece começar com poucos jogos, mas parecem muito bons.

Pontos fortes:

• Multiplayer fantástico, com muito para se fazer
• Graficamente está mesmo muito bom
• O melhor enredo da saga, com profundidade

Pontos fracos:

• Inteligência artificial demasiado passiva nos inimigos
• O ritmo da campanha demora a acelerar

LP