Mestres da Ilusão 3 – Análise
“Os Mestres da Ilusão” estreou em 2013 e rapidamente criou uma fan base, devido ao seu conceito original, ao fantástico elenco e ao entretenimento que proporciona. Assim, apenas três anos depois, chegou o segundo filme da saga, com realização de John M. Chu (“Wicked”).
Novamente um terceiro filme foi confirmado, mas demorou cerca de dez anos a chegar. “Os Mestres da Ilusão 3” estreia agora, a 27 de novembro, em Portugal, com uma nova geração de atores a juntar-se ao elenco habitual.
Neste terceiro filme, os four horsemen voltam a juntar-se para um novo assalto, onde a magia nunca pode faltar. A visada é uma poderosa herdeira ligada a atividades criminosas, que tem na sua posse o diamante mais valioso do Mundo. Assim, os já conhecidos mágicos unem forças com uma nova geração para executar este assalto.
O que torna este franchising bom
Sou jornalista e crítica de cinema. Adoro todo o tipo de filmes e vejo muitos estilos diferentes, desde o mais conceptual, ao thriller, passando pelo romance. E adoro um bom filme de Óscares, claro.
Mas é este tipo de filmes como “Os Mestres da Ilusão” que nos faz ir ao cinema. Porque toca naquilo que é a base da sétima arte, o entretenimento. E diversão é aquilo que não falta nesta saga.
A fórmula é sempre a mesma nestes três filmes, mas nunca falha em entregá-la de forma competente. A história base é bastante criativa. Em mais nenhum filme vemos uma espécie de Robin dos Bosques, que fazem assaltos e que são os melhores mágicos do Mundo ao mesmo tempo.
Depois temos, claro, a química entre os atores. Este filme é muito feito das suas personagens, mas já lá vamos. E, por fim, é o facto de o próprio público sentir que está a fazer parte de um gigante truque de magia. Pois filme após filme, esta saga troca-nos as voltas com divertidos plot twists e revelações dos seus truques.
Um elenco que nunca falha

Esta saga juntou, originalmente, quatro atores fantásticos: Isla Fisher, Jesse Eisenberg, Dave Franco e Woody Harrelson. Que, além disso, têm uma excelente química. As suas interações também fazem o filme, principalmente neste terceiro, que também vive muito do seu humor.
O realizador do terceiro filme de “Mestres da Ilusão”, Ruben Fleischer, tem um background em comédia e já realizou filmes como “Zombieland” e “Venom”. Nota-se um crescer do humor neste filme, mas nunca demasiado. Este humor assenta nas interações entre as novas personagens e os antigos Four Horsemen, o que cria uma dinâmica divertida entre o elenco.
Assim, às personagens que já adorávamos juntam-se, agora, Ariana Greenblatt, Dominic Sessa e Justice Smith. Confesso que estava com particular interesse em ver a prestação de Dominic Sessa.
O seu primeiro filme de sempre foi “The Holdovers” e foi um sucesso, que chegou aos Óscares. Este é o seu primeiro filme desde então e voltou a provar que é uma estrela em ascensão.
Na cena de abertura do terceiro filme, Dominic Sessa é introduzido em grande plano, com uma imitação de cada antigo Horseman. E é fascinante e muito cómico a forma como conseguiu captar a essência de cada personagem.
Todos os planos têm falhas

O mais recente filme de “Mestres da Ilusão” está muito divertido e traz mais ação do que os seus anteriores. Com várias sequências muito interessantes em termos visuais. E uma nova sequência filmada num só take.
Ainda assim, poderia ter reduzido alguns momentos da ação para ter mais desenvolvimento de personagens. Com a adição dos novos mágicos a esta saga, o ecrã ficou cheio de personalidades interessantes, mas fortes. E faltou criar espaço para todas e desenvolver melhor as suas relações. Mas isso terá de ficar para um quarto filme, que já está em produção.
Mesmo com algum CGI exagerado e falta de alguns momentos mais sérios, o filme não falha em entreter e surpreender. É daquelas sagas que podem vir mais vinte filmes, pois terei interesse em ver e aproveitar todos.
Conclusão
“Os Mestres da Ilusão 3” mantém o que sempre tornou esta saga tão apelativa: ritmo, carisma, química entre personagens e um espírito de espetáculo de magia.


