Milly Alcock: Quem é a nova Supergirl?
Milly Alcock está prestes a saltar da fantasia medieval para o espaço sideral mas não da forma como talvez estejas a imaginar.
Durante anos, conhecemo-la como a jovem e inegavelmente determinada Rhaenyra Targaryen em House of the Dragon. Uma performance intensa, carregada de subtilezas e olhares que diziam mais do que mil palavras. Agora, essa mesma atriz australiana, de sorriso tímido e presença magnética, prepara-se para vestir o fato de uma das figuras mais icónicas das bandas desenhadas americanas: Supergirl.
Milly Alcock, a nossa Supergirl
Milly Alcock será a nova Supergirl no renascido Universo DC liderado por James Gunn e Peter Safran. Depois de uma breve mas impactante aparição no novo filme Superman, onde partilha sangue kryptoniano com o protagonista interpretado por David Corenswet, Alcock avança para um papel de protagonista no filme Supergirl, previsto para estrear a 26 de junho de 2026.
O realizador escolhido é Craig Gillespie (I, Tonya), o que nos deixa imediatamente a pensar que este não será um filme de super-heróis qualquer. E não é. Segundo James Gunn, a personagem de Milly Alcock “não é exatamente a Supergirl a que estamos habituados”. A sua versão, baseada em Supergirl: Woman of Tomorrow, mostra-nos uma Kara Zor-El traumatizada, que passou os seus primeiros 14 anos num fragmento moribundo de Krypton, a assistir à morte de todos os que amava.
“Vemos a diferença entre o Superman, que foi enviado para a Terra e criado por pais amorosos desde bebé, e a Supergirl, que foi criada num pedaço de rocha de Krypton e viu todos à sua volta morrerem de formas horríveis”, explicou Gunn ao The Hollywood Reporter. Não estamos, portanto, perante a típica adolescente loira de sorriso fácil. Estamos a falar de uma sobrevivente.
Muito mais do que uma Targaryen
O percurso de Milly Alcock é tudo menos acidental. Nascida em Sydney em 2000, iniciou-se cedo na televisão australiana com pequenos papéis em séries como Wonderland e High Life, onde desde cedo demonstrava uma capacidade invulgar de construir personagens com densidade emocional. Mas foi em Upright (2019-2022), uma série de comédia dramática, que realmente se destacou no seu país natal — e chamou a atenção de produtores internacionais.
Depois veio o grande salto com House of the Dragon. Durante apenas sete episódios (cinco na primeira temporada e dois na segunda), Milly Alcock cimentou-se como uma das jovens atrizes mais promissoras da sua geração. Logo, a sua Rhaenyra não era apenas herdeira do trono: era uma rapariga em conflito entre o dever, o desejo e a dor. O carisma estava lá, mas o que verdadeiramente impressionava era o controlo — a capacidade de sugerir mundos inteiros num simples silêncio.
Mais recentemente, em 2025, vimos Alcock brilhar na minissérie da Netflix Sirens, onde interpretou Simone DeWitt, uma assistente pessoal envolvida num culto disfarçado de jet-set. Portanto, a série, que se tornou rapidamente número um global na plataforma, mostrou o lado mais ácido e cómico da atriz, provando a sua versatilidade. Em Sirens, não havia dragões — mas havia monstros, e Milly Alcock enfrentou-os com a mesma intensidade.
A próxima grande estrela da galáxia DC?
Assim, se o Universo DC quer ser levado a sério nesta nova fase, precisa de escolhas destas. Precisa inegavelmente de atores que tragam humanidade ao que é sobre-humano. E Milly Alcock está pronta para voar mais alto do que nunca.
E tu, achas que Milly Alcock vai conseguir reinventar Supergirl para uma nova geração? Partilha a tua opinião nos comentários.