Oona Chaplin lidera a destruição em Pandora no novo Avatar: Fire and Ash
Há filmes que marcam épocas, e depois há Avatar, uma saga que, contra todas as expectativas, continua a definir o cinema moderno.
Quando James Cameron anunciou, há mais de uma década, que Avatar não seria apenas um filme, mas um universo em expansão, muitos duvidaram. Afinal, quantas sequelas conseguem manter a chama acesa sem se reduzirem a repetições cansativas? Pois bem, o primeiro trailer de Avatar: Fire and Ash chegou, e parece que Cameron está mais uma vez a brincar com os nossos céticos corações.
Assim, a Disney revelou o teaser da terceira entrada na saga, marcada para dezembro de 2025, e, acreditem, Pandora nunca pareceu tão grandiosa, nem tão ameaçadora.
As Ash People chegam para queimar tudo
O trailer do novo Avatar mostra uma tribo até agora desconhecida: as Ash People, cobertos de fuligem, a dançar em torno de fogueiras colossais. O visual é hipnotizante e assustador. Assim, James Cameron descreve-os como “mais violentos e sedentos de poder” do que qualquer outro clã de Pandora. E, convenhamos, se há alguém que sabe construir vilões memoráveis, é Cameron.
O conflito central gira em torno de Varang (interpretada por Oona Chaplin), a líder das Ash People, que parece ter uma ligação sinistra com o fogo. “A vossa deusa não tem domínio aqui”, sussurra ela no final do trailer. Uma ameaça direta a Eywa? Aos Sully? A tudo o que conhecemos de Pandora? Sim. E é exatamente isso que me deixa intrigado. Cameron não está só a expandir o mundo, está a desafiá-lo.
E, claro, há o regresso de Quaritch (Stephen Lang), agora aliado a esta nova força destrutiva. Assim, se The Way of Water já nos mostrou que os humanos não desistem facilmente, Avatar: Fire and Ash parece confirmar que os próprios Na’vi podem ser tão perigosos quanto os invasores terrestres.
Isto é mais do que uma sequela
Há quem diga que Avatar é só efeitos visuais e mensagens ecológicas repetidas. Mas essa crítica ignora uma coisa: Cameron não faz cinema por acaso. Cada imagem deste trailer é meticulosamente construída, e a introdução das Ash People não é um mero truque narrativo. Logo, é uma exploração da dualidade, se os Na’vi são tradicionalmente retratados como nobres e conectados à natureza, o que acontece quando uma fação deles abraça a destruição?
Além disso, o filme promete “território emocional desafiador”, nas palavras do realizador pela Variety. Assim, Jake e Neytiri já lutaram pelo seu lar, pelos filhos, pela sobrevivência. Portanto, agora, terão de enfrentar uma ameaça que vem de dentro do próprio planeta que juraram proteger. E isso é fascinante.
E, claro, há o elenco. Além dos regressos esperados (Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver), temos novas caras de peso:
– Michelle Yeoh
– David Thewlis
– Oona Chaplin
Cameron tem muito Avatar para mostrar
Se há algo que este trailer prova, é que Avatar não é uma saga qualquer. Logo, é um projeto ambicioso, quase obsessivo, de um cineasta que recusa-se a fazer as coisas pela metade. Portanto, Fire and Ash não será apenas mais um blockbuster, será um teste. Um teste à paciência do público? À sua capacidade de se envolver com este mundo? À habilidade de Cameron em manter a magia viva?
Assim, talvez seja tudo isso. Mas, pelo que vimos até agora, valerá a pena esperar.
Trailer | Avatar: Fire and Ash
Acham que as Ash People serão os vilões que Pandora precisa, ou apenas mais um obstáculo no caminho dos Sully? Deixem as vossas opiniões nos comentários.