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A sua carteira: pagamentos móveis e diretiva europeia PSD2

A diretiva europeia PSD2 é o resultado de uma regulamentação orientada para a defesa dos interesses dos consumidores europeus. Tem como premissa a melhoria dos ambientes de consumo digital, beneficiando os clientes, as instituições bancárias e as entidades prestadoras de serviços de pagamentos.

A partir de setembro de 2019, os bancos dos 31 países do Espaço Económico Europeu foram obrigados a verificar a identidade das pessoas que realizam compras online antes que os seus pagamentos possam ser processados.

A PSD2 directive implementa mecanismos de autenticação dos consumidores em aplicações ou portais de pagamentos, de modo a proteger as compras online.

Objetivos da PSD2 e âmbito de aplicação:

A diretiva PSD2 tem como principais objetivos:

  • uniformizar as regulamentações dos países;
  • integrar o mercado de pagamentos de serviços;
  • estimular a concorrência transparente e justa, estimulando o surgimento de ecossistemas de serviços de pagamentos, reduzindo o monopólio bancário dos dados dos clientes – este objetivo ganha corpo na possibilidade de parceiros externos poderem aceder aos dados dos consumidores com o seu consentimento.

A diretiva PSD2 aplica-se às transações realizadas em ambientes online em que os intervenientes estão localizados no Espaço Económico Europeu.

A autenticação forte do cliente

Os mecanismos de autenticação forte implementados de forma mandatória, traduzem-se na obrigatoriedade de o consumidor ter que provar a sua identidade mediante dois fatores de autenticação.

Esta restrição contribuiu drasticamente para a prevenção de pagamentos fraudulentos. Uma vez que a maior parte dos pagamentos se realizam em dispositivos móveis, a diretiva permitiu facilitar as operações de pagamento e reduzir o risco de fraude.

Os benefícios da autenticação forte repercutem-se também nos vendedores, já que: 1. é reduzido o risco de fraude dirigida àqueles intervenientes, 2. diminui os custos de estorno devido ao aumento dos índices de aprovação de transações, 3. diminui a taxa de rotatividade de clientes ao proporcionar um ambiente seguro e familiar sem impacto na experiência do utilizador, e 4. aumenta a confiança dos consumidores nas transações online.

Ao contrário do que alguns previam, os mecanismos de autenticação forte não se traduziram em carrinhos de compras (digitais) abandonados nem tão pouco em taxas de conversão menores.

A autenticação encontra-se categorizada em três domínios: algo que só o consumidor conhece (como uma password ou código PIN), algo que só o consumidor tem (por exemplo, o seu telemóvel pessoal) e algo que só o consumidor é (dados biométricos únicos a cada pessoa).

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