PES 2014 (PS3) | Análise

 

 pes 2014  

  • Editora: Konami
  • Produtora: Konami
  • Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360, PC, Vita, PS2

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Mais um ano, mais um jogo. O problema de se ter de lançar um jogo a cada ano, é que por vezes os jogos dos anos seguintes são apenas uma melhoria, mas, a cada 3 ou 4 anos, vemos um salto. “PES 2014” dá o salto este ano, e apesar de ser um salto pequeno, a verdade é que estamos perante um jogo que difere, e muito, dos jogos anteriores.

Aquilo que podemos dizer à partida é que “PES” afasta-se um pouco da sua componente mais arcade e aproxima-se do realismo que o seu concorrente direto tem apresentado nos últimos anos. “PES” tenta assim recuperar alguns fãs que perdeu nos últimos anos, mas também arrisca perderalguns que sempre olharam para o jogo da Konami como a experiência mais divertida e rápida do desporto Rei.

PES-2014

Sendo o “PES” mais realista até hoje na jogabildade, é aí que está a diferença, mas comecemos pelo grafismo. Com um novo motor de jogo, rapidamente percebemos que existe uma diferença considerável no jogo deste ano. Os estádios foram feitos de raiz, o público está fantástico e existe tanto pormenor que é difícil não sentir o fantástico ambiente do jogo. As caras e expressões dos jogadores estão muito melhores, sendo muito mais fácil identificar alegria, raiva ou frustração nas suas caras, consoante o momento. Infelizmente, ainda na parte gráfica, notam-se algumas quebras de frame rate durante a mudança de jogo para celebrações, repetições e ainda quando ao rematarmos a bola saí pela linha de fundo. Apesar de não ser um problema sistemático, acontece algumas vezes e, mesmo não cortando o ritmo, é algo que tem de ser melhorado no futuro.

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Mas é na área da jogabilidade que “PES 2014” se torna diferente dos seus anteriores, ao ponto de dizermos que este é o maior salto dado pela série em vários anos. Rapidamente ficamos alertados para tais mudanças, pois o jogo de imediato nos apresenta bons tutoriais para ficarmos a par de tudo o que está diferente. Depois, percebemos com relativa facilidade que existe um passo dado em direção ao realismo. Tal mudança tem bons e maus aspetos. Começando pelos maus, “PES 2014” perde a dinâmica, a velocidade e a emoção que antes tinha. O jogo tornou-se mais difícil, sendo preciso uma maior estratégia e um maior cuidado na forma como carregamos nos botões, e também quando o fazemos. Por outro lado existe a parte boa: o jogo está muito mais real, mais difícil, mais estratégico.

Estas diferenças são particularmente notórias no sistema de passe, agora obrigando a que façamos tudo com cuidado ao contrários dos jogos anteriores onde, muitas vezes, quatro ou cinco toques no botão X seriam suficiente para criar uma excelente jogada que levava a bola de uma baliza à outra. Aqui a qualquer erro nosso o passe sairá mal colocado, quer seja em direção ou força.

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Com a implementação de um ritmo e sistema de jogo mais realista, a inteligência artificial teria, obrigatoriamente, de ser alterada, tanto a dos nossos adversários, como a da nossa equipa. Novamente, “PES 2014” dá um salto mas ainda não é o salto definitivo, e notam-se alguns erros, principalmente quando os jogadores na nossa equipa não conseguem antever o que queremos fazer.

Em termos sonoros não há nada a apontar. “PES 2014” apresenta muitos efeitos sonoros nos estádios e uma banda sonora ao nível que já nos habituou. Nos comentários, devemos afirmar que os comentários ingleses são um pouco repetitivos, algo que, de forma quase surpreendente (devido à suposta programação), não acontece tanto quando escolhemos os comentários portugueses. Claro que, tal como sempre, por vezes dizem algo que não corresponde ao que está a acontecer, ou estão atrasados, mas no geral estão bons e dentro da qualidade que esta série nos habituou.

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Em termos de modos de jogo está, talvez, a maior falha deste jogo. Não existe uma evolução palpável capaz de nos surpreender. Faltam melhorias tanto nos modos online como offline para nos prender durante horas e, como sempre, faltam algumas licenças, como os principais clubes ingleses, e nós, portugueses, gostaríamos de ter as equipas da nossa liga também no ponto, algo que não acontece tirando as óbvias exceções que são as equipas grandes (Porto e Benfica, com o Sporting, infelizmente/surpreendentemente a ficar de fora). De referir ainda que existem melhorias notórias na física usada nos momentos de impacto, tornando a jogabilidade ligeiramente mais “musculada” na disputa de bola.

Muitos poderão dizer que “PES 2014” se perde a meio caminho entre a arcada e o realismo. Tal é um argumento válido, o que não quer dizer que seja mau para o jogo. A verdade é que estamos perante o jogo de futebol com o ritmo mais elevado que podemos comprar este ano, criando momentos de grande espetáculo e que agradará a muitos fãs do futebol rápido. Não é um “PES” como estamos habituados e, provavelmente, daqui a alguns anos, este será apontado como o jogo da série que começou um novo rumo e merece o nosso aplauso mesmo falhando em alguns aspetos. Veremos o que fazem no futuro, principalmente na próxima geração.

 

Pontos fortes:

  • Graficamente mais polido
  • Estádios com grande ambiente
  • Aproxima-se em muitos aspetos do realismo do desporto Rei
  • Continua divertido como sempre, mas agora é mais difícil criar espetáculo
  • Existe mais impacto entre jogadores, o que torna toda a experiência muito melhor

Pontos fracos:

  • Quebras de frame rate
  • Continuam a faltar licenças
  • IA precisa ser melhorada
  • Necessita de novos modos de jogo

LP

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One thought on “PES 2014 (PS3) | Análise

  • Análise pouco profunda e muito incorrecta. Parece até que experimentaram um jogo diferente, especialmente quando se referem aos gráficos e ao som.

    Ah, e o Sporting já não é um dos grandes clubes de Portugal? Parece que estão a enganar os vossos leitores quando escrevem: “nós, portugueses, gostaríamos de ter as equipas da nossa liga também no ponto, algo que não acontece tirando as óbvias exceções que são as equipas grandes”.

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